Quem o diz é Carlos Pereira, dono da equipa de ciclismo, em declarações à Lusa
Por: SIF (AMG) // AMG - Lusa
Foto: LUSA
O dono da equipa de ciclismo
Sabgal-Anicolor disse à Lusa que a anomalia detetada no passaporte biológico de
Frederico Figueiredo, suspenso provisoriamente, é anterior à sua chegada à
equipa, em 2021.
"Ser anterior a 2023 é
muito subjetivo. Pode ter sido em 2015. Ele é meu corredor desde 2021, e que eu
saiba não tem qualquer anomalia no passaporte, até que me provem em contrário.
Se há uma anomalia, não tem nada a ver com as equipas que representou nesta
estrutura", declarou Carlos Pereira, questionado pela Lusa.
O trepador de São João de Ver
chegou à estrutura da Sabgal-Anicolor em 2021, depois de quatro temporadas em
Tavira primeiro, Sporting-Tavira e, depois, Atum General-Tavira-Maria Nova
Hotel. Antes, tinha estado na Rádio Popular-Boavista, onde se tornou profissional
em 2014.
Os ciclistas Frederico
Figueiredo, vice-campeão da Volta2022, e Luís Gomes estão suspensos
preventivamente devido a anomalias no passaporte biológico, confirmou à agência
Lusa fonte da Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC).
A mesma fonte indicou que os
dois corredores foram suspensos provisoriamente pela Autoridade Antidopagem de
Portugal, estando a decorrer um inquérito disciplinar.
Salientando que "a defesa
do ciclista pertence ao ciclista", considera não ter motivos para deixar
de "pagar-lhe um salário à mesma". "Aqui, nunca teve qualquer
anomalia no passaporte. Tenho de cumprir com ele, como cumpro com todos os
outros corredores", acrescentou.
Carlos Pereira lembrou que
"uma suspensão provisória não é um julgamento", não confirmando que o
mesmo teve uma anomalia, além de sublinhar que Figueiredo tem direito a defesa.
De resto, e reforçando que
isto "não tem nada a ver com a equipa" de que é dono, lembra que o
mesmo lhe aconteceu com o neerlandês Antwan Tolhoek, contratado este ano e que,
posteriormente, foi suspenso provisoriamente devido a um controlo em novembro
de 2023.
Vice-campeão da Volta2022,
edição em que foi também o 'rei' da montanha, e vencedor do Grande Prémio
Jornal de Notícias no início de setembro, Frederico Figueiredo, de 33 anos, é
um dos principais ciclistas do pelotão nacional, tendo desempenhado um papel
determinante na vitória do russo Artem Nych na última edição da Volta a
Portugal.
Trepador de referência do
ciclismo português, o corredor da Sabgal-Anicolor venceu por três vezes o
Grande Prémio Joaquim Agostinho, tendo ainda subido ao lugar mais baixo do
pódio da Volta a Portugal em 2020.
Os dois casos são anteriores a
2023, ano em que entrou em vigor o protocolo que alargou o passaporte biológico
a todos os ciclistas do pelotão nacional, indicou com a mesma fonte federativa.
A Lusa tentou contactar
Figueiredo e Gomes, sem sucesso.
Fonte: Record on-line
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