Fotos: Stéphane Abrantes
A colecção de automóveis do
Museu do Caramulo foi reforçada com um dos Supercarros mais icónicos do início
da década de 90: o Jaguar XJ220.
Desenhado por Keith Helfet, o
Jaguar XJ220 começou a ser desenvolvido por um pequeno grupo de técnicos da
Jaguar, com a premissa de fazer uso da nova versão do motor V12 com quatro
válvulas por cilindro, tração integral e quebrar a barreira das 220 milhas por
hora (352 km/h) de velocidade máxima. O concept-car inicial foi apresentado em
1988, no Salão de Birmingham, onde teve uma reação melhor do que o esperado. A
marca recebeu 1500 depósitos de clientes interessados no futuro modelo. As
primeiras entregas foram agendadas para 1992. No entanto, a versão final seria
um pouco diferente.
Por motivos de requisitos de
engenharia e de uma nova legislação que limitava fortemente as emissões, o
motor V12 foi substituído por um V6 biturbo e a transmissão integral foi
simplesmente cancelada. Embora o peso fosse inferior ao esperado e a potência
declarada fosse mais elevada, o propulsor não tinha o mesmo pedigree do
inicialmente proposto e provavelmente mais importante, a conjuntura económica
tinha mudado. A procura por automóveis de altas prestações abrandou e a marca
viu uma grande parte dos potenciais interessados desistirem da compra.
O último XJ220 saiu da linha de produção em Abril de 1994, tendo sido fabricados somente 275 exemplares, transformando este modelo da marca de Coventry num autêntico objeto de culto entre os amantes e apreciadores de automóveis.
Para Salvador Patrício
Gouveia, Presidente da Direção do Museu do Caramulo, “O Jaguar XJ220 é um automóvel mítico, e que além de
complementar a crescente coleção de desportivos em exposição, corporiza o
espírito de competição que esteve sempre no DNA da Jaguar”.
O XJ220 deteve o título de
automóvel de série mais rápido do mundo em 1992, com uma velocidade de 217,1
mph (347,4 km/h) no Circuito de Nardo.
Fonte: Museu do
Caramulo/Parceria Revista Notícias do Pedal
Sem comentários:
Enviar um comentário