Por: José Carlos
Gomes
Rui
Vinhas (W52-FC Porto) venceu hoje a segunda etapa do Grande Prémio
Internacional de Torres Vedras – Troféu Joaquim Agostinho, uma ligação de 152,7 quilómetros ,
entre Atouguia da Baleia e Torres Vedras. Gustavo César Veloso (W52-FC Porto)
mantém a camisola amarela.
A chegada, após
cinco voltas ao circuito torriense, foi discutida a dois, com Rui Vinhas a
impor-se diante de Henrique Casimiro (Efapel), ao cabo de 3h57m58s. O pelotão
registou um atraso de 3 segundos, sendo encabeçado por Jaume Sureda (Burgos
BH).
Após um início de corrida movimentado por
diferentes tentativas de fuga, foi um grupo de sete homens que se estabeleceu em
cabeça de corrida, já dentro da primeira volta ao circuito de Torres Vedras.
Hugo Nunes (Rádio Popular-Boavista), António Ferreira (Vito-Feirense-PNB),
Miguel Salgueiro (Sicasal/Constantinos), Clint Hendricks (ProTouch), Antonio
Soto (Equipo Euskadi), Guillaume Almeida e Micael Isidoro (BAI Sicasal Petro de
Luanda) foram os animadores de serviço.
As dificuldades do percurso foram
provocando baixas no grupo da cabeça de corrida, que foi perdendo unidades.
Atrás, a W52-FC Porto teve o sangue-frio de deixar a vantagem ultrapassar os
quatro minutos sem pegar na corrida. A Efapel decidiu assumir as despesas da
perseguição e tornou a fuga inofensiva para as contas da geral. Já na última
das cinco voltas ao circuito, o “comboio” ovarense anulou por completo a fuga,
que teve em António
Ferreira o mais resistente.
Óscar Hernández (Aviludo-Louletano),
vencedor do Circuito de Torres Vedras em 2018, ainda tentou repetir a façanha,
mas o poderio da W52-FC Porto e da Efapel frustraram a iniciativa, na
derradeira escalada da Serra da Vila, a pouco mais de 3 quilómetros da
chegada.
As duas equipas mais representadas no top
10 desferiram vários ataques, que permitiram colocar em frente de corrida
Henrique Casimiro, Rui Vinhas e Edgar Pinto (W52-FC Porto). Na descida para a meta,
Edgar Pinto cai e perde a possibilidade de lutar pela vitória, que seria
discutira entre Vinhas e Casimiro, com vitória do portista.
“Foi uma etapa
muito atacada, na qual a equipa que luta pelas metas volantes [Alecto
Cyclingteam] e a Efapel controlaram parte da corrida. A última volta foi muito
endurecida e nós levámos a melhor, vencendo a etapa. Queríamos vencer a etapa e
ganhar algum tempo aos adversários. Eu não era o homem da geral, queríamos que
o Edgar Pinto ganhasse tempo, mas ele caiu quando vinha connosco na frente”, descreve Rui
Vinhas.
Como a queda de Edgar Pinto aconteceu no
último quilómetro, o corredor de Albergaria-a-Velha não cedeu tempo importante
para as contas da geral. O colégio de comissários atribuiu-lhe o mesmo tempo do
pelotão principal – mais 3 segundos do que os dois primeiros da etapa - pois
considerou que, em descida, com o pelotão estirado, existia uma situação de
pelotão compacto e não de fuga consolidada.
Contas feitas, Gustavo César Veloso parte
para a última etapa da corrida no topo da geral individual, mas tem Henrique
Casimiro a apenas 8 segundos. O terceiro, a 13 segundos, é Samuel Caldeira
(W52-FC Porto).
Está tudo em aberto para a etapa-rainha, a
disputar neste domingo, ao longo de 179,3 quilómetros ,
entre a Foz do Arelho (11h45) e o alto de Montejunto (16h00), com a meta a
coincidir com um prémio de montanha de primeira categoria. No ano passado, o
vencedor no alto foi Henrique Casimiro.
“Estamos a fazer
uma grande corrida e está tudo em aberto para amanhã. Estamos a mostrar a união
que sempre tivemos neste coletivo. O Montejunto é que será o juiz da corrida.
Não posso dizer-me confiante, quando temos rivais tão duros como os nossos. Mas
sei que a equipa vai fazer um excelente trabalho e que todos vamos fazer o melhor
para levar a camisola amarela para casa”, acredita Gustavo César Veloso.
A W52-FC Porto continua também na dianteira
por equipas, Jaume Sureda (Burgos BH) é o primeiro por pontos e na juventude,
Clint Hendricks (ProTouch) assumiu o comando da montanha em igualdade pontual
com Micael Isidoro e René Hooghiemster (Alecto Cyclingteam) reforçou a primazia
na geral das metas volantes.
Fonte: FPC
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