Não só pelos órgãos de comunicação social oficiais, mas muitos outros falharam
Por: José Morais
Fotos, CM TV e FPC
Depois do final da 47ª edição
da Volta ao Algarve em bicicleta, com a vitória de João Rodrigues da W52-FC
Porto, temos de dar os parabéns pelo seu empenho, e pela vitória ter falado
português, é animo e força que o ciclismo nacional necessita, e são vitórias
destas que motivam os ciclistas, que infelizmente em Portugal este ano muito
tem sofrido por falta de provas ao contrário de outros países onde se tem
realizado as mesmas.
Até aqui tudo bem, porem,
aquele que é o desporto do povo como dizem, infelizmente não consegue chegar a
todos, a pandemia que nos evadiu deu origem a muitas restrições, uma delas é o
de ter publico nas partidas e chegadas, algo que não é permitido, porem, como
nem todos os portugueses lhes passa a caravana à porta, existe a televisão para
mostrar a todos que vibram com a modalidade, porem aqui começa o problema.
Ora vejamos, a televisão
pública, aquela que todos nós pagamos em impostos, não tem interesse e não transmite,
e a Federação Portuguesa de Ciclismo tenta interessados, a Cofina surge assim
interessada, é feito um acordo em que os órgão de comunicação do grupo dava
cobertura exclusiva, falava-se da CM TV e do Record, onde este grupo prometia
dar diariamente destaque ao evento, com a CM TV televisão oficial a dar 90
minutos diários, onde alem da transmissão dos últimos quilómetros da etapa, e
ainda entrevistas antes e após as etapas.
Tudo bonito, publicidade, mas
no final apenas não ficou no papel, já que na realidade nada disso aconteceu, diariamente
e fazendo bem as contas, pouco mais de meia hora era transmitido, as
transmissões programadas teriam início pelas 16,30 e terminavam pelas 18 horas,
hora isso nunca aconteceu, e fazendo bem as contas existiram dias em que pouco
mais de meia davam na totalidade, já que pelo meio existiam intervalos de 15
minutos pelo menos duas vezes.
Vejam o filme da 5ºª
etapa na CM TV
E vejamos o último dia na
quinta etapa, talvez a que mais transmitiram, a CM TV iniciou pelas 16,21 quando
estava previsto para as 16,13, neste último dia finalmente Hugo Sabido falava 1
minuto depois de entrarem em direto, algo que nas outras etapas só quase 20
minutos dizia boa tarde, algo nada agradável. A emissão iniciava-se nos 38
últimos quilómetros, mas três minutos depois seguiu-se logo um intervalo às
16.24, com a entrada em direto às 16,37, estava-se já a 27 km do fim, foram 10
kms que os espectadores não assistiram, pelo meio uma entrevista a João
Rodrigues dada antes da partida, e eram 17,27 quando o vencedor da etapa corta
a meta, apresentam a classificação provisória, a única vez que o fizeram, e
encerram a emissão.
Mais uma vez as falhas, as entrevistas no final da etapa, a cerimónia do pódio que nunca deram, e tanto que se poderia mostrar, como por exemplo dar algumas imagens da partida e durante a corrida, antes da transmissão em direto.
Frase
infeliz
Quase no início da transmissão
alguém que comentava como o Hugo Sabido referia todo contente “Estamos em direto num canal para todo o Portugal” e
deixo a pergunta, quando é que a CM TV é um canal aberto para todos? Mas se na
televisão a o Grupo Cofina falhou em grande, também no que diz ao Record não se
ficou a trás, já que tudo o que publicaram diariamente com exceção do último
dia, eram notícias provenientes da Lusa.
Porem, como comunicação social oficial da Volta ao Algarve, porque o
Record não fez com a Volta ao Algarve, como está a fazer com o Giro, com o filme
em direto da etapa, é certo de que a organização da Volta ao Algarve o fazia no
seu site, mas não seria importante ter a mesma iniciativa com a Volta
portuguesa, é certo de que não tem as figuras de topo do ciclismo mundial como
tem o Giro, mas por favor defenda o que é nacional, e o que de bom fazemos.
Porem, e já agora dando uma achega à comunicação social nacional, li uma
notícia num site de referência no ciclismo nacional, onde se falava num “Jornalismo de contenção” já que a sala de imprensa da Volta ao Algarve
estava deserta, onde apenas a jornalista da Lusa marcava presença diária, algo
nada visto nas grandes provas nacionais, já que os outros órgãos deveriam ter ficado
em casa, fazendo assim uma analise negativa ao jornalismo desportivo do país, e
por exemplo A Bola, aquele que se diz o melhor diário desportivo, nem uma
linha publicou no dia 7 no seu site e nunca
marcou presença um dia , ou o Record que apesar de ter assinado acordo com a
Federação Portuguesa de Ciclismo, seguiu o mesmo rumo.
Pois é, isto é o jornalismo que Portugal possui, não falo em
jornalistas, que existem grandes profissionais com gosto no que fazem mas não
os deixam fazer o trabalho, mas sim nas redações e responsáveis, que ignoram totalmente
o ciclismo em Portugal, são muito pobres nas sua notícia informativas, e sem
capacidades financeiras onde existe muita pobreza, porem são muitos sites
informativos do ciclismo que Portugal possui, que consegue chegar a milhares de
leitores com as notícias da modalidade que tanto gostam.
A finalizar, ao longo de 5 dias, eu como muitos, estávamos na expetativa
de como seriam as transmissões da CM TV, é certo de que havia a alternativa da
Eurosport, mas eu tinha de ver com os meus olhos o que acontecia, se era um
canal nacional e português que se gabou, que prometeu, merecia audiências se as
merece-se, algo que penso que não alcançou, e que ficou muito aquém, assisti
aos dois, e fiz os filmes diários da CM TV do que ia acontecendo, já para se
criticar temos de saber o que fazemos, temos de ver sobre o que criticamos, não
é criticar por criticar, mas as verdades tem de ser ditas, e fica aqui um
recardo à Federação Portuguesa de Ciclismo que seria importante rever o
contrato com a Cofina em defesa da honra do ciclismo e de todos que estão
envolvidos no mesmo.
Viva o ciclismo nacional.
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