Por:
Lusa
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DR
O
ciclista português André Cardoso anunciou esta sexta-feira que pretende
angariar fundos para uma "batalha legal" com a UCI, no sentido de
"limpar o nome", depois de ter sido sancionado com quatro anos de
suspensão.
"Preciso
considerar todas as opções, mas pretendo angariar fundos para uma batalha legal
e continuar a trabalhar para provar a minha inocência, trata-se também de uma questão
sobre justiça, porque, a não ser que se tenha os recursos financeiros de um
grande ciclista, é impossível lutar", referiu em comunicado o ciclista,
que teve um controlo antdoping positivo, por EPO, em 18 de junho do ano
passado.
No
entanto, quando a sua amostra B foi testada pelo Laboratoire Suisse d'Analyse
du Dopage em Lausana, na Suíça, o laboratório registou um resultado
inconclusivo, afirmando que a urina testada era "duvidosa, mas
inconclusiva em relação à presença de EPO recombinante".
O
resultado negativo de uma amostra B deveria sobrepor-se a um resultado positivo
da amostra A, mas, ao ser condiderado "atípico", o caso ficou na
interpretação da União Ciclista Internacional (UCI), que acabou por sancionar o
atleta com quatro anos. O processo demorou mais de um ano, tendo o veterano
português (34 anos) sido provisoriamente suspenso pela UCI poucos dias antes do
início da Volta a França 2017, na qual estava previsto competir.
"Estou
a fazer o possível para controlar a minha raiva, mas estou totalmente
desapontado com a confirmação", afirma o ciclista. "Tenho lutado
contra isto há 16 meses, mas desde o início ficou claro que a UCI queria fazer
de mim um exemplo para criar um precedente para sancionar atletas com uma
amostra A, ignorando o devido processo", acrescenta.
"Percebemos
isso quando contrataram um dos principais escritórios de advocacia da Suíça e
praticamente todos os médicos especialistas que nos poderiam ajudar a provar o
nosso caso. Porque é que fizeram isso num caso que afirmam ser completamente
claro? Se fosse um caso simples, ficaria encerrado rapidamente", refere
ainda.
O
controlo, feito a sangue e urina, aconteceu em 18 de junho de 2017, alguns dias
depois de o português ter terminado o Critério do Dauphiné em 19.º lugar, o que
contribuiu para a sua presença na equipa Trek-Segafredo designada para a Volta
a França daquele ano, na qual faria a sua estreia.
Fonte:
Record on-line
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