Por:
Lusa
Foto:
EPA
O
espanhol Alejandro Valverde, visivelmente emocionado após conquistar o título
mundial de ciclismo de fundo, em Innsbruck, na Áustria, assumiu não ter
palavras para descrever o triunfo, o mais procurado da sua carreira.
"Estou
sem palavras, ainda não acredito. Foram tantos anos a lutar por ele e,
finalmente, consegui", congratulou-se o veterano corredor, após conquistar
a camisola arco-íris.
Valverde,
de 38 anos, sucedeu no historial ao eslovaco Peter Sagan, que tinha vencido os
últimos três Mundiais, ao concluir os 252,9 quilómetros da prova em 6:46.41
horas, o mesmo tempo registado pelos companheiros de fuga Bardet, Woods e
Dumoulin, segundo, terceiro e quarto classificados, respetivamente.
"A
seleção esteve nota 10, soube estar sempre onde devia estar e eu também me
soube defender no sprint, que era a minha responsabilidade. Foi um sprint muito
longo e ataquei a 300 metros. Sabia que não podia falhar, ganhei e estou muito
emocionado", referiu Valverde, que foi felicitado por Sagan.
Sagan
abandonou a corrida a 90 quilómetros do final, numa altura em que já estava
afastado dos lugares da frente, num dos percursos considerados como dos mais
difíceis da prova nas últimas décadas.
Rui
Costa, campeão do mundo em 2013, foi o português mais bem classificado, ao
terminar a corrida no 10.º lugar, a 43 segundos de Valverde, enquanto Nelson
Oliveira foi 39.º, a cinco minutos.
Valverde
tornou-se num dos mais velhos corredores a alcançar o título mundial, igualando
o holandês Joop Zoetemelk, que, em 1985, também venceu a corrida aos 38 anos.
O
vencedor da edição da Volta a Espanha de 2009 chegou ao lugar mais alto do
pódio dos Mundiais depois de dois segundos lugares, em 2003 e 2005, e quatro
terceiros, em 2006, 2012, 2013 e 2014, tornando-se no quarto espanhol a
consegui-lo, depois de Abraham Olano, Igor Astaloa e Oscar Freire, este último
por três vezes.
Fonte:
Record on-line
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