Antigo ciclista norte-americano partilhou visão num podcast nos Estados Unidos
Por: Fábio Lima
Foto: Getty Images
Dez anos depois da famosa
entrevista a Oprah Winfrey na qual confessou ter recorrido a substâncias
dopantes para vencer as sete Voltas a França que conseguiu na carreira, Lance
Armstrong continua a falar do tema sem rodeios e esta semana, no podcast Bill Maher‘s
Club Random, revelou mesmo a razão pela qual nunca acusou positivo num controlo
antidoping. Pese embora ter recorrido de forma constante a substâncias
proibidas.
"O
que sempre disse, e não estou a tentar justificar o que disse como algo que
repetiria, mas uma das frases que disse foi 'fui testado umas 500 vezes e nunca
falhei nesse teste'. Não é mentira. É a verdade. Não há forma de contornar os
resultados. Quando urinava no copo e eles testavam a urina desse copo, era
aprovado. Mas a realidade é que grande parte dessas substâncias, especialmente
aquela que tem mais impacto, dura [no sistema] quatro horas e meia. Por seu
turno, certas substâncias, seja cannabis ou anabólicos, o que seja, têm
períodos mais longos. Podes fumar um charro, conduzir e duas semanas depois
testas positivo, porque a 'vida' da substância é superior. Com a EPO, que é
combustível de ponta que mudou não apenas o ciclismo, mas todo o desporto de resistência,
tens um período de 'vida' de quatro horas e meia. Sai do corpo muito
rapidamente. Com quatro horas e meia, só tens de fazer as contas",
disse o norte-americano, de 52 anos.
Por "contas"
Lance Armstrong refere-se essencialmente à duração média das etapas das
grandes provas de ciclismo, o que em teoria, pela sua explicação, faz com que,
tomando a substância antes do arranque, quando chega à meta a mesma já
desapareceu do sistema.
Fonte: Record on-line
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