Patrick Lefevere diz que não é preciso ser-se médico para percebê-lo
Por: Fábio Lima
Foto: EPA
A decisão de Remco Evenepoel
abandonar o Giro'2023 não foi propriamente bem recebida em Itália, com muitas
críticas vindas de personalidades ligadas ao ciclismo e até por parte da
própria imprensa. A 'La Gazzetta dello Sport',
detida pela mesma empresa que organiza a prova, criticou a decisão do belga e
até a descreve como uma falta de respeito, já que muitos não entendem por que
razão esta surgiu numa altura em que o ciclista liderava e mostrava, no final
de contas, estar superior a todos os outros.
Martin Hvastija, o selecionador
esloveno, por exemplo, considerou que Remco apenas abandonou por não ter uma
vantagem maior, algo que foi uma espécie de gota de água para uma reação de
Patrick Lefevere, o sempre polémico patrão da Soudal-QuickStep.
"Ele
estava totalmente destruído e era possível vê-lo. Não tens de ser médico para
perceber isso. Estava positivo [à Covid-19] e as pessoas dizem que foi para
casa de propósito? Acho que se for ao meu advogado, qualquer pessoa que tenha
dito isso terá problemas. É uma calúnia. O selecionador esloveno é maluco.
Viemos ao Giro para ganhar. Era possível ver que o Remco estava doente até no
dia anterior ao contrarrelógio. Estava cansado, mas mesmo assim ganhou o
contrarrelógio. Merece respeito por isso",
atirou Lefevere, citado pelo 'Cycling News'.
O chefe da Soudal-QuickStep
refutou ainda as alegações de que esta terça-feira teria ido à sede da RCS
Sport, a organizadora da prova, para pedir desculpa pelo abandono -
especialmente porque a equipa terá recebido 500 mil euros para levar Remco, mas
assumiu que alguém devia tê-lo feito. "Não
vim aqui para ver o Mauro Vegni [diretor da prova], apenas parei para beber
qualquer coisa. Mas têm razão, devíamos ter ligado. Não me tinha apercebido que
isso não tinha acontecido. Estava em casa quando tudo aconteceu e foi como uma
bomba explodiu. Ficamos todos em choque. Acho que as pessoas percebem
isso", acrescentou o belga.
Fonte: Sapo on-line
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