Texto: José Morais
Fotos: Helena e José Morais
O nome mais comum é “Fátima”
conhecido a nível mundial, a Cova de Iria como é mais conhecida, pelo Altar do
Mundo, foi este domingo 26 de fevereiro evadida por muitas centenas de
ciclistas, oriundos um pouco de todos os pontos do País, para participar neste
ato de Fé, onde os ciclistas mais um ano foram pedir proteção à Virgem Maria na
estrada, para todos os ciclistas do mundo.
Na sua 15ª edição, este ano realizada no domingo
gordo, teve a sua parte melhor, pelas excelentes condições climatéricas, já que
com a ajuda de São Pedro, esta foi uma das poucas edições, onde a chuva não
marcou presença, e o sol aqueceu todos que por lá passaram.
Fátima, bem cedo começou a ser evadida por amantes
das bicicletas, a concentração estava marca para as 10 horas, ciclistas,
familiares, amigos, iam chegando ao parque número 12, o tradicional ponto de
encontro, onde podíamos encontrar ciclistas vestido a rigor, simples
utilizadores de bicicleta com uma roupa formal, e ainda as tradicionais
bicicletas antigas, com todos vestidos a rigor com traje da época, e onde se
reviveram amigos, se confraternizou, e se recordaram bons momentos de outras
Bênçãos, contando ainda como tem sido habitual, com D. Serafim Ferreira e Silva
- Bispo Emérito da Diocese de Leiria/Fátima a dar a boas vindas e
cumprimentando todos os presentes.
Pelas 10.45 era dado início ao tradicional passeio
por D:Serafim, o destino foi Aljustrel, onde no Calvário Húngaro, Capela de S.
Estêvão, em Valinhos, todos se reuniram para pelas 11.30, assistirem à Santa
Missa, seguida da tradicional Bênção dos Ciclistas, que mais um ano foi Presidida
por D. Serafim Ferreira e Silva, Bispo Emérito da Diocese de Leiria/Fátima.
Olhando o evento:
Com a organização da União de Ciclismo de Leiria, e
mais um ano, o apoio da Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de
Bicicleta (FPCUB), a 15ª Bênção do Ciclistas continua a ser um evento muito
querido de muitos, onde acima de tudo, a Fé, continua a mover grandes
multidões, e muitos fazem sem dúvida grandes sacrifícios para estarem
presentes, e faça sol ou chuva, todos os anos tentam marcar presença, com
sacrifício, temos exemplo de participantes de vários pontos do país, muitos se
deslocam de automóvel, para depois fazerem o pequeno passeio, mas muitos são os
que vão de bicicleta até Fátima, e nesta edição, muitos fizeram um grande
sacrifício ao levantarem-se pelas 3 horas da manhã, e pedalarem até ao local da
concentração, são casos inexplicável que nem os próprio conseguem descrever,
apenas confessam que é algo que dentro deles lhes diz, façam que conseguem, e
que de ano para ano, vão marcando presença, algo que apenas temos de respeitar.
E como tem sido habitual, uma das peças mais
importantes deste evento, que desde o seu primeiro dia se realizou, é de D.
Serafim Ferreira e Silva, também ele um amante da bicicleta, do ciclismo, que
esteve mais uma vez presente, e no final da homília e da Bênção, falou á nossa
reportagem fazendo um balanço, e deixando a sua mensagem para todos, ao dizer: “Este
ano a natureza colaborou, e nesta 15ª edição saliento uma ideia que coloquei as
estes ciclistas, que é o facto de andarem em duas rodas, falei do equilíbrio,
mas ao mesmo tempo do equilibrismo, por oposição, a primeira deve-se procurar,
a segunda não, e falei do significado simbólico, das duas rodas que é um plural
de cada um de nós, é um e outro, que de nós, é hoje e ontem, cada um de nós é
passado ou futuro, é este conjunto que não nos deve dar duplicidade, não
devemos ser duplo, mas devemos ser plurais, foi a mensagem aos ciclistas, e
todos que quiserem ouvir-me.
A mensagem que quero dizer a todos não e a
ginástica, não é o atletismo, não é o ciclismo, mas é a vida saudável, é o
movimento, e a deslocação não apenas geográfica, mas uma mobilidade do tempo,
para fora do tempo, devemos ser uns bons atletas, neste sentido de ultrapassar
barreiras.
Hoje terminou a 15ª Bênção, vamos pensar na 16ª
edição, e se o São Pedro me deixar vir, mesmo não sendo de bicicleta, mesmo que
seja via satélite, mas se estiver cá, mesmo vir a pé é bom, desejo boa viaja a
todos, e até 2018”.
Estas as palavras de D. Serafim, mas também Carlos
Vieira, o presidente da União de Ciclismo de Lisboa, falava á nossa reportagem
e dizia: “Este ano foi uma Bênção de ouro, pode dizer como D. Serafim disse, foi
uma Bênção abençoada, o tempo ajudou, embora em período de carnaval, um senão,
mas não se poderia ter outra alternativa, mas felizmente estiveram aqui muitas
centenas e centenas de pessoas, sentiram bem este calor, calor humano, e o dia
de sol com que fomos brindados, próprio para as Bênção.
Agora é tempo de começar a pensar já na próxima
edição, tentando arranjar uma data para a próxima Bênção, já isto não para os
ciclistas necessitam deste momento de Fé, de D. Serafim, de Nossa Senhora, por
isso estaremos aqui para esse cumprimento.
Como mensagem final, será a que vimos anualmente
pedir aqui, e que eu costumo dizer, a todos os ciclistas, a todos que andam na
estrada, sejam ciclistas, cicloturistas, utilizadores de bicicleta, amantes das
bicicletas, é aquilo que viemos pedir aqui, é o amparo nas estradas de Portugal
e todos o mundo, e para todos vocês ciclistas, em nome de Nossa Senhora, os que
estiveram aqui, e para os que não estiveram, estivemos a rezar por todos, e que
todos cheguem bem aos seus destinos”.
Palavras de Fé, palavras de conforto, palavras de
humildade, gente com muita Fé, independentemente do seu estado social,
estiveram este domingo em Fátima, todos foram peregrinos, e todos tiveram como
objetivo, uma coisa em comum, o estado de espirito, algo em que acreditam,
mesmo não sabendo explicar o porque, na Cova de Iria continua a haver muita Fé,
que mesmo não sendo católico, toca no coração de todos os que por lá passam,
sentindo o tal algo inexplicável.
Ficam os votos de bons passeios, boas pedaladas, com
a promessa de marcarmos novamente em 2018, para a 16ª edição da “Peregrinação
e Bênção Nacional dos Ciclistas”.
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