Depois de ter vencido em 2023, o campeão do mundo voltou a impor-se na clássica belga
Por: Lusa
Foto: AFP or licensors
O ciclista esloveno Tadej
Pogacar (UAE Emirates) atacou várias vezes até acabar com a concorrência para
ganhar hoje, pela segunda vez, a Volta a Flandres e vencer o seu oitavo
‘Monumento’.
Depois de ter vencido em 2023, o campeão do mundo voltou a impor-se na clássica belga, concluindo os 269 quilómetros, entre Bruges e Oudenaarde, em 5:58.41 horas, menos 1.01 minutos do que o dinamarquês Mads Pedersen (Lidl-Trek) e do que o neerlandês Mathieu van der Poel (Alpecin-Deceuninck), segundo e terceiro, respetivamente.
“O objetivo era vencer, mas no
fim é difícil perceber. Não posso estar mais orgulhoso da equipa e como
corremos hoje, mesmo com algum azar. Mas no fim tudo correu bem. Estou muito
feliz por ganhar esta corrida com esta camisola [de campeão do mundo]”, assumiu.
Para Pogacar, de 26 anos, este foi o oitavo ‘Monumento’ do seu palmarés, somando a segunda Volta a Flandres às quatro Voltas a Lombardia e às duas Liège-Bastogne-Liège, faltando-lhe apenas a Milão-Sanremo e o Paris-Roubaix, na qual se vai estrear na próxima semana.
Entre os nomes que eram
referidos como possíveis vencedores da Volta a Flandres, o italiano Filippo
Ganna (INEOS) foi o primeiro a mexer na corrida, com um ataque já dentro dos
100 quilómetros finais, levando consigo, entre outros, o compatriota Matteo Trentin
(Tudor).
Ganna e Trentin juntaram-se ao
grupo de fugitivos, com Pogacar a fazer o seu primeiro ataque na primeira
passagem pelo Oude Kwaremont, a pouco mais de 55 quilómetros da meta, levando
consigo Van der Poel, o norte-americano Matteo Jorgenson (Visma-Lease a bike) e
Pedersen.
Seguiu-se um ataque de Van der
Poel, com os dois últimos campeões do mundo a prometerem novo duelo, como tinha
acontecido na Milão-Sanremo, então ganha pelo neerlandês.
A cada ataque de ‘Pogi’ apenas
Van der Poel parecia ter capacidade para responder de imediato, mesmo que
Pedersen ou os belgas Wout van Aert (Visma-Lease a Bike) e Jasper Stuyven
(Lidl-Trek) fossem conseguindo sempre reentrar.
Vindo da enorme desilusão na
Através da Flandres, quando juntamente com dois companheiros de equipa permitiu
a vitória ao norte-americano Neilson Powless (EF Education-EasyPost), Van Aert
ainda tentou um ataque, que antecedeu a ‘estocada’ final de Pogacar.
A 18 quilómetros do final, na
terceira passagem por Oude Kwaremont, a penúltima dificuldade da corrida, o
campeão mundial fez o ataque decisivo, ao qual ainda tentou responder Van der
Poel durante alguns metros, antes de se render ao poderio do esloveno e se
contentar pela luta pelo pódio.
Mesmo contra quatro
perseguidores, que pareceram contentar-se com a luta pelos lugares do pódio,
Pogacar, que no último ano se sagrou campeão do mundo e venceu ainda a Volta a
França e a Volta a Itália, pedalou sozinho até ao triunfo final em Oudenaarde,
aumentando ainda mais o seu estatuto de melhor ciclista da atualidade.
Na luta pelo pódio, Mads
Pedersen, campeão do mundo em 2019, impôs-se a Van der Poel, que foi afetado
por uma queda no início da corrida, com Van Aert a ficar na quarta posição, tal
como tinha acontecido em 2023, na sua última participação na Volta a Flandres.
Com Var del Poel a triunfar na
Milão-Sanremo e Pogacar na Volta a Flandres, os dois ciclistas vão voltar a
encontrar-se no próximo domingo, na Paris-Roubaix, em novo ‘Monumento’, que, em
teoria, se adapta melhor às características do neerlandês, que venceu nos dois
últimos anos.
“É uma corrida completamente
diferente, mas aceitei o desafio. Este percurso assenta-me melhor, Roubaix
também é uma corrida diferente, mas vou dar o meu melhor”, disse Pogacar, sobre
o ‘Inferno do Norte’.
Depois de ter sido importante
no plano de corrida da UAE Emirates, sendo o nome salientado por Pogacar, o
português António Morgado terminou a Volta a Flandres na 90.ª posição, a 9.40
minutos do colega de equipa, depois do surpreendente quinto lugar em 2024.
Fonte: Sapo on-line
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