Sofiane Sehili multado por "entrada ilegal" na fronteira do extremo-oriente da Federação Russa
Por: Lusa
Foto: Instagram/Sofiane Sehili
O ciclista francês preso na
Rússia há mais de um mês foi libertado esta quinta-feira, após ter sido multado
por "entrada ilegal" na fronteira do extremo-oriente da Federação
Russa, disse fonte judiciária à agência France Presse.
"Ele foi inicialmente
considerado culpado de cruzar ilegalmente a fronteira e condenado a uma multa
de 50.000 rublos (cerca de 530 euros)", disse aquela fonte, acrescentando
que Sofiane Sehili, atleta de 44 anos da especialidade de resistência, ficou
isento do pagamento dado o tempo passado em prisão preventiva, em Pogranichny,
região de Primorsky.
Sehili, que tentava
estabelecer o recorde mundial de travessia velocipédica euro-asiática entre
Lisboa e Vladivostock (leste), ouviu a decisão judicial numa 'gaiola' de metal
reservada a réus, vestido de azul, segundo imagens publicadas pelo tribunal na rede
social Telegram.
A AFP contactou o advogado do
especialista em ultra-distâncias, Alla Kouchnir, mas tal não foi possível. A
acusação de "entrada ilegal", na Rússia pode acarretar até dois anos
de prisão.
Quando foi detido, Sehili
queria pedalar da China para a Rússia, mas através de um posto fronteiriço em
que só estão autorizadas passagens de comboio ou autocarro, segundo um perito
contactado pela AFP, mas recorrer a esses meios de transporte implicava invalidar
o recorde almejado depois de 60 dias em cima do selim e milhares de quilómetros
nas pernas.
O ciclista partiu de Lisboa no
início de julho e planeava passar por 17 países até chegar a Vladivostok, no
início de setembro.
A companheira de Sehili, Fanny
Bensussan, disse em setembro que o corredor decidira apresentar-se às
autoridades aduaneiras russas convencido de que seria compreendido, mas acabou
no centro de detenção de Usuriysk.
O ciclista francês já
percorreu mais de 200 mil quilómetros de bicicleta em mais de 50 países,
segundo a sua página pessoal na Internet.
Vários cidadãos de países mais
ocidentais têm sido detidos em território russo desde o início da Guerra contra
a Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, e as relações diplomáticas entre Paris e
Moscovo 'arrefeceram' bastante, entretanto.
Fonte: Record on-line

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