Realizou-se
nos dias 9 e 10 de novembro a primeira edição do Congresso do Triatlo Jovem,
que pretendeu refletir e apresentar um modelo renovado no contexto do quadro
competitivo jovem. O Congresso do Triatlo Jovem iniciou com a apresentação do
novo modelo jovem que foi apoiado do ponto de vista teórico pelos docentes da
Faculdade de Motricidade Humana da Universidade de Lisboa.
No
dia 9 de novembro, a FTP abriu o Congresso do Triatlo Jovem com algumas
alterações ao modelo competitivo jovem.
Como
base para o novo modelo competitivo, podemos refletir sobre as seguintes
questões:
–
Estará o modelo do quadro competitivo nacional em vigor de acordo com o que
praticam as nações com maior índice de desenvolvimento no Triatlo?
–
Estamos a potenciar o desenvolvimento e retenção dos jovens atletas?
–
Estaremos a incluir todos os jovens na prática do Triatlo?
–
Estaremos a evitar o abandono precoce e a potenciar o pico de performance
desportiva para as idades certas no alto rendimento?
Vasco
Rodrigues, presidente da Federação de Triatlo de Portugal, realça a importância
do Triatlo nas camadas jovens: «O Triatlo Jovem é uma questão absolutamente
essencial para o desenvolvimento da modalidade. Cerca de um terço dos atletas
licenciados na FTP têm menos de 16 anos, mas a par da generalidade desportiva
nacional, observamos uma grande taxa de desistência logo após os 16 e até atingir
os escalões seniores».
Foi
por isso importante criar um momento de reflexão sobre o Triatlo Jovem, onde
houve espaço para questionar um quadro competitivo nacional excessivamente
competitivo, um congresso que contou com a colaboração da Faculdade de
Motricidade Humana da Universidade de Lisboa, uma instituição que tem
demonstrado interesse no tema. «Este Congresso Jovem surge no fim de um ano de
profunda alteração no quadro competitivo jovem que, entre outras medidas,
reduziu a competitividade nacional para criar espaço para um quadro competitivo
regional que premiasse mais a participação que a competição, bem como a criação
de um circuito de outono, totalmente virado para a experimentação e para a
cativação de novos atletas.»
Algumas
das diferenças estão a ser já implementadas, segundo Vasco Rodrigues. «Desde a
candidatura dos órgãos sociais que defendíamos um quadro jovem diferente, que
não premiasse apenas os campeões e os mais competitivos!»
Conclusões do I Congresso do Triatlo Jovem
A
realização do Congresso no final deste primeiro ano visou avaliar fazer uma
avaliação profunda do que foi feito e do que falta ainda fazer.
«Para
2019 vamos tentar trazer mais atividades complementares para o calendário
nacional, promover o fair play e o espírito desportivo, estabilizar e cimentar
o quadro regional e o circuito de outono e garantir a realização de um ou dois
estágios anuais para jovens», afirma Vasco Rodrigues.
Como
conclusão, o Presidente da FTP afirma que o Congresso mostrou que o «caminho
que querermos trilhar é o correto, mas que também há um longo caminho a
percorrer».
O
caminho passa por assimilar a informação e reunir toda estrutura, delineando um
plano estratégico para o Triatlo Jovem que passe pela formação de pais,
treinadores e dirigentes. «Aliado à formação, devemos promover um modelo que se
fundamente no espírito desportivo e socialização entre toda a comunidade do
triatlo jovem nacional, de uma mais próxima relação entre a FTP e os seus
agentes desportivos e, provavelmente, de uma redefinição e reintrodução do
Programa de Deteção de Talentos.» conclui o presidente da FTP.
O I
Congresso do Triatlo Jovem foi um primeiro passo no caminho da alteração do
quadro competitivo jovem, que se pretende assente em valores éticos e
desportivos, incluindo a competição saudável que potencie a retenção e do
rendimento dos atletas.
Fonte:
FTP
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