César Martingil foi o 21.º
classificado na prova de fundo para sub-23 do Campeonato do Mundo de Estrada,
uma corrida realizada em Doha, Catar, na qual Nuno Bico deu nas vistas,
pedalando em fuga durante quase toda a prova. O norueguês Kristoffer Halvorsen
ganhou ao sprint.
A
prova de 166 quilómetros começou caótica, com muitas quedas. Logo na volta
inicial, Nuno Bico escapou ao pelotão e, dessa forma, afastou-se do nervosismo
do numeroso grupo. Integrou uma fuga que foi ganhando elementos, até serem nove
os escapados.
Apesar
de ter caído à entrada da quarta volta, o viseense manteve-se na frente da
corrida, sendo o mais inconformado dos fugitivos. Muito pela persistência do
português, a iniciativa só foi anulada na última volta, a dez quilómetros da
meta, graças ao trabalho da Noruega que controlou o pelotão e nunca deu aos
ciclistas mais adiantados uma vantagem que passasse muito dos 3 minutos.
“Alguns corredores que estavam comigo na
fuga tiveram um comportamento que não consigo entender. Quando ainda lutávamos
taco a taco com o pelotão e não era certo que seríamos absorvidos, eles
desistiram de lutar e foram apenas na roda. Não sabemos o que poderia ter
acontecido se todos colaborassem, mas acabo satisfeito por ter sido
protagonista na minha última corrida como sub-23”,
confessa Nuno Bico.
Anulada
a fuga, reacendeu-se a luta pelo posicionamento num pelotão que voou para uma
mais do que previsível chegada ao sprint. Como consequência, as quedas voltaram
a atrapalhar a marcha do grupo, uma das quais, nas últimas centenas de metros,
desposicionou o sprinter da Seleção Nacional/Liberty Seguros, César Martingil.
O
corredor ribatejano acabou por ser o 21.º a cortar a meta, com o mesmo tempo do
vencedor, o norueguês Kristoffer Halvorsen, que, num sprint apertado, relegou o
alemão Pascal Ackermann para o segundo lugar e o italiano Jakub Mareczko para o
terceiro posto.
“Quando temos uma equipa pequena é muito
difícil a colocação para o sprint. Eu até vinha dentro dos 15 primeiros e
poderia terminar por aí ou mesmo no top 10, mas a última queda obrigou-me a
fazer um desvio e perdi a posição”, lamenta César Martingil.
Ivo
Oliveira também acabou no pelotão principal, com o mesmo tempo do pelotão, na
27.ª posição. “O principal objetivo era
ajudar o meu companheiro de equipa. Com a queda não consegui passar para o
lançar e cheguei pouco depois dele”, reconhece o gaiense.
Após
ser alcançado, Nuno Bico “levantou o pé”, chegando ao final na 133.ª posição, a
7m32s dos melhores.
Fonte:
FPC
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