Com o início da Semana Europeia do Desporto, Lisboa iniciou a mesma com muita pedalada, na terceira edição da Subida à Glória Jogos Santa Casa, numa organização da Podium Events, a noite deste sábado 24 de setembro foi diferente, já que as bicicletas evadiram a Calçada da Gloria, numa extensão de 265 metros apenas, onde no dia-a-dia habitualmente os ascensores da Carris, tem permissão para desfilar, ou ainda alguns mais destemidos descem ou sobem aquele ingreme subida com um declive de cerca de 17% de inclinação, que, se a pé existem dificuldades, de bicicleta é sem dúvida uma grande aventura.
A Subida á Glória que liga os Restauradores ao Jardim de São Pedro de Alcântara lá bem no alto do Bairro Alto, proporciona um espetáculo único cheio de muita animação e emoção, e muitos foram os que se quiseram participar, com algumas figura de relevo do ciclismo português a marcarem presença, caso do atual vencedor da Volta a Portugal em Bicicleta Rui Vinhas, ou o Gustavo Veloso.
A Subida á Glória depois de interregno de muitos anos, regressou em 2013, Alfredo Piedade tinha o recorde da subida desde 1926 com 1 minuto e 10 segundos, mas, Ricardo Marinheiro, conquistou a vitória em 2015, e terceiro ano consecutivo, e estabeleceu o recorde da subida em 35,59 segundos, e ganhando logo como alcunha o “Torpedo da Glória”, este ano depois de um acidente e uma operação á clavícula á três semanas, a sua participação esteve em risco, e apenas na véspera decidiu participar, conseguindo um honroso segundo lugar, a nossa reportagem falou com Ricardo Marinho antes da sua participação ao qual o mesmo nos dizia; “ este ano vai ser muito difícil, venho de uma lesão grave, mas vou dar tudo-por-tudo, não tive grande preparação, mas pode ser que dê”.
Mas este ano não foi do “Torpedo da Glória”, a lesão marcou, e a vitória acabou por ser de Pedro Garcia das Associação 20 Kms de Almeirim/Restaurante o Forno, que numa subida muito disputada com Marinheiro, que mesmo assim tinha sido o mais rápido no apuramento, bateu o mesmo no alto da Glória, e ganhando assim em masculinos. Na parte feminina, este ano a mesma foi ganha por Maria Barros Fernandez, a espanhola do Club Ciclista Spol Concellho de Porriño, que bateu Jéssica Costa, da Associação Focus Tean, depois de nas edições anteriores ter lutado sempre por um lugar no pódio, este ano alcançou o tão desejado primeiro lugar, com a favorita Daniela Reis a ficar pelo quarto lugar.
Numa noite muita agradável, onde este ano se sentiu um pouco a presença de menos público, o evento foi positivo, a animação esteve presente, e alguns se destacaram, caso do Carlos Sacramento, que se distinguiu no meio dos participantes, com o Prémio Originalidade, com o “Super Tuga”, uma personalidade talvez roubada ao carnaval, com as cores portuguesas estampadas numa capa voadora, que animou mais uma Subida á Glória, e onde já ficou no ar a próxima edição a realizar em 2017.
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