sábado, 4 de janeiro de 2025

“Biniam Girmay é coroado Ciclista Africano do Ano depois de ter feito história em 2024”


Por: Carlos Silva

Em parceria com: https://ciclismoatual.com/

Biniam Girmay foi coroado Ciclista Africano do Ano 2024, encerrando uma época notável que deixou uma marca incrível no ciclismo. As conquistas da estrela da Eritreia ao longo do ano não só demonstraram o seu talento, como também inspiraram uma nova geração de ciclistas em todo o mundo.

A época histórica de Girmay incluiu a conquista da camisola verde na Volta a França, onde também obteve três vitórias em etapas. Para além disso, obteve cinco vitórias e subiu ao pódio 16 vezes noutras corridas, conquistando o título de actual melhor velocista do planeta.

Girmay tornou-se o primeiro ciclista africano a ganhar uma classificação final na Volta a França, ao vencer a classificação por pontos. Esperamos que a sua rivalidade com Jasper Philipsen esteja apenas na fase inicial e que a Volta a França do próximo ano seja mais do mesmo.

Terminando o ano em nono lugar no Ranking Mundial da UCI, Girmay solidificou o seu lugar entre a elite da modalidade, com as suas vitórias a continuarem a elevar o ciclismo africano para novos patamares.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/biniam-girmay-e-coroado-ciclista-africano-do-ano-depois-de-ter-feito-historia-em-2024

“A razão que causou a tragédia do Tour da Áustria de 2024 foi encontrada”


André Drege ia entrar no Jayco Alula este ano, mas uma queda causou sua morte, e encontram o motivo que causou a tragédia do Tour da Áustria 2024

 

A 6 de julho de 2024, o mundo do ciclismo entrou em luto, o ciclista norueguês André Drege, de 25 anos da equipa continental Coop-Repsol, tinha sofrido um acidente fatal na quarta e penúltima etapa da Volta à Áustria, competição que se realiza em simultâneo com a Volta a França e que no ano passado contou com a participação de equipas de topo como a Ineos, Alpecin, Emirados Árabes Unidos ou Jayco. Jayco, precisamente, seria a equipa do qual André Drege faria parte em 2025 se aquele trágico acidente não tivesse acontecido. Tudo já estava assinado, em 2024 André Drege teve 7 vitórias, o mesmo que ciclistas como Jonas Vingegaard e logo atrás de Tadej Pogacar, Tim Merlier e Mads Pedersen, claro, em provas de nível inferior.

Naquele dia, André Drege estava em fuga, até que as câmaras o deixaram de mostrá-lo quando ele perdeu contato com o grupo líder, e nunca mais seria visto, pouco depois do final da prova, ele caiu ao descer na passagem antes da subida final de Großglockner, e foi encontrado inconsciente e conseguiram que voltasse a ficar consciente, tarefa que continuou no helicóptero de assistência, porem, nada pode ser já feito, morreu devido aos ferimentos graves.

Jaka Primozic, um ciclista esloveno de 25 anos de Hrinkow e companheiro de equipa de Tadej Pogacar no último campeonato mundial em Zurique, acompanhou-o na fuga e viu de tudo, sendo a testemunha-chave. "Eu e o André estávamos a rolar a uma velocidade muito elevada, também estava muito vento, e ele caiu sem motivo aparente, eu não o vi de perto, também porque tudo aconteceu muito rápido, foi um acidente realmente terrível, imediatamente pedi ajuda e relatei o acidente à polícia, fiquei arrasado", disse Primozic.

 

As razões da morte

 

Meses depois o acidente, o Ministério Público de Klagenfurt concluiu a sua investigação e a hipótese principal foi confirmada, André Drege sofreu a queda devido a danos na roda traseira de sua bicicleta, foi "danificada pelo impacto com um objeto rijo na estrada, provavelmente pouco antes da curva onde ocorreu a queda", explica o especialista nomeado pelo Ministério Público, Thomas Burger, segundo a mídia austríaca Die Presse.

"Primozic viu que o pneu traseiro da bicicleta de André Drege não estava bem, e isso causou-lhe problemas, tudo aconteceu em questão de segundos", explicou o polícia Andreas Lindner, da delegacia de polícia de Heiligenblut, Áustria, na época, "mais tarde, o pneu traseiro soltou-se, do que supostamente causou a sua morte subsequente, após ter caído da sua bicicleta enquanto eles estavam descendo a mais de 80 quilómetros por hora", disse.

As conclusões do Ministério Público fecharam a investigação, interrompendo a investigação sobre "pessoas desconhecidas".

“Wout Van Aert volta a vencer quatro meses depois da sua grave queda na Volta a Espanha”


O ciclista da equipa da Visma-Lease a Bike acumulou sua primeira vitória no campeonato de ciclocrosse no Superprestige em Gullegem

 

Com sua comemoração de marca registada, a dos braços em forma de avião, e um sorriso que o denunciou, o ciclista Wout Van Aert venceu novamente, depois de viver, mais uma vez, um filme repetido de infortúnios, a de cair, realmente se magoou muito, e sofreu... até que ganhou novamente, o ciclista belga, quatro meses após o seu grave acidente na Volta a Espanha, deu um suspiro de alívio depois de retornar ao seu habitat natural, a vitória da prova.

O ciclista Wout Van Aert viveu um ano de 2024 muito mau, caiu antes da temporada das clássicas, e viu isso cortado pela raiz, quando ele voou na Volta a Espanha, depois de adicionar três etapas, tudo deu errado no caminho para os Lagos de Covadonga, ele tinha conquistado a camisola verde e procurava a camisola da montanha na fuga, mas descendo a perigosa Collada Llomena, acabou batendo junto com Engelhardt e Del Toro, tendo a pior sorte, pois colidiu diretamente com as rochas laterais.

Ele viveu a sua recuperação, e inscreveu-se para uma época diferente no ciclocrosse, para rolar e não ganhar, sem o Campeonato do Mundo, e no Superprestigio de Gullegem, ele surgiu, Mathieu Van der Poel estava desaparecido, ainda ferido, com Wout Van Aert a dominar na lama, sem ter nenhuma exibição por causa da memória, mas fazendo seu motor valer a pena.

A prova foi muito seletiva e volta a volta foi selecionado um grupo no qual Wout Van Aert acabou por desgastar o campeão belga Eli Iserbyt, não houve muita 'batalha dos belgas', pois o rolo compressor da equipa da Visma tinha uma vantagem, com Vanthourenhout a fechar o pódio, e Niels Vandeputte a ser quinto na linha de chegada.

"Eu fui fundo, nas duas últimas voltas, tentei tirar o fôlego de Iserbyt, foi difícil deixá-lo num circuito com tantas curvas, mas foi uma surpresa para mim poder desistir", disse Wout Van Aert após a sua vitória.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

“João Almeida sobre o Tour, a relação com Ayuso e o regresso a Portugal: "Mostrei o que valho e o tipo de pessoa que sou"


Por: Carlos Silva

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A UAE Team Emirates - XRG esteve a estagiar no mês de dezembro no sul de Espanha, na bem conhecida cidade de Benidorm. As conversas e entrevistas com os ciclistas multiplicaram-se ao longo dos dias, pois todos estavam ávidos de poderem recolher as primeiras impressões para 2025 das estrelas da equipa e ouvirem as palavras do balanço do ano de 2024.

João Almeida está a entrar na sua 4ª temporada com as cores da equipa dos Emirados Árabes Unidos e falou sobre a sua estreia na Volta a França no verão passado, começando por falar da sua preparação para a corrida de três semanas na Volta à Suíça, onde venceu duas etapas e terminou em 2º lugar da geral.

"Na Suíça tive o meu pico de forma. Na Volta à Suíça apanhei um resfriado, não só eu como outros atletas, e na semana seguinte não pude treinar muito para recuperar a 100% para o Tour. Tive ali uma semana que treinei muito pouco e notei essa falta de treino depois no Tour. Não comecei o Tour com as minhas melhores pernas, mas sinceramente fui de menos a mais no Tour e a última semana foi a semana que me senti melhor."


De facto, a primeira semana da corrida o jovem das Caldas da Rainha não esteve muito exuberante na primeira semana, exceptuando a etapa do Col du Galibier. "A primeira semana do Tour foi a que me senti pior, os primeiros dias foram muito maus. Tive lá um dia que me senti muito bem que foi o do Galibier, mas sem ser esse dia foi a semana mais difícil para mim, mas depois da primeira semana senti-me melhor e acho que terminei bastante bem", disse em conversa com o Top Cycling.

Almeida não tem dúvidas em afirmar "O Tour é o Tour. É totalmente diferente. Já fiz 4 Voltas a Itália, 3 Voltas a Espanha, mas de facto o Tour é outra corrida, não só pelo mediatismo. É uma corrida de verão, o ritmo é outro, toda a gente está no pico de forma. Há sempre qualquer tipo de interesse em qualquer etapa, nem que seja uma meta volante há sempre uma equipa que vai tirar por aquela meta volante e é uma corrida que a 80 quilómetros da meta já estamos a fazer comboios para estarmos bem posicionados. Se eu tiver de vir buscar água, só se disser "service" porque tenho bidons para entregar aos meus colegas, senão acho que ninguém passa para a frente. É uma luta pela colocação incrível."

"Fazer parte da equipa do Campeão o nível de respeito é sempre superior, o que facilita as coisas ás vezes" diz João, relativamente a ter estado ao lado de Tadej Pogacar na sua reconquista da Volta a França, onde terminaria em 4º lugar na Classificação Geral, tendo subido ao pódio em Nice não só porque a UAE Team Emirates ganhou a prova coletivamente, mas porque João Almeida foi considerado pela organização da corrida o "melhor domestique" do Tour de 2024 "Mostrei o que valho e o tipo de pessoa que sou, que acho que é importante."

Sobre o momento polémico com Juan Ayuso no Col du Galibier, que fez correr muita tinta, João esclarece. "Para acabar um bocadinho com a polémica, sempre estiveram bem. Nós damo-nos bem, não temos nada um contra o outro. Às vezes há situações de corrida que não correm a 100% como desejamos, mas depois é uma coisa que é falada, é discutida, acabou ali e pronto. Todos cometemos erros, tanto de um lado como do outro, acontece. O mais importante é aprender com o A UAE tem muitos nomes sonantes e por vezes isso torna-se difícil de gerir, pois os egos são muitos e as ambições de todos os ciclistas são as mesmas. "Esse trabalho é para os directores desportivos e para o Matxin, que é o director geral, mas certamente que não é fácil de gerir tudo isso, arranjar oportunidades para todos os corredores, toda a gente estar minimamente satisfeita. Numa equipa como a nossa que tem bastantes atletas talentosos e ele tem gerido bem as coisas. Às vezes as pessoas têm que engolir o seu próprio ego em certas situações, mas depois cabe a cada um tomar as decisões que acham as mais corretas".

Às vezes temos que engolir uns sapos... "Exactamente, faz parte da vida, por assim dizer, acho que nos ajuda a crescer e mais vale um pássaro na mão que dois a voar". O sucesso da equipa em 2024 foi estrondoso, com muitas vitórias conquistadas por 20 ciclistas diferentes, uma fórmula que será difícil de repetir ou mesmo melhorar "Sim, melhor é um bocado difícil. Muito do sucesso que tivemos e dessa quase perfeição deve-se ao Tadej, que é um corredor surreal. A maioria dos sucessos que tivemos foi ele que fez. Claro que sem a equipa ele não o conseguia fazer sozinho, obviamente."

Este ano João Almeida vai deixar as Clássicas das Ardenas de fora do seu calendário, mas deixou o seu desejo de voltar à Amstel Gold Race e à Liege - Bastogne - Liege, contudo não quer repetir a La Fléche Wallogne. Vai correr pela primeira vez na Volta à Comunidade Valenciana e na Volta à Romandia " Vai ser a primeira vez que as vou fazer e estou entusiasmado. Corridas diferentes, novas", para as quais se sente motivado "São subidas diferentes, dinâmicas diferentes e mesmo os atletas contra quem vou competir. São disputadas noutra altura da temporada, que também muda bastante"

João vai regressar a Portugal já no próximo mês de fevereiro, depois de no ano passado ter faltado à Figueira Champions Classic e à Volta ao Algarve por doença "Sim, já não faço o Algarve há algum tempo e quero voltar à corrida e dar o meu melhor e tentar sacar uma vitória para os portugueses, acho que seria bastante bom." sem erros."

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/joao-almeida-sobre-o-tour-a-relacao-com-ayuso-e-o-regresso-a-portugal-mostrei-o-que-valho-e-o-tipo-de-pessoa-que-sou

“Uma marca indelével: 10 anos de Nelson Oliveira na Movistar”


Por: Carlos Silva

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Nelson Oliveira é imagem de marca da equipa espanhola Movistar Team. É o mais velho da equipa comandada por Eusebio Unzué e está como o Vinho do Porto. “Os anos vão passando e os números vão aumentando”, diz numa entrevista ao Top Cycling.

“Noto a passagem do tempo pelos companheiros; vão uns e vêm outros. Chegamos à mesa e desde que comecei só há dois ou três que estão aqui. O tempo vai passando e vamos notando. Aqui já me tratam como uma família, estão contentes comigo. Para já vejo-me a correr porque estou bem fisicamente, sinto-me com vontade de treinar, tenho a responsabilidade de treinar todos os dias. Provavelmente mais do que tinha quando era mais jovem. A idade é outra, a responsabilidade é outra, se calhar o medo de falhar também é outro. Tento dar tudo nos treinos para que esse medo não se torne uma realidade.”

A equipa espanhola renovou o seu contrato com o seu principal patrocinador até 2029, mas a força financeira já não é a mesma de outros tempos, para fazer frente a equipas milionárias como a UAE Team Emirates - XRG, Team Visma | Lease a Bike ou a mais recente Red Bull- BORA hansgrohe. “O ciclismo evoluiu muito, a maneira de correr e de treinar também. Há sempre aspetos que temos que melhorar. Há uns anos não comíamos o que comemos agora, ou seja, havia uma filosofia diferente do que era a nutrição em corrida, nos treinos. A nível nutricional evoluímos, há mais energia no corpo e isso reflete-se nos números. Nos últimos quatro anos os meus números não foram piorando, tenho-me mantido, tem a ver com trabalho, alimentação e disciplina.”

Nelson Oliveira tem um início de temporada que passará por Portugal, pela Figueira Champions Classic, mas mais à frente irá juntar-se a Enric Mas, o líder da equipa que tem como principal objectivo o Tour, onde falhou em 2024. “Provavelmente irá preparar o Tour de forma diferente. O stress que se vive no Tour é diferente do que se vive na Vuelta. O mediatismo é diferente, provavelmente pode-o afetar ou não, não sei dizer. Tem mantido o rendimento, tem margem de melhora e poderá evoluir em alguns aspetos porque no ciclismo melhorar um por cento já é muito. No Tour já se sabe, entre Tadej Pogacar e Jonas Vingegaard vai haver fogo de artifício por todo o lado, quando estão os dois é para ver quem faz 3.º mais ou menos.”

Falou em Pogacar e em Vingegaard, que têm gladiado entre eles o trono da Volta a França nos ultimos anos, pelo que será impreterível a questão. O que é que eles têm, que está a faltar aos rivais para tentar igualá-los. “É o método de treino, a fisionomia, o ADN. São melhores do que os outros em muitas coisas, mas não em tudo. Pões o Vingegaard a fazer um contrarrelógio de um dia e não o faz tão bem como numa grande Volta. O Pogacar também não vai ganhar um contrarrelógio no Mundial… até ver. Ao lado do Ganna ou do Remco é favorito, mas não como no Tour.”

 

Nelson vai para a 10ª temporada ao serviço da Movistar, como referido, mas tem números que por vezes passam ao lado dos menos atentos. Já participou em 21 Grandes Voltas na sua carreira e é o ciclista no activo que está há mais tempo sem abandonar uma corrida: 208. Afinal qual é o segredo, qual é a receita para tal registo. “Não há receita. É não ter azares, saber o que estamos a fazer e seguir para a frente sem pensar em muita coisa. Não tenho tido azares ao ponto de abandonar.”

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/uma-marca-indelevel-10-anos-de-nelson-oliveira-na-movistar

quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

“Para a história o ano de 2024 foi o mais rápido do ciclismo”


Velocidade média durante toda a época foi de 42,229 quilómetros hora, superando o recorde anterior de 41,807 quilómetros hora registado no ano de 2023

 

Fotos: ASO

A época de 2024 do ciclismo terminou como a mais rápida de todos os tempos, segundo dados reunidos e analisados pelo site de estatísticas ProCyclingStats (PCS), o ano de 2024 entrou para a história com uma velocidade média em todas as provas do World Tour de 42,229 quilómetros hora, e superou o recorde anterior de 41,807 quilómetros hora de 2023.

A métrica iniciou-se no Tour Down Under, na Austrália, até o Tour de Guangxi, na China, última competição World Tour de 2024, os números mostraram um aumento impressionante quando comparado aos anos anteriores, entre 2001 e 2020, as velocidades variavam entre 39,6 e 40,7 quilómetros hora, a partir de 2021 a média superou 41,5 e foi aumentando até ao recorde de 2024.


Nesta época, Van der Poel fez história na clássica Paris-Roubaix, que venceu pelo segundo ano seguido, 2024 foi a edição mais rápida de todos os tempos da terceira Monumento do calendário, que, na sua 121ª edição, teve 259,9 quilómetros de percurso e 29 trechos de paralelepípedos, os setores, totalizando 55,7 quilómetros, Van der Poel terminou com o tempo de 5h25min58s, com recorde de velocidade média de 47,8 quilómetros hora.

Já Tadej Pogacar da equipa da UAE Team Emirates, venceu o seu primeiro título no Campeonato Mundial, após um ataque sozinho com uma média de 42,2 quilómetros hora.

 

A evolução ao longo dos anos

Ano – Velocidade Média quilómetros hora

 

2001 – 40,018 quilómetros hora

2002 – 39,786 quilómetros hora

2003 – 40,335 quilómetros hora

2004 – 39,622 quilómetros hora

2005 – 40,481 quilómetros hora

2006 – 40,682 quilómetros hora

2007 – 39,757 quilómetros hora

2008 – 40,166 quilómetros hora

2009 – 40,158 quilómetros hora

2010 – 39,928 quilómetros hora

2011 – 40,112 quilómetros hora

2012 – 39,721 quilómetros hora

2013 – 39,981 quilómetros hora

2014 – 40,112 quilómetros hora

2015 – 40,145 quilómetros hora

2016 – 40,113 quilómetros hora

2017 – 40,761 quilómetros hora

2018 – 40,585 quilómetros hora

2019 – 40,660 quilómetros hora

2020 – 40,437 quilómetros hora

2021 – 41,564 quilómetros hora

2022 – 41,286 quilómetros hora

2023 – 41,807 quilómetros hora

2024 – 42,229 quilómetros hora

“Mathieu van der Poel não apresenta melhorias e vai falhar Koksijde amanhã: "Isto é realmente decepcionante, porque é uma das minhas corridas preferidas"


Por: Carlos Silva

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O inverno de Mathieu van der Poel no ciclocrosse está bastante conturbado nos últimos dias. Depois de regressar à modalidade com o seu estilo tipicamente dominador no mês passado, o campeão do mundo vai agora falhar mais uma corrida devido a lesão.

"Os problemas nas costelas do Mathieu van der Poel persistem, causando-lhe um desconforto significativo, particularmente em terrenos mais pesados. Como resultado, ele não participará no Troféu X2O de amanhã que se disputa em Koksijde", anunciou a Alpecin-Deceuninck nas suas redes sociais, não descartando por completo que MvdP possa faltar a outras corridas. "Em relação à sua participação na Taça do Mundo de Dendermonde (domingo), o Mathieu e a equipa tomarão uma decisão no próximo sábado."

"Isto é realmente decepcionante, porque Koksijde é uma das minhas corridas preferidas", acrescentou Mathieu Van der Poel. "Foi onde ganhei o meu primeiro título mundial, por exemplo. Mas é demasiado cedo. Espero estar pronto para Dendermonde, embora receie que seja uma prova renhida", concluiu o Campeão do Mundo.

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“Segundo Matxin, António Morgado poderá estrear-se numa Grande Volta em 2025: "A confiança que temos nele é infinita"


Por: Carlos Silva

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António Morgado é um dos ciclistas mais interessantes a evoluir no ciclismo profissional. Na UAE Team Emirates as oportunidades são muito elevadas e o apoio de classe mundial. Apesar de inicialmente não gostar delas, revelou-se um talento natural para as clássicas empedradas e, ao contrário do que tinha sido noticiado anteriormente, poderá mesmo fazer a sua estreia numa Grande Volta já em 2025.

"Entretanto comecei a gostar um pouco mais das clássicas belgas. Descobri no ano passado que prefiro corridas grandes e longas, como Gent-Wevelgem e a Volta à Flandres", disse Morgado ao Sporza.

Fez a sua estreia na Paris-Roubaix, numa época em que se concentrou nas corridas de um dia e conseguiu três vitórias naquele que foi o seu ano neo-profissional. "Essa corrida também me agrada. Mas este ano tive alguns problemas com a minha bicicleta no 'Inferno do norte', daí o meu 86º lugar."

Joxean Matxín, treinador da equipa, falou de um dos seus maiores talentos com a imprensa belga sobre os seus próximos passos: "O Morgado é impressionantemente versátil. Pode ganhar um contrarrelógio, sprintar e competir com os melhores em subidas íngremes, como fez na Volta ao Algarve. Em 2025, Morgado tem simplesmente de ter um desempenho mais consistente e dar um novo passo no seu desenvolvimento. Ele poderá dar esse passo ao correr uma Grande Volta pela primeira vez."

Esta declaração não confirma que o o nosso bigode voador possa participar numa corrida de três semanas este ano, no entanto o Sporza noticiou que fará a sua estraia numa Grande Volta na Volta a Espanha. Há duas semanas, Morgado disse ao CiclismoAtual que isso seria improvável em 2025: "Acho que ainda não estou pronto para fazer uma Grande Volta, tenho de me preparar melhor e fazer corridas de uma semana. Quando for para uma Grande Volta quero estar preparado, quero ser bom, não quero ficar para trás todos os dias".

Matxin acredita, acima de tudo, que a chave para desbloquear o potencial do "bigode voador" está na sua cabeça. "O Morgado tem de acreditar ainda mais em si próprio. A confiança que temos nele é infinita. Consideramo-lo um dos ciclistas mais importantes da nossa equipa para o futuro", concluiu.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/segundo-matxin-antonio-morgado-podera-estrear-se-numa-grande-volta-em-2025-a-confianca-que-temos-nele-e-infinita

“Soudal Quick-Step continua a pedalar na “Figueira Champions / Casino Figueira”


Mais uma World Team na 3.ª edição da “Figueira Champions / Casino Figueira” e que vai marcar presença pela 3.ª vez

 

Por: Marta Varandas

Fotos: Getty Sport

O pelotão da terceira edição da “Figueira Champions / Casino Figueira” está cada vez mais composto, agora com a confirmação da World Team Soudal Quick-Step, que também vai estar presente no dia 16 de fevereiro na Figueira da Foz. Será a terceira vez que a formação belga corre a clássica figueirense que integra o circuito UCI Pro Series, sendo a vencedora das duas anteriores edições, esta última com o bicampeão olímpico Remco Evenepoel, que começou a sua época de 2024 precisamente na Figueira da Foz, onde deu um grande espetáculo.

Com o carismático Patrick Lefevere como Team Manager, a Soudal Quick-Step tem uma longa herança no ciclismo. Teve mais um ano estrelar em 2024 e é por isso que continua a ser uma das melhores formações do mundo, mantendo o terceiro lugar no ranking UCI de 2024. Venceu 34 corridas ao longo do ano – “Figueira Champions / Casino Figueira” foi uma delas – e impressionou nas grandes voltas do verão.

Para 2025 a Soudal Quick-Step vai continuar a ter “o prodígio”, Remco Evenepoel, como líder, contando também com o campeão britânico Ethan Hayter, que unirá forças com o corredor belga. Ilan Van Wilder e Maximilian Schachmann são mais dois nomes que vão integrar a formação belga este ano.


A Soudal Quick-Step tem dominado a “Figueira Champions / Casino Figueira”. Após conquistar a edição de estreia, por intermédio de Casper Pedersen, esta World Team voltou a destacar-se em 2024, com a vitória de Remco Evenepoel, que fez a estreia da sua época na clássica da Figueira da Foz. Deu um grande espetáculo, ao triunfar em solitário na Avenida 25 de Abril, junto à Torre do Relógio. No entanto, para a edição deste ano já se sabe que o corredor belga não estará presente. Remco Evenepoel só deverá regressar à competição em meados de abril, quando prevê ter recuperado do acidente na estrada que sofreu durante um treino no início de dezembro e de cujas lesões graves ainda está em fase de recuperação.

Recorde-se que já são oito as equipas de elite mundial que confirmaram presença na clássica internacional que percorre as 14 freguesias do Município da Figueira da Foz. Neste momento são sete as World Teams confirmadas – Soudal Quick-Step (Bélgica), INEOS Grenadiers (Reino Unido), Team Cofidis (França), Intermarché-Wanty (Bélgica), Team dsm-firmenich PostNL (Países Baixos), Alpecin-Deceuninck (Bélgica) e EF Education-EasyPost (EUA) –, às quais se junta a Pro Team Tudor Pro Cycling Team (Suíça).

A transmissão em direto será assegurada pelo canal Eurosport (das 15 às 17 horas) e pela Sport TV, que voltam a ser media partners da prova, assim como os jornais Diário As Beiras e O Figueirense, da Figueira da Foz.

Um dia antes da clássica, a 15 de fevereiro, a Figueira da Foz recebe o Granfondo “Figueira Champions Day / Casino Figueira”, prova destinada a amadores e que percorrerá parte do percurso dos profissionais. Estão a decorrer as inscrições, sendo o limite de 1500 participantes https://racingtime.pt/figueirachampionsday?p=882

 

EQUIPAS CONFIRMADAS:

World Teams:

 

- Intermarché-Wanty (Bélgica)

- Team dsm-firmenich PostNL (Países Baixos)

- Alpecin-Deceuninck (Bélgica)

- EF Education-EasyPost (Estados Unidos da América)

- Team Cofidis (França) – ESTREIA

- INEOS Grenadiers (Reino Unido) – ESTREIA

- Soudal Quick-Step (Bélgica)

 

Pro Teams:

 

- Tudor Pro Cycling Team (Suíça)

Fonte: Figueira Champions Day / Casino Figueira

quarta-feira, 1 de janeiro de 2025

“Remco Evenepoel sobre o Tour, o Giro e o recente acidente que o mandou para o hospital: "O maior objectivo da minha carreira? Um dia quero ganhar o Tour"


Por: Carlos Silva

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Remco Evenepoel sofreu um acidente muito grave há quase um mês, no qual sofreu várias fracturas e diversas escoriações após bater contra a porta de uma carrinha. O belga descreve o processo de recuperação e como este está a afectar as suas ambições e o seu calendário para a época de 2025.

"No hospital disseram-me que tinha de ser operado o mais depressa possível, caso contrário poderia correr tudo mal. Soube logo que teria pela frente um longo período de recuperação", disse o campeão olímpico e mundial numa entrevista ao Het Laatste Nieuws.

"Duvidei de mim próprio. Será que vou conseguir este ano? Será que vai correr tudo bem? As pessoas não veem estas coisas. Cruzam-se comigo na loja, perguntam-me como estou e eu rio-me. Sou optimista, mas quando chego a casa, fico de rastos".

Ainda lhe falta uma semana para saber se pode ou não regressar à bicicleta, mas o enorme atraso no seu treino fará com que o homem da Soudal - Quick-Step não participe na maioria das corridas da primavera e também na Volta a Itália.

"Não quero apressar nada. A preparação para uma Grande Volta demora cinco, seis meses e eu não vou ter esse tempo, por isso estou inclinado a dizer 'nada de Giro'", afirma. Este ano a Volta a França será o seu principal objetivo para as Grandes Voltas, sem grandes hipóteses de apontar para o Giro.

Evenepoel espera regressar às corridas na Brabantse Pijl e estar em boa forma para as clássicas da primavera que se seguem. "Estou a tentar concentrar-me nas Clássicas das Ardenas, mas para ser sincero, só tenho uma coisa na cabeça. É estar no topo da classificação geral no Tour. O resto não é muito importante. Dou tempo a mim próprio até ao início de julho e depois faço melhor do que no ano passado, ao mais alto nível, durante três semanas."

Evenepoel fala da sua tradição e de como esta mudou este ano, o primeiro desde 2021, em que começa o ano a regressar de uma lesão grave e sem saber até onde pode ir.

"Todos os anos no meu primeiro pequeno-almoço a 1 de janeiro, escrevo os meus objectivos. Este ano é um pouco mais difícil por causa da lesão, mas o maior objectivo da minha carreira é claro: um dia quero ganhar o Tour. É a única coisa que quero realmente marcar. Se isso me stressa? Não, motiva-me".

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/remco-evenepoel-sobre-o-tour-o-giro-e-o-recente-acidente-que-o-mandou-para-o-hospital-o-maior-objectivo-da-minha-carreira-um-dia-quero-ganhar-o-tour

“Dia de luto no ciclismo colombiano pela morte do grande treinador e descobridor de talentos, Carlos 'Ramillete' Pérez”


O ano começa com uma triste notícia para o ciclismo colombiano, na madrugada do 1º de janeiro de 2025, Carlos Pérez, popularmente conhecido como 'Ramillete', faleceu.

A sua partida deixa um vazio muito grande no ciclismo colombiano, ao qual dedicou sua vida com paixão e dedicação, tornando-se um grande treinador e descobridor de talentos.

Carlos 'Ramillete' Pérez dedicou toda a sua vida ao ciclismo, especialmente ao Tolimense, primeiro como ciclista e depois como treinador, inspirando várias gerações de ciclistas.

Ele sempre morou em Mariquita, no ano passado, ele foi condecorado pelo RCN Classic e uma doença rápida terminou com a sua vida, ele foi hospitalizado em Honda e Ibagué e finalmente foi transferido para Manizales, onde morreu nesta madrugada dia 1 de janeiro.

Ele era acompanhado de sua esposa e filhos e do ciclista Camilo Ardila, um dos talentos descobertos no seu trabalho, Fredy González, Josué López e outras grandes figuras do ciclismo Tolima foram liderados pelo homem de destaque do ciclismo colombiano, com o seu funeral a ser realizado na próxima sexta-feira em Mariquita.

Descanse em paz.

“Entrevista exclusiva: Fábio Costa "Sonho ser campeão nacional em 2025, todos os anos aponto a esse dia"


Por: Miguel Marques

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O Ciclismo Atual falou em exclusivo com Fábio Costa, que nos contou como tem decorrido a sua carreira e quais as expectativas para o seu futuro. O ciclista, natural de Ermesinde, foi um dos destaques da temporada de 2024 e isso valeu-lhe o regresso a uma casa que nem conhece, a Sabgal/ Anicolor Cycling Team, onde espera continuar no rumo das vitórias. Abaixo, a entrevista na íntegra.

 

Como te descreves como ciclista?

 

"Acho que sou um ciclista muito polivalente e bastante regular durante o ano, mas acho que me destaco em corridas de um dia que sejam duras e com finais rápidos, esse e o meu ponto forte, também trabalhar em prol da equipa e controlar uma etapa e algo que gosto de fazer."

 

Qual a vitória mais marcante?

 

"A vitória que mais me marcou foi sem dúvida na 6ª etapa do GP Jornal de Notícias em 2023, tanto por ser a primeira como profissional, como pela carga emocional que teve, foi um alívio para mim conseguir vencer depois de bater tanto na trave e também por me dar o boost de confiança nas minhas capacidades para poder voltar a vencer em próximas oportunidades".

 

Em 2024, competiste pela ABTF-Feirense, uma equipa que esteve em grande destaque este ano, que balanço fazes desta temporada?

 

"Foi sem dúvida uma grande época para mim e para a equipa, eu tinha como objetivo ganhar logo no início do ano, e consegui na clássica de santo Tirso, que é provavelmente a corrida de um dia que mais gosto, depois por acréscimo ganhei a Taça de Portugal. Também fiquei contente com a minha prestação na Volta ao Alentejo, onde terminei em 7° lugar na geral, mas mesmo assim podia ter feito um pouco melhor, e a partir desse momento a época nunca iria ser má, até ao final do ano tive mais alguns lugares de relevo, mas sobretudo tentei ajudar e retribuir o trabalho que a equipa fez para mim até meio da temporada, e felizmente tivemos um final de temporada excelente tanto na volta a Portugal, como no GP Jornal de Notícias."

 

Em 2025 vais voltar a uma estrutura que conheces bem, a Sabgal, quais os objetivos?

 

"Sim, é verdade, e uma equipa que conheço e me identifico com os valores e forma de correr agressiva, o objetivo será sempre estar ao dispor da equipa em tudo que me for pedido, temos uma equipa que pode lutar por todo o tipo de corridas, quando a mim espero estar bem nas corridas que a mim se adaptam, como as clássicas, volta ao Alentejo e na Volta a Portugal."

 

Como está a decorrer a preparação para a nova temporada, conta-nos um pouco sobre o teu treino diário.

 

"A preparação está como planeado, tal como tenho feito nos últimos anos. Para já apenas colocar horas na bicicleta sem grande intensidade, retirar algum peso em excesso e mais para próximo das competições, aí sim o treino irá ser mais intenso para que esteja pronto desde a primeira competição."

 

A Sabgal é uma equipa que normalmente tem alguma competição fora de Portugal, há alguma corrida em específico que gostarias de fazer?

 

"Para já não tenho grandes competições para realizar no estrangeiro, mas sim temos um vasto calendário fora de Portugal, gostaria de fazer o circuito das Ardenas, parece ser uma corrida que me encaixa bem porque e bastante acidentada, e está situada numa altura em que costumo estar bem fisicamente, mas veremos com o decorrer da época o que posso fazer."

 

Qual o teu sonho como ciclista?

 

"O sonho seria mesmo ir para o estrangeiro e competir com os melhores nas melhores corridas, mas acho que esse timming já passou por mim, agora olhando a realidade em Portugal, o sonho é ser campeão nacional de estrada, já conquistei o título em sub 23 mas em elites tem outra relevância, já estive perto em 2022, acho que e um dia especial e que todos sonham vestir aquela camisola, todos os anos aponto a esse dia e este ano de 2025 não será diferente."

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