Por:
José Carlos Gomes
A
primeira etapa da Volta a França do Futuro ficou hoje marcada por uma violenta
queda coletiva, que afetou três dos seis portugueses em prova, Afonso Silva,
Guilherme Mota e Marcelo Salvador.
O
acidente deu-se numa altura em que o pelotão tentava, desesperadamente,
alcançar o dinamarquês Mathias Norsgaard Jorgensen, que viria a vencer em
solitário, após uma fuga de 118 quilómetros, iniciada ao quilómetro 10 na
companhia do esloveno Ziga Horvat, e concluída em solitário.
Depois
de ter deixado a fuga ganhar uma vantagem que viria a revelar-se incontrolável,
o pelotão arriscou na fase final dos 128,8 quilómetros, com partida e chegada
em Marmande, acabando por deixar a corrida marcada por uma queda de grandes
dimensões.
Mathias
Norsgaard Jorgensen triunfou, com 52 segundos de vantagem sobre o pelotão,
comandado pelos britânicos Ethan Hayter e Thomas Pidcock. A queda deu-se fora
da zona de proteção dos 3 quilómetros finais, mas, tendo em conta que envolveu
mais de 30 corredores, a organização, em conjunto com o colégio de comissários
optou por atribuir aos acidentados o mesmo tempo do pelotão principal.
Deste
modo, toda a Equipa Portugal está a 52 segundos do camisola amarela, exceto
Francisco Campos, 146.º, a 8m56s, porque já descolara no momento da queda.
Gonçalo Carvalho é 51.º, Jorge Magalhães 84.º, Afonso Silva 129.º, Guilherme
Mota 131.º e Marcelo Salvador 133.º.
Apesar
de as perdas de tempo terem sido evitadas, as mazelas são uma realidade. Afonso
Silva, Guilherme Mota e Marcelo Salvador, sempre acompanhados pelo médico da
Equipa Portugal, Filipe Lima Quintas, estão a ser assistidos no hospital de
Marmande. Só após avaliação clínica mais detalhada saberemos se os três
ciclistas poderão continuar em prova.
A
segunda etapa, nesta sexta-feira, será o primeiro grande teste à capacidade das
26 equipas participantes. Trata-se de um contrarrelógio coletivo de 32
quilómetros, entre Eymet e Bergerac, que marcará, por certo, diferenças
significativas na classificação geral individual. Para a Equipa Portugal, muito
marcada pela queda de hoje, será uma jornada de grande sacrifício.
Fonte:
FPC
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