domingo, 17 de julho de 2016

“Tour/O sonho de Pantano concretizou-se num dia de sem emoções na luta pela amarela”

Foto: Lusa

Jarlinson Pantano triunfa na 15.ª etapa da Volta a França, O sonho de Pantano concretizou-se num dia de sem emoções na luta pela amarela.

Jarlison Pantano (IAM Cycling) fez hoje jus à ponta de velocidade que o distingue dos outros ciclistas colombianos para cumprir o sonho de vencer na Volta a França, numa 15.ª etapa sem emoções na luta pela geral.

Vindo da fuga do dia, na qual andou Nelson Oliveira (Movistar), Pantano deixou Rafal Majka (Tinkoff), o último dos seus companheiros, tomar a iniciativa de lançar o ‘sprint’ e esperou pelo momento certo para arrancar rumo à sua primeira vitória numa Grande Volta, enquanto lá atrás os candidatos se entretinham num ‘passeio’ de amigos, depois de desperdiçarem mais uma oportunidade de contestar a liderança de Chris Froome (Sky).

“Isto é incrível. É um sonho tornado realidade. Vim à Volta a França com esse objetivo, mas não acreditava que pudesse acontecer”, assumiu o colombiano de 27 anos, que só na época passada seguiu as pisadas de muitos dos seus compatriotas e chegou ao WorldTour.

Combativo e humilde, o ciclista da IAM Cycling teve ainda palavras de elogios para o homem que derrotou na meta: “O Majka era um adversário de respeito, já ganhou etapas no Tour. Mas eu sentia-me bem e sabia que se me juntasse a ele na descida [depois do Grand Colombier] podia ganhar. Falámos e ele incitou-me a pedalar para chegarmos juntos. Colaborámos bem”.

Quase quatro horas antes, no sopé do col du Berthiand (1.ª), decorridos que estavam apenas 20 dos 159 quilómetros entre Bourg-en-Bresse e Culoz, o polaco da Tinkoff, que lidera a classificação da montanha, tinha saltado para a frente da corrida na companhia do russo Ilnur Zakarin (Katusha).

A iniciativa do duo de luxo gerou uma onda de ataques no pelotão. Resultado? Uma fuga de 30 homens, na qual estavam Pantano, o português Nelson Oliveira (Movistar) e figuras conceituadas como Vincenzo Nibali (Astana), Tom Dumoulin (Giant-Alpecin), Domenico Pozzovivo e Alexis Vuillermoz (AG2R), Pierre Rolland (Cannondale), Thomas Voeckler (Direct Énergie), Julian Alaphilippe (Etixx-QuickStep), Dani Navarro (Cofidis) e Ruben Plaza (Orica-BikeExchange).

Com 18 das 22 equipas representadas no grupo – falharam o ‘cut’ a Sky, a BMC, a Lotto-Soudal e a Fortuneo-Vital Concept -, o pelotão escusou-se a perseguir com intenção os 30 da frente que, na primeira ascensão ao imponente Grand Colombier (de categoria especial, tinham praticamente nove minutos de vantagem.

O colosso da cordilheira de Jura selecionou, por duas vezes o grupo, e, na subida pela vertente de Lacets du Grand Colombier, eram Majka e Pantano quem seguia na frente, depois de Alaphilippe e Zakarin terem problemas mecânicos, ao mesmo tempo que, no grupo de candidatos, o italiano Fabio Aru (Astana) concretizava o primeiro ataque na sua estreia na Volta a França, levando na roda Alejandro Valverde (Movistar).

Seria apenas um esboço de um assalto à liderança de Froome, prontamente anulado pelo trabalho da Sky, mas que serviu para eliminar o norte-americano Tejay Van Garderen (BMC), que perdeu quase 01.30 minutos e desceu ao oitavo lugar da geral.

Em mais uma inexplicável jornada sem ataques sérios à liderança do britânico, foi preciso esperar longos quilómetros, quase até ao final da ascensão da última contagem do dia, para ver alguém agitar a corrida, no caso Romain Bardet (AG2R).

Mas a carburada máquina britânica não estava para benesses, ‘caçou’ o francês e levou o grupo, no qual se aguentou Nelson Oliveira, unido até à meta, cortada 03.07 minutos depois do vencedor, que completou a tirada em 04:24.49 horas.

Assim sendo, e com ‘apenas’ 209 quilómetros planos para cumprir entre Moirans-en-Montagne e Berna, na Suíça, é praticamente certo que o duplo vencedor do Tour vai chegar ao segundo dia de descanso da 103.ª edição, marcado para terça-feira, com 01.47 minutos de vantagem sobre o holandês Bauke Mollema (Trek-Segafredo) e 02.45 sobre o também britânico Adam Yates (Orica-BikeExchange), respetivamente segundo e terceiro na geral.

Rui Costa (Lampre-Merida), que tentou seguir na roda do tetracampeão nacional de contrarrelógio quando este arrancou para a fuga, mas não teve capacidade para seguir a pedalada do português da Movistar, teve um dia mau, perdendo 26.32 minutos e caindo para a 60.ª posição da geral, a 01:33.18 horas de Froome.

Pelo contrário, Nelson Oliveira deu um grande pulo na classificação geral, fixando-se no 84.º lugar, com uma desvantagem de 01:58.50 horas para o camisola amarela.

Fonte: SAPO Desporto c/Lusa

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