Por: Alexandre Reis
Foto: João Fonseca
O verniz estalou no seio da
RP-Boavista. O combativo Domingos Gonçalves, melhor português da classificação
geral com o 3º lugar (a 12 segundos de Alarcon), entrou na fuga do dia, com
ganas de ganhar a 3ª etapa da Volta a Portugal, mas o tiro saiu-lhe pela culatra
quando foi absorvido pelo pelotão, criticando a falta de ajuda no seio da
equipa orientada por José Santos.
"Houve falta de
solidariedade dos meus colegas, pois andei 80 km na fuga sem qualquer ajuda. O
grupo era grande e sabiam que eu estava bem na geral. Querem chegar frescos à
Senhora da Graça... Vamos ver como corre, naquela que é uma das etapa rainha,
mas vou estar só por mim, a defender a minha posição, ou pelo Rui Sousa [chefe
de fila da RP-Boavista]", disse Domingos Gonçalves inconformado.
O irmão gémeo de José
Gonçalves (Katusha) estava a sacrificar-se: "Ando a dar tudo para vencer,
mas assim torna-se complicado", adiantou Domingos Gonçalves.
Paciência de Santos
Confrontado com as
declarações bombásticas de Domingos Gonçalves, José Santos não se acanhou na
resposta a uma das suas pérolas: "Conheço-o há muito tempo e é preciso
paciência para aturá-lo. Ele entrou na fuga porque quis. Ninguém o mandou para
lá. E se entrou, ninguém teria de o acompanhar", esclareceu o diretor
desportivo da RP-Boavista."
Fonte: Record on-line
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