Lamenta o mau tempo na última etapa, e ainda a fraca preparação de algumas equipas
Por: André Antunes Pereira
Foto: João Fonseca
Carlos Pereira foi durante
muitos anos diretor desportivo, mas há alguns anos que passou o testemunho ao
filho Rúben Pereira para se dedicar mais à gestão das suas equipas e também à
organização de provas através do Clube Desportivo Fullracing. O Grande Prémio
Internacional Beiras e Serra da Estrela é espelho disso.
"A
prova foi um sucesso tremendo, disputada até ao último quilómetro sempre com
muita emoção e qualidade", disse-nos Carlos Pereira,
lamentando que o tempo tenha tornado a última etapa, com passagem pela serra da
Estrela, "mais dura".
"Mas, tirando esse fator, a etapa foi
bem delineada", vinca.
O rosto da organização coloca
o dedo na ferida quanto à preparação das equipas e aos percursos de algumas
corridas. "Acho que não existem muitas
equipas portuguesas preparadas para uma etapa daquela dureza. E não me refiro
aos sub-23. Mas muitas não estão preparadas, também por culpa das organizações,
e as únicas provas duras são a Volta a Portugal e Volta o Algarve. As outras
são de etapas mais pequenas e sem dureza. Depois, quando aparece uma etapa
deste nível… Enquanto organizador e responsável pelo percurso, penso que este
era excelente, mas foi mais duro pelo tempo, é indesmentível. Mas são coisas
que não controlamos", refere, para depois defender a
escolha do traçado.
"Faz
sentido fazer provas duras e competitivas para o ciclismo crescer. Caso
contrário ficamos onde estamos. Se não houver provas deste género, acontece o
que aconteceu nesta...São precisas provas duras e competitivas que ponham à
prova a capacidade dos profissionais".
Carlos Pereira quer, de resto,
voos mais altos para o GP Beiras Internacional. "É
uma das provas mais carismáticas com melhores locais para praticar ciclismo. Um
território fantástico. Estando junto da fronteira com Espanha, só irá
engrandecer caso consigamos levá-la ao país vizinho".
Fonte: Record on-line
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