Por: AMG // NFO
O ciclista Dylan Groenewegen,
suspenso nove meses por ter provocado a queda grave de Fabio Jakobsen na Volta
à Polónia do ano passado, vai regressar à competição na Volta a Itália,
anunciou hoje a Jumbo-Visma.
“O Dylan é um dos nossos
líderes, mas não tem podido competir devido à sua longa suspensão. Tínhamos
delineado um programa para ele regressar ao pelotão discretamente. No entanto,
devido ao novo coronavírus, a Volta à Noruega foi adiada e ainda é incerto que
as outras corridas onde ele iria participar se mantenham no calendário. Com
esta solução, optámos por uma maior certeza, porque, após nove meses sem
correr, a intenção do Dylan é voltar à competição”, justificou o diretor
desportivo da equipa holandesa, Merijn Zeeman, citado em comunicado.
Assim, Groenewegen, que está
suspenso até 07 de maio, véspera do início do Giro, irá regressar à estrada no
contrarrelógio que marca o arranque da 104.ª edição da ‘corsa rosa’, em Turim.
“Recebi muitas mensagens
calorosas depois do que aconteceu, mas também estou a contar com algumas
reações negativas no meu regresso. É algo que pode acontecer. Falei com o Fabio
antes de ele ir para a Turquia e foi bom ver como ele se deu bem por lá. Também
eu estou desejoso de voltar a correr e estou feliz por poder fazê-lo numa
belíssima corrida como a Volta a Itália”, resumiu o ciclista holandês.
Dylan Groenewegen foi suspenso
por nove meses pela União Ciclista Internacional (UCI) por ter provocado a
violenta queda de Fabio Jakobsen na Volta a Polónia de 2020, com o organismo a
justificar a sua inédita decisão – a mais pesada sanção aplicada a um corredor
sem ser por doping – com a “importância de agir neste tipo de incidentes de um
ponto de vista disciplinar, de forma consistente” e de continuar a trabalhar
para melhorar a segurança na estrada.
O ‘sprinter’ de 27 anos tinha
sido suspenso pela própria equipa logo em 07 de agosto, após ter originado a
violenta queda do compatriota Fabio Jakobsen (Deceuninck-QuickStep), ao
‘atirá-lo’ contra as barreiras num ‘sprint’ a 80 km/hora.
Jakobsen, que perdeu todos os
dentes, à exceção de um, e teve de levar 130 pontos na face, depois de bater
violentamente com a cara nas baias de ferro que ladeavam a chegada, ficou em
estado grave e foi mesmo colocado em coma induzido pelos médicos, ficando
internado durante uma semana na unidade de cuidados intensivo do hospital de
Santa Bárbara, em Sosnowiec (Polónia).
Posteriormente, foi submetido
a várias operações para reconstrução do rosto, tendo-lhe sido retirado um osso
da zona pélvica para ser colocado nos maxilares.
O holandês da
Deceuninck-QuickStep, cujo rosto evidencia os ‘danos’ originados pela queda,
voltou à competição em meados de abril, na Volta a Turquia.
Fonte: Lusa
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