“Um
País diferente, realmente pouco conhecido e com pormenores deslumbrantes”
deixou Nuno Laurentino rendido aos encantos do Portugal de Lés-a-Lés e do
“mototurismo enquanto conceito de descoberta”. O nadador e triatleta do SL
Benfica, que tirou a carta de moto propositadamente para participar na aventura
que a Federação de Motociclismo de Portugal levou a cabo pelo 19.º ano e que
hoje terminou em Faro, destacou ainda “o ambiente fantástico, de grande
companheirismo, diversão e solidariedade, bem como a excelência de uma
organização que move caravana de milhares de motociclistas através do País. Com
mais de 130 títulos individuais e mais de 200 recordes nacionais em várias
distâncias, o atleta olímpico em Atlanta-1996 e Sydney-2000 acompanhou o
secretário de Estado da Juventude e Desporto, João Paulo Rebelo, a convite do
presidente da Federação de Motociclismo de Portugal, ‘fazendo equipa’ com
Carmona Rodrigues e o juiz Rui Teixeira, motociclistas de longa data.
‘Repetentes’ na maior maratona mototurística do Mundo, o chefe da bancada
parlamentar do PCP, João Correia e o deputado Miguel Tiago, juntamente com o
ex-deputado Rodrigo Ribeiro, voltaram para “melhor apreciar um País bem
diferente do que muitas vezes é debatido na Assembleia da República”, este ano
ligando Vila Pouca de Aguiar a Faro, ao longo de 1164 quilómetros com passagem
pelo Fundão e Elvas.
No
enorme pelotão com mais de 1800 motociclistas, contavam-se ainda mais dois
desportistas com longas e profícuas carreiras nas duas rodas, agora atraídos
pelos encantos turísticos de Portugal. Habituados às exigências físicas
exponenciadas pelas elevadas temperaturas como as que se fizeram sentir ao
longo dos últimos quatro dias, entre Vila Pouca de Aguiar e Faro, Cândido
Barbosa e Miguel Farrajota recordaram “o sofrimento que era correr de moto ou
de bicicleta com estas temperaturas”. Para o recordista de triunfos em etapas
nas corridas nacionais – 123 incluindo 25 na Volta a Portugal – “pedalar pelas
Beiras ou Alentejo nos meses mais quentes roubava o discernimento e, mesmo com
enormes cuidados com a hidratação, as dores musculares e a dificuldade de
raciocínio são impedimentos na competição”. Participante assíduo no Lés-a-Lés
desde 2011 aproveitou mais uma edição para recordar estradas onde pedalou rumo
a carreira de enorme sucesso ao mais alto nível, com ponto alto com a camisola
da Banesto, então uma das mais fortes equipas do pelotão internacional.
Já
Miguel Farrajota, detentor de títulos de campeão Nacional em Motocrosse,
Supercrosse, Supermotard, Enduro e Raides Todo-o-Terreno e estreante na grande
travessia de Portugal, lembrou as presenças nas provas africanas, incluindo o
Rali Dakar, “onde a condução era muito desgastante quando a temperatura subia
em demasia”. Agora com uma rápida scooter BMW C650 Sport, bem mais confortável
do que as motos com que arrebatou dezenas de triunfos, o algarvio estava
definitivamente rendido ao evento mais estradista depois da presença nas duas
edições do Portugal de Lés-a-Lés Off-Road.
Fonte:
Gabinete de Imprensa 19.º Portugal de Lés-a-Lés/Parceria Notícias do Pedal
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