Está definida uma das mais
importantes e decisivas etapas da 78ª Volta a Portugal Santander Totta que vai
estar na estrada entre 27 de julho e 7 de agosto. Território de emocionantes
discussões pelo título de “Rei da Volta” e “Rei dos Trepadores”, a Serra da
Estrela será o cenário privilegiado da 6ª etapa que, partindo de Belmonte, a 3
de agosto, vai levar o pelotão a passar duas vezes pelo topo do território
continental antes de chegar à Guarda, após 175 quilómetros.
A cidade mais alta de Portugal
já recebeu o pelotão da Volta em 53 ocasiões, e muitas vezes em momentos
decisivos como vai ser este ano, o que deixa o presidente do município, Álvaro
Amaro, particularmente satisfeito.
“Sou um fervoroso adepto da
modalidade e a Volta a Portugal é uma grande montra do nosso país pela energia
que ela arrasta. Este ano estamos muito orgulhosos pelo papel fundamental que a
Guarda vai desempenhar enquanto cidade de chegada da Etapa Rainha da Volta a
Portugal.” Com longo historial na prova, a Guarda foi uma das 19 localidades
visitadas, em 1927, na 1ª edição da Volta a Portugal.
As dificuldades de montanha
serão omnipresentes ao longo dos quase 175 quilómetros desenhados para o
percurso de 3 de agosto. Conhecedor do território, o presidente da Câmara
Municipal de Belmonte, António Rocha, destaca o contributo das características
naturais da região no desenrolar da prova. “A aptidão física dos atletas, a
destreza com as bicicletas, a capacidade de enfrentar o calor ou o frio, as
longas distâncias e o íngreme das montanhas são fatores que tornam a Volta a
Portugal num espectáculo cativante para os públicos de todas as idades.”
Além da partida de Belmonte e
da chegada à Guarda, após o dia de descanso, há outros pontos relevantes na 6ª
etapa que Joaquim Gomes, diretor da competição, descreve como uma das mais
duras tiradas dos últimos anos. “É um elevadíssimo grau de exigência, que
naturalmente lhe atribui o estatuto de etapa rainha. Belmonte verá partir a
caravana para o desafio de enfrentar a Torre por duas vezes, com o Vale
Glaciar, Manteigas e a Albufeira do Caldeirão a prolongar a batalha até à mais
alta cidade de Portugal, a Guarda.”
A passagem pela Covilhã e a
subida às Penhas da Saúde e à Torre, esta última caracterizada, como sempre,
por uma contagem de Categoria Especial, são pontos a reter. Para compensar o
esforço da subida, os corredores descem depois à Lagoa Comprida seguindo por
Seia, de onde voltam a escalar a serra pelo Sabugueiro até passar novamente na
Torre onde haverá uma segunda contagem de Montanha Especial. Sem tempo para
recuperar energia, o trajeto segue depois na direção de Piornos e Manteigas,
passando pela Albufeira da Barragem do Caldeirão antes de terminar na Guarda.
Delmino Pereira, presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo, relembra que
“uma etapa que passe pelo ponto mais alto de Portugal continental tem de ser
difícil! A região da Serra da Estrela tem dos percursos mais duros, no país,
para o ciclismo. Não tenho dúvidas que as particularidades serranas vão criar
muitas dificuldades e marcar decisivamente a edição 2016 da Volta.”
Pedro Machado, presidente do
Turismo do Centro, afirma que a jornada decisiva no coração na região centro
vai atrair novos visitantes, reforçando o trabalho já desenvolvido. “Esta
região é, cada vez mais, um destino turístico patrimonial, cultural e
gastronómico, vocacionado para os grandes eventos desportivos. Por esta razão,
a Volta é uma oportunidade exemplar de divulgação do centro de Portugal junto
de novos públicos, motivados pela paixão que têm pelo ciclismo.”
A 6ª etapa da 78ª Volta a
Portugal Santander Totta realiza-se a 3 de agosto, quarta-feira, marcando a
segunda fase da competição. Terá cerca de 175 quilómetros percorridos entre
Belmonte e Guarda, com duas contagens de Prémio de Montanha de Categoria
Especial assinaladas na Torre.
Fonte: Podium
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