Por: Carlos Silva
Em parceria com: https://ciclismoatual.com
É pouco provável que Tom
Pidcock regresse ao ciclocrosse neste inverno. Depois de uma longa e
bem-sucedida época na estrada, o britânico ainda não entrou totalmente em modo
de descanso. Atualmente na África do Sul, o ciclista da Q36.5 Pro Cycling Team
participa na Nedbank Gravel Burn - uma corrida por etapas de uma semana,
disputando-a sobretudo de forma descontraída. No entanto, na 5ª etapa decidiu
levar o dia a sério e acabou mesmo por vencer a jornada.
Pidcock deverá iniciar a sua
temporada de 2026 mais tarde do que este ano. Sem mudanças de equipa nem
alterações significativas no seu calendário, o britânico pode encarar o inverno
com calma e uma mente mais tranquila. Há um ano, por esta altura, ainda representava
a INEOS Grenadiers e só em dezembro se transferiu para a equipa suíça, que este
inverno se reforçou com vários ciclistas oriundos do World Tour.
Depois de um final de
temporada intenso, com um Top 10 na Il Lombardia e a presença no Campeonato do
Mundo de Gravel, nos Países Baixos, Pidcock decidiu descansar, embora não tenha
parado por completo. Vários dos melhores especialistas de BTT e gravel do mundo
estão esta semana na África do Sul para disputar a Nedbank Gravel Burn, uma
prova de sete dias, e o britânico quis juntar-se aos participantes. Pedalou em
ritmo moderado nas primeiras etapas, sem procurar resultados, apenas para
desfrutar do verão do hemisfério sul e da experiência em si.
A corrida conta com nomes de
peso, como Matthew Beers, Andri Frischknecht e profissionais de estrada
conhecidos como Simon Pellaud, Peter Stetina e Lawrence Naesen. Mas na 5ª etapa
da prova com 137 quilómetros e final no topo do Swaershoek Pass, Pidcock decidiu
testar as pernas. O perfil era acessível, mas o final exigente.
“Pareceu-me ser a etapa mais
fácil, com apenas uma subida. Foi por isso que pensei em tentar”, explicou o
britânico após a chegada. “Talvez tenha sido um caso único! Toda a gente me tem
dito: ‘Devias tentar ganhar uma etapa’, mas a corrida é dura. Tenho sofrido o
ano todo. Não quero sofrer aqui”, disse entre risos.
Com este triunfo simbólico,
Pidcock encerra a época de forma descontraída, mantendo o instinto competitivo
sem abdicar do prazer de pedalar. O regresso às corridas de estrada está
previsto apenas para a primavera de 2026 e tudo indica que o ciclocrosse ficará
novamente fora do seu calendário este inverno.
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