quinta-feira, 23 de outubro de 2025

"Aquilo não é um contrarrelógio por equipas" Richard Plugge, chefe da Visma, critica o início da Volta a França de 2026”


Por: Carlos Silva

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

A Team Visma | Lease a Bike foi uma das primeiras equipas a reagir à apresentação oficial do percurso da Volta a França 2026, manifestando satisfação pela variedade do traçado, mas também algumas reservas quanto ao formato inédito do contrarrelógio por equipas de abertura.

O diretor desportivo Grischa Niermann destacou o equilíbrio global da corrida e a forma como as etapas decisivas surgem apenas na segunda metade. Já Richard Plugge, diretor geral da estrutura neerlandesa, elogiou o desfecho no Alpe d’Huez, mas mostrou-se pouco impressionado com o início da prova.

"O foco da corrida está no final. O percurso é relativamente mais facil no início do Tour: eles querem claramente manter a luta até ao fim", partilhou Plugge com o In de Leiderstrui. A etapa 6, com final em Gavarnie, será a única jornada de alta montanha nos primeiros 13 dias de corrida. Apesar de haver algumas etapas acidentadas e o contrarrelógio por equipas em Barcelona, Plugge acredita que as diferenças entre os principais favoritos só começarão a surgir mais tarde.

 

Contrarrelógio por equipas polémico

 

O ponto mais contestado por Plugge é o contrarrelógio por equipas de abertura, cuja cronometragem será feita de forma individual e não com base no quarto ou quinto ciclista da equipa, como é habitual. Além disso, o percurso inclui duas colinas, subindo primeiro ao Alto de Montjuïc antes da chegada no Estádio Olímpico de Barcelona, onde também terminará a 2ª etapa.

"Não sou a favor disso. Está-se a retirar o espectro "equipa". Um contrarrelógio por equipas é um contrarrelógio por equipas. O que conta é o tempo do quarto ou quinto ciclista a passar na meta, por isso temos de levar o nosso trabalho até ao fim", argumenta. "É isso que me agrada. Mas é o que é, e temos de nos adaptar a isso".

Plugge foi ainda mais incisivo ao criticar a ideia do formato.

“Não é bem um contrarrelógio por equipas. É mais uma corrida para sabermos quem será o primeiro líder. Temos de ver como vamos lidar com isso. Normalmente, esta disciplina é boa para nós, mas agora não faço ideia do que pretendem. Talvez queiram apenas fazer algo diferente outra vez? Mas não lhe chamem um contrarrelógio por equipas. Chamem-lhe um lead-out cronometrado”, ironizou.

Apesar das críticas, Plugge reconhece que a introdução de um esforço cronometrado logo na abertura poderá trazer benefícios táticos. “Com um contrarrelógio por equipas no início, há logo uma hierarquia. Isso cria uma certa calma no pelotão”, admitiu.

Se o início do percurso levantou dúvidas, o final mereceu elogios rasgados. A etapa do Alpe d’Huez, última da corrida, é vista por Plugge como um dos grandes momentos do Tour 2026.

“O Alpe d’Huez é sempre bonito, e a passagem pelo Col de Sarenne é muito agradável e ainda mais difícil. Gosto disso. Vai ser uma etapa brutal de qualquer forma, e isso é bom. Especialmente com a subida ao Sarenne”, afirmou.

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