Prova terá seis chegadas em alto, dois contrarrelógios individuais e o Passo dello Stelvio como Cima Coppi, o ponto mais alto, com seus 2.758 metros
Por: José Morais
O Giro d’Itália vai realizar-se de 4 a 26 de maio, terá seis etapas para velocistas, duas etapas de contrarrelógio de 40,6km e 31,2km, seis etapas com chegada em alta no trajeto de 3.400,8 quilómetros, passando pelos Alpes, Apeninos e Dolomitas, o Passo dello Stelvio será o Cima Coppi, o ponto mais alto, com os seus 2.758 metros, e a subida ao Santuario di Oropa será a Montagna Pantani.
A prova inicia-se em Torino,
no sábado dia 4 de maio, terminando em Roma com uma etapa em volta do Coliseo
no domingo dia 26 de maio.
As etapas:
Primeira
semana:
1ª Etapa
dia 4 de maio – Venaria Reale –
Torino – 1dia40 km
2ª Etapa
dia 5 de maio – San Francesco al
Campo – Santuário di Oropa (Biella) – 161 km
3ª Etapa
dia 6 de maio – Novara – Fossano –
166 km
4ª Etapa
dia 7 de maio – Acqui Terme – Andora
– 190km
5ª Etapa
dia 8 de maio – Gênova – Lucca – 178
km
6ª Etapa dia
9 de maio – Torre del Lago
Puccini – Rapolano Terme – 180 km
7ª Etapa dia
10 de maio – Foligno – Perugia –
40,6 km (ITT)
8ª Etapa dia
11 de maio – Spoleto – Prati di
Tivo – 152 km
9ª Etapa dia 12 de maio – Avezzano – Nápoles – 214 km
1º dia Torino recebe a abertura da 107ª edição do Giro
com uma etapa de 140km com largada em Venaria Reale. O trajeto homenageia o
percurso da Milão-Torino do passado, com as subidas ao Superga e ao Colle
Maddalena (6km a 7,4%), este último a 30 quilômetros da meta. Na época em que a
Milão-Torino era uma corrida para escaladores, a Superga era a subida principal
da disputa, com a Basílica no topo da colina em Torino proporcionando um
cenário icônico para a clássica.
Os últimos 5km da etapa contam com uma subida curta e íngreme até San Vito (1,4 km com desnível médio de 9,8% e máximo de 16%), que termina faltando 3 km. A descida rápida leva a cerca de 600m da chegada, plana.
Na 2ª etapa disputada,
no domingo (5 de maio), a 2ª etapa tem 161km de San Francesco al Campo ao topo
do Santuário di Oropa (Biella), nos Alpes, com a primeira chegada ao alto do
Giro 2024. A etapa “Montagna Pantani”
tem duas subidas de categoria 3 nos últimos 40 quilômetros do dia antes do
Santuário, a 1.142 metros de altitude. Os últimos 11 km são de subida, a
primeira parte é suave até Favaro, onde estão as rampas mais inclinadas, com
cerca de 13%. A subida continua com curvas e declives de cerca de 9% até a
meta.
A subida ao Santuário di Oropa
está indiscutivelmente ligada a Marco Pantani, ainda mais este ano, quando é
celebrado o 25º aniversário de uma de suas vitórias mais celebradas. Depois de
um problema mecânico, o Pirata conseguiu se recuperar até deixar todos para
trás e seguir sozinho para vencer a 15ª etapa do Giro de 1999. Na chegada, não
comemorou, pois disse que não sabia se tinha vencido e não queria fazer papel
de bobo.
No total, a Corsa Rosa cruzou a linha de chegada no Oropa seis vezes; a primeira em 1963 e a mais recente em 2017.
A 3ª etapa, na segunda-feira, 6 de maio, terá 166km de Novara a Fossano, e será a primeira oportunidade para os velocistas. Trajeto plano, com algumas pequenas subidas e descidas na parte central, com os últimos 3km praticamente retos, faltando apenas uma curva acentuada de 1.300m.
A 4ª etapa, na terça-feira, 7 de maio, vai de Acqui Terme a Andora, em um trajeto de 190km. Mais um dia bastante plano; os únicos obstáculos são a subida ao Col di Melogno (8 km a cerca de 5%) no meio do trajeto e o Capo Mele no final, que é abordado pelo mesmo lado da Milão-San Remo, na conhecida rota da La Classicissima. Os últimos 3km são em descida, após passar o Capo Mele.
A 5ª etapa, na quarta-feira, 8 de maio, tem 178km em um belo trajeto entre Gênova e Lucca. O pelotão percorre o litoral pela Via Aurelia nos primeiros 50km. A etapa tem apenas duas subidas, a primeira é o Passo del Bracco (categoria 3), após 62 km de corrida, e a segunda é Montemagno (categoria 4), com o topo a pouco menos de 20 km da linha de chegada.
A 6ª etapa na
quinta-feira, 9 de maio, tem 180km entre Torre del Lago Puccini (Viareggio) e
Rapolano Terme. Esta é a etapa “Strade
Bianche” do Giro, com
passagem por três setores de estrada de terra que totalizam quase 12 km. Os
dois primeiros são partilhados com a Strade Bianche, mas o terceiro é novo.
O primeiro setor conhecido é o de Vidritta, mas, em comparação com a Strade Bianche, está 2km mais longo. Depois vem o setor Bagnaia, com desníveis de até 15% e que também dará o segundo KOM do dia. Antes de Asciano, o terceiro setor é a novidade, em Pievina. Nos últimos 5km da etapa ainda tem a subida da Serre di Rapolano.
Na 7ª etapa, na
sexta-feira (10 de maio), será disputado o primeiro contrarrelógio individual,
com 40,6km, de Foligno a Perugia. O trajeto é dividido em duas partes: os
primeiros 32 km, são planos e em grande parte não técnicos até a chegada da
subida de Casaglia, com declives de até 16%.
Os últimos quilômetros são para cima, com declives que atingem os dois dígitos. Destacam-se a 6,4 km da meta os 1.300 m de Casaglia a quase 12%, com picos de 16%. A reta final de 250 metros é em paralelepípedos.
A 8ª etapa no
sábado, 11 de maio, tem 152km entre Spoleto e Prati di Tivo, nos Apeninos. Uma
etapa curta e intensa, com muita altimetria. Logo após a largada, o pelotão
sobe Forca di Cerro e Forca Capistrello, que tem mais de 16 km de extensão. O
trajeto passa pelo maciço de Terminillo para chegar a Capitignano, com subidas
e descidas contínuas até a encosta oeste do Passo de Capannelle. A subida
termina a uma curta distância do Passo Croce Abbio, onde começa uma descida de
30 km.
A subida final a Prati di Tivo acrescenta 14,5 km a 7%, com picos de até 12%, ao duro percurso. São 22 curvas fechadas com desníveis mais acentuados na primeira parte e os últimos três quilômetros a 7%.
A 9ª etapa a
última da primeira semana do Giro termina no domingo, 12 de maio, com 214 km
entre Avezzano e Nápoles. Uma etapa com os primeiros 180 km por estradas
rápidas, em sua maioria retas, intercaladas com vários túneis.
Depois de passar pela costa do
Tirreno, o trajeto chega ao Monte di Procida, com desafiantes últimos
quilômetros. Após passar por Torregaveta, há uma descida repentina de 14% que
leva ao Lago Lucrino, de onde o percurso segue em direção a Pozzuoli. A chegada
é depois de uma longa descida na Via Petrarca até ao centro da cidade.
Segunda
semana:
10ª Etapa
dia14 de maio – Pompeia – Cusano
Mutri – 142km
11ª Etapa
dia 15 de maio –
Foiano di Val Fortore – Francavilla al Mare – 207km
12ª Etapa
dia 16 de maio – Martinsicuro
– Fano – 193km
13ªEtapa dia
17 de maio – Riccione – Cento –
179km
14ª Etapa
dia 18 de maio –
Castiglione delle Stiviere – Desenzano del Garda – 31,2km (ITT)
15ª Etapa dia 19 de maio – Manerba del Garda – Livigno – 222km
A 10ª etapa após o primeiro dia de descanso, o pelotão retorna na terça-feira, 14 de maio, com 142km entre Pompeia e Cusano Mutri, com a primeira parte na região do Vesúvio. Ao chegar à Via Appia, o pelotão vai subir até Montesarchio. Com o Camposauro, de categoria 2, no meio do caminho, o percurso com inúmeras curvas segue até Cerreto Sannita, depois de passar o túnel iluminado que leva ao vale do Titerno. A longa subida final tem 18 km e começa em 5,6%.
A 11ª etapa na quarta-feira, 15 de maio tem 207k km, entre Foiano di Val Fortore e Francavilla al Mare. A primeira parte da etapa atravessa os Apeninos até Termoli e a segunda é plana ao longo da estrada costeira Adriática, que segue até Francavilla al Mare. Mais uma oportunidade para os velocistas e pela disputa da classificação por pontos.
A 12ª etapa, na quinta-feira, 16 de maio, tem 193 km entre Martinsicuro e Fano. Etapa plana nos primeiros 50 km ao longo do Adriático, passando por Civitanova Marche. O pelotão se afasta do mar para enfrentar um percurso de subidas e descidas contínuas, dez delas categorizadas e quatro classificadas como GPM. A última subida é inédita e vai ao topo do Monte Giove, que fica a 9 km da linha de chegada e tem desníveis superiores a 10%. O último km pode ser bastante complexo em torno do centro histórico de Fano ao longo das suas muralhas.
A 13ª etapa, na sexta-feira, 17 de maio, com 179 km entre Riccione e Cento, na Emilia-Romagna, é totalmente plana e deve movimentar as equipes dos velocistas.
Na 14ª etapa, no sábado, 18 de maio, será a vez da segunda disputa de contrarrelógio individual do Giro 2024. O percurso tem 31,2km entre Castiglione delle Stiviere e Desenzano del Garda, às margens do Lago di Garda, com trajeto praticamente plano.
A 15ª etapa no
domingo 19 de maio, encerra a segunda semana com uma etapa de alta montanha,
com 5.400m de elevação acumulada no percurso de 222km entre Manerba del Garda e
Livigno e chegada acima dos 2.000m de altitude.
Será a etapa rainha, com o
pelotão enfrentando o grandioso Mortirolo (12,6 km com uma inclinação de 7,6%),
que estreou no Giro em 1990. A partir daí, é uma longa subida até o Passo di
Foscagno antes da escalada íngreme até o Mottolino (8,1km a 6,6%, com o topo a
2.386m de altitude).
Na chegada, a inclinação muda
drasticamente a 2km da linha após o Passo di Eira, onde a inclinação média
permanece acima de 10%, embora a estrada tenha rampas íngremes intercaladas com
trechos menos íngremes e uma breve atenuação da inclinação antes do “degrau” que leva à reta final.
Terceira
semana:
16ª Etapa
dia 21 de maio –
Livigno – Santa Cristina Valgardena – 202km
17ª Etapa
dia 22 de maio –
Selva di Val Gardena – Passo del Brocon – 159km
18ª Etapa
dia 23 de maio –
Fiera di Primiero – Padova – 178km
19ª Etapa
dia 24 de maio –
Mortegliano – Sappada – 157km
20ª Etapa
dia 25 de maio –
Alpago – Bassano del Grappa – 184km
21ª Etapa
dia 26 de maio – Roma
– Roma – 125km
A 16ª etapa a terceira e última semana do Giro 2024 começa na terça-feira, 21 de maio, com 202km entre Livigno e Santa Cristina Valgardena. Depois de apenas uma grande subida durante a maior parte da segunda semana, a semana final atinge o poderoso Passo dello Stelvio, o Cima Coppi, o ponto mais alto de 2024, a 2.758m de altitude.
O Cima Coppi é a subida com maior altitude no cume alcançada pelo pelotão a cada Giro d’Itália. Foi instituído como uma homenagem ao campeão Fausto Coppi. O Cima Coppi muda de ano para ano, dependendo do perfil de altitude do Giro d’Itália, mas o Cima Coppi por excelência continua sendo o Passo do Stelvio.
A etapa começa com subida com as passagens de Eira e Foscagno seguidas depois do Bormio pelo Stelvio. O pelotão tem pela frente uma longa descida até Bolzano ao longo do Vale Venosta e do Vale Adige. De Cardano, mais uma longa subida até Castelrotto e Passo Pinei.
A 17ª etapa a
quarta-feira, 22 de maio, tem 154km entre Selva di Val Gardena e o Passo del
Brocon, será um verdadeiro dia nas Dolomitas, com duas subidas ao Brocon e os 2
km finais com média de 12%.
Após a passagem pelo Passo de Sella e a descida ao longo dos vales Fassa e Fiemme até Predazzo, há subidas e descidas sem interrupção. O pelotão sobe o Passo Rolle seguido pelo Passo Gobbera e, depois do Canal San Bovo, encara a primeira subida ao Passo Brocon (1.610m de altitude) pelo lado norte. O último km é subindo, com a parte íngreme do último GPM nos 2 km finais, com declives superiores a 10%.
A 18ª etapa na quinta-feira, 23 de maio, com 178km entre Fuera du Primiero e Padova, vai servir de descanso para as pernas enquanto os velocistas se preparam para a chegada rápida.
A 19ª etapa na reta final, na sexta-feira, 24 de maio, tem 157km entre Mortegliano e Sappada. Mais um dia nas montanhas, com início no vale de Tagliamento, passando por San Daniele del Friuli, Forgaria nel Friuli e Peonis. Depois de Tolmezzo começa uma série de subidas, com o Passo Duron, Sella Valcalda e Cima Sappada, que conduzem à chegada.
A 20ª e penúltima etapa no sábado, 25 de maio, tem 184km entre Alpago e
Bassano del Grappa. A largada é no Lago Santa Croce e o trajeto segue até
Vittorio Veneto e do Muro di Ca’ del Poggio, que leva à zona de Prosecco.
Depois de atravessar o Piave, chega-se às encostas do Monte Grappa, onde desde
Semonzo se enfrenta duas vezes a subida que leva ao Santuário.
Em direção a Romano d’Ezzelino, com passagem pela Ponte San Lorenzo, está a subida curta, mas íngreme (mais de 10%) do Pianaro. Após a segunda descida, a corrida continua até a linha de chegada. A subida do Monte Grappa serpenteia com inúmeras curvas e curvas fechadas por mais de 18 km a uma média de 8,1% com picos de até 14%. A descida do Monte Grappa tem mais de 25 km de extensão e inclui uma subida de 1,5 km com 9,2% no meio.
A etapa 21ª do
Giro 2024 termina no domingo, 26 de maio, com uma etapa de 125km em Roma. O
percurso vai até a costa, em Ostia, regressando para um circuito final de 8
voltas com 9,5km na região do Coliseo, com trechos em paralelepípedeos no
final.
Assim são
as etapas do Giro de 2024:
1ª Etapa
4 de maio – Venaria Reale –
Torino – 140 km
2ª Etapa
5 de maio – San Francesco al
Campo – Santuário di Oropa (Biella) – 161 km
3ª Etapa
6 de maio – Novara – Fossano –
166 km
4ª Etapa
7 de maio – Acqui Terme – Andora
– 190km
5ª Etapa
8 de maio – Gênova – Lucca – 178
km
6ª Etapa 9
de maio – Torre del Lago
Puccini – Rapolano Terme – 180 km
7ª Etapa
10 de maio – Foligno – Perugia –
40,6 km (ITT)
8ª Etapa
11 de maio – Spoleto – Prati di
Tivo – 152 km
9ª Etapa
12 de maio – Avezzano – Nápoles –
214 km
13 de
maio – dia de descanso
10ª Etapa
14 de maio – Pompei – Cusano Mutri
– 142 km
11ª Etapa
15 de maio – Foiano di Val Fortore
– Francavilla al Mare – 207 km
12ª Etapa
16 de maio – Martinsicuro – Fano –
193 km
13ª Etapa
17 de maio – Riccione – Cento –
179 km
14ª Etapa
18 de maio – Castiglione delle
Stiviere – Desenzano del Garda – 31,2 km (ITT)
15ª Etapa
19 de maio – Manerba del Garda –
Livigno – 222 km
20 de
maio – dia de descanso
16ª Etapa
21 de maio – Livigno – Santa
Cristina Valgardena – 202 km
17ª Etapa
22 de maio – Selva di Val Gardena
– Passo del Brocon – 159 km
18ª Etapa
23 de maio – Fiera di Primiero –
Padova – 178 km
19ª Etapa
24 de maio – Mortegliano – Sappada
– 157 km
20ª Etapa
25 de maio – Alpago – Bassano del
Grappa – 184 km
21ª Etapa
26 de maio – Roma – Roma – 125 km
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