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Aos
27 anos e depois de oito épocas como profissional, Nelson Oliveira (Movistar) estreou-se,
finalmente, na Volta ao Alentejo em bicicleta e na quinta e última etapa da
35.ª edição, espera levar Carlos Barbero à vitória.
O
tricampeão nacional de contrarrelógio lança uma gargalhada quando confrontado
com a sua estreia ‘fora de horas’ na ‘Alentejana’: “Foi a minha vida
profissional que foi construída dessa forma. Fui para fora muito cedo, com
pouca idade – tinha 20 anos, salvo erro, quando passei a profissional [na
Xacobeo Galicia] -, e não tive oportunidade de correr anteriormente a Volta ao
Alentejo. Passados oito anos como profissional, cá estou”.
Para
Nelson Oliveira, mais vale tarde do que nunca e a estreia não podia estar a
correr melhor.
“Há
corridas melhores e piores, mas esta está a ser bastante boa, apesar de ter
alguns percalços durante o percurso, como as chegadas um bocadinho perigosas.
Está a correr bem. Agora, vamos ver se conseguimos levar o líder até ao final.
Vamos tentar, pelo menos”, disse à Agência Lusa, referindo-se ao seu colega, o
espanhol Carlos Barbero, que hoje se pode tornar no primeiro ciclista a vencer
duas edições da ‘Alentejana’.
Para
segurar a amarela ao corpo de Barbero, a Movistar tem trabalhado e muito na
frente da corrida, mas o ciclista da Vilarinho do Bairro (Anadia) defende que
as médias elevadas não são da responsabilidade da única equipa do WorldTour
presente na prova portuguesa.
“O
que se passa é que estão aqui muitos jovens e eles têm uma motivação extra. São
novos e querem demonstrar o seu valor e fazem uma corrida mais ao seu jeito,
como faziam em juniores e cadetes. Lembro-me bem dessas corridas e de como eu
era. Por isso, é que temos andado bastante rápido. As bonificações também
ajudam a isso. A verdade é que esta corrida está a ser bastante rápida, o que a
torna muito dura”, explicou.
Hoje,
e depois de oito épocas como profissional, Nelson Oliveira olha para os
‘miúdos’ do pelotão e analisa-os quase como um ‘veterano’.
“A
maior parte deles tem 20, 22 anos, são as primeiras corridas com profissionais.
Ficam um bocadinho nervosos, o que é normal. Por isso é que, por vezes, há
quedas. Começo a olhar para as idades e a ver que começo a ficar velho”,
brincou o sétimo classificado do contrarrelógio do Rio2016.
Fonte:
SAPO Desporto c/Lusa
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