Terminada a etapa que subiu ao Monte Farinha, em Mondim
de Basto, esta terça-feira, 8 de agosto, estão revelados os verdadeiros
candidatos e favoritos à vitória da 79ª Volta a Portugal Santander Totta. O
Camisola Amarela, Raúl Alarcón (W52-FC Porto) deu-se ao luxo de vencer pela
segunda vez nesta Volta e logo numa das etapas decisivas. O espanhol de 31 anos
atacou “à campeão” nos últimos 500 metros e foi conquistando, sozinho e metro a
metro, o triunfo na mítica Srª da Graça mantendo-se, de pedra e cal, no comando
e dilatando a vantagem sobre a concorrência.
"Sempre sonhei com a vitória na Sra. da Graça”
sintetizou o espanhol que viu Amaro Antunes, companheiro de equipa, terminar em
segundo na etapa e com esse resultado chegar ao terceiro lugar da classificação
geral, a 29 segundos de diferença. Rinaldo Nocentini (Sporting-Tavira), segundo
na etapa, ascendeu à vice liderança e ficou a 25 segundos do comandante. “Podem
acontecer tantas coisas… Estou a sentir-me bem, mas temos de ver o que acontece
dia após dia. Estamos nos dez primeiros e vamos tentar manter a Amarela na
equipa”, sublinhou Alarcón que, com o triunfo em Mondim de Basto, também
continua na posse da Camisola Verde Rúbis Gás, símbolo da liderança por pontos
e do Prémio Kia Kombinado que resulta da soma da pontuação nas diversas
classificações - geral individual, montanha e pontos.
Entre os dez primeiros classificados passou a existir
1’38’’ de diferença estando neste lote certamente o homem que vai vestir de
Amarelo em Viseu quando a Volta terminar a 15 de agosto. Entre eles estão
quatro elementos da equipa azul e branca e dois do Sporting-Tavira, Rinaldo
Nocentini e Alejandro Marque mas também Vicente Garcia de Mateos
(Louletano-Hospital de Loulé), João Benta (RP-Boavista) e Sérgio Paulinho
(Efapel).
Com exceção da subida ao ponto mais alto de Mondim de
Basto este foi um dia “morno”. Partiram de Macedo de Cavaleiros 130 homens para
uma etapa que sendo a mais curta era uma das mais complicadas. Só nos últimos
dez quilómetros a W52-FC Porto tomou conta do pelotão impondo um ritmo difícil
de acompanhar pela Efapel que também tentou a sorte no grupo. A dois
quilómetros da meta eao lado do Camisola Amarela, Amaro Antunes anulou a fuga
deitando por terra o esforço de Filipe Cardoso (RP-Boavista) que se aguentou na
frente, ao lado de Beñat Txoperena (Euskadi), durante quase 57 quilómetros. A
persistência de Filipe Cardoso valeu-lhe o Prémio da Combatividade Conselheiros
da Visão. A vitória nos dois primeiros prémios de montanha, Pópulo e Velão,
consolidou a liderança de João Matias (LA Alumínios-Metalusa Blackjack) na
montanha, Camisola Azul Liberty Seguros. O campeão da Letónia, KristsNeiland,
(Israel CyclingAcademy) é o novo dono da Camisola Branca RTP por ser o melhor
jovem em prova.
5ª Etapa – 9 agosto 2017
Boticas – Viana do Castelo (179,6 km) - Hora da Partida –
12h40
O espetáculo das chegadas em alto vai continuar na 79ª
Volta a Portugal Santander Totta. Com a Serra do Barroso como pano de fundo, a
vila de Boticas vai dar sinal de partida à quinta etapa que terminará em Viana
do Castelo. Não fosse a difícil travessia do Gerês, o final em subida no
Santuário de Santa Luzia e um pelotão fatigado mas certamente inconformado,
quase se poderia adivinhar um dia calmo para apreciar os 180 quilómetros de uma
das mais belas etapas da “Volta”.
Volta a Portugal é uma Volta Ecológica
Quando a corrida passar junto ao Parque Nacional da
Peneda–Gerês, depois de Montalegre, a organização vai chamar a atenção da
caravana para a iniciativa Bosque Encantado, um carvalhal que vai confirmar, no
futuro, o compromisso da Volta a Portugal com a sustentabilidade. Com esta
acção a “Portuguesa” poderá ser certificada como a primeira Prova Amiga do
Ambiente. Ainda que a prática do ciclismo seja inofensiva para o ambiente, é
previsível que a caravana da Volta a Portugal deixe uma pegada ecológica de 800
toneladas de CO2.
Fonte: Podium
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