Por: Alexandre Reis
Foto: Rui Minderico
O calor que se vai
fazer sentir nos próximos dias promete ser arrasador, com as temperaturas a
subirem aos 45 graus. Mas nada que preocupe os ciclistas mais experientes, pois
já sabem como lidar com essa adversidade, que sempre afeta a Volta a Portugal.
Ricardo Mestre (W52-FC Porto), vencedor da Volta a Portugal de 2011, está
preparado: "Prefiro o calor ao frio, mas quando este é extremo é preciso
muito cuidado, por causa da desidratação. É preciso haver um equilíbrio na
perda de sais. Já perdi uma Volta para o David Blanco por causa da
desidratação, quando em 2006 perdi a amarela na Senhora da Graça. Desfaleci por
completo. Mas é assim que se aprende, com os erros."
O massagista da equipa
portista, Paulo Silva, explicou, por sua vez, os cuidados que os ciclistas
devem ter, pois junto à estrada as temperaturas podem atingir os 56 graus:
"A preparação já vem de trás. Têm de tomar muitas bebidas isotónicas, água
mineral e ter cuidado com a alimentação, pois quanto mais sólida, menor é a
absorção. Tem de se procurar um equilíbrio neste aspeto e proteger a pele dos corredores
por causa do sol."
O abastecimento apeado
pode ser personalizado: "Cada um tem a fruta da sua preferência, os bolos.
Os alimentos são mais frescos, come-se gelatina. Quem falhar um abastecimento
pode dar-se mal, mas por vezes as circunstâncias da corrida não o permitem,
pois um corredor pode ir em fuga, por exemplo. Também é importante a
recuperação. Muito sal no equipamento ou urina escura são sinais de alerta
quanto à desidratação", explicou Paulo Silva.
Fonte: Record on-line
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