Num manifesto conjunto
divulgado esta quinta-feira
Por: Lusa
Os representantes do ciclismo
profissional português pretendem que o regresso das competições velocipédicas,
incluindo a Volta a Portugal, suspensas devido à covid-19, "seja aprovado
pelo Governo com a maior brevidade", num manifesto conjunto divulgado esta
quinta-feira.
O setor, que recorda que
"o ciclismo é um desporto de ar livre, individual e sem contacto",
aponta a necessidade de "salvaguardar os direitos dos ciclistas
profissionais", os seus salários e a necessidade de "garantir a
criação de um calendário competitivo", a iniciar no princípio de julho.
Os responsáveis consideram que
"a Volta a Portugal é um evento crucial para o futuro do ciclismo
profissional no país", pelo que entendem que se "deve manter na atual
categoria internacional e na data prevista" (de 29 de julho a 09 de
agosto).
Os signatários do manifesto,
divulgado pela Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC), alertam ainda para o
facto de a organização da Volta a Portugal, a realizar sob rigorosas medidas
sanitárias, ser um evento de complexa logística organizativa, que carece de um
período exigente de preparação por parte das equipas, dos corredores e dos
promotores.
A sobrevivência da modalidade
é também referida no manifesto, que aponta como "essencial" a
"retoma da atividade", para as equipas "darem o retorno aos
patrocinadores" e desta forma garantirem "o financiamento das estruturas
profissionais e os postos de trabalho dos ciclistas".
O setor recorda ainda que
"a FPC foi das primeiras a apresentar à tutela um plano de contingência
para o regresso da competição em condições de segurança sanitária, tendo o
mesmo recebido elogios da Direção-Geral da Saúde".
A reivindicação dos dirigentes
da modalidade visa "garantir o regresso dos ciclistas à sua atividade
profissional, assegurando os salários e o futuro de todos, em risco por cada
dia a mais de inatividade desportiva".
Os responsáveis do ciclismo
profissional alertam para a necessidade de acertar todos os pormenores
organizativos e sanitários em eventos de menor dimensão logística, "de
modo a assegurar que tudo se desenrola como previsto durante a Volta a
Portugal".
Esta pretensão foi já
partilhada pelo secretário de Estado da Juventude e Desporto (SEJD), João Paulo
Rebelo, que afirmou que o Grande Prémio Internacional de Torres Vedras --
Troféu Joaquim Agostinho, marcado para decorrer entre 18 e 20 de julho, iria
servir de teste para a decisão final sobre a Volta a Portugal.
O manifesto refere ainda que
os responsáveis pretendem, "dar confiança a todos os intervenientes e
parceiros quanto à viabilidade do recomeço da época desportiva de ciclismo de
2020, uma vez que, pela natureza desta modalidade, ao contrário da maioria das
demais, a próxima temporada não começa já no final do verão, mas apenas no
próximo ano".
"Só assim será viável a
manutenção dos postos de trabalho do ciclismo profissional em Portugal",
alertam.
O documento é subscrito pelo
presidente da FPC, Delmino Pereira, e da Associação Portuguesa de Ciclistas
Profissionais (APCP), Paulo Couto, e pelos nove membros da direção
representantes dos corredores das equipas continentais.
Fonte: Record on-line
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