Líder admite que começa a "entrar em jogo o cansaço" mas vai lutar até ao fim
Por: Lusa
Foto: EPA
O ciclista belga Remco
Evenepoel (QuickStep-Alpha Vinyl) disse esta segunda-feira que a vantagem que
detém na frente da geral da Vuelta é "cómoda,
mas não definitiva", a uma semana do fim da corrida.
No último dia de descanso, o
líder de 22 anos falou em conferência de imprensa, notando como os seis dias
que faltam "não serão nada fáceis",
mesmo que não incluam já as subidas mais duras, que ficaram para trás.
"Começará
a entrar em jogo o cansaço, mas de certeza que vamos lutar pela camisola
vermelha, não temos outra escolha. A minha liderança é cómoda, mas não
definitiva, por isso temos de estar tranquilos, ser positivos e ver que
resultado teremos no domingo", notou.
Evenepoel quer ser o primeiro
belga a vencer uma grande Volta desde Johan de Muynck, campeão da Volta a
Itália de 1978, o que gera uma grande atenção na Bélgica, algo que o "motiva".
A queda sofrida na 12ª etapa
deixou-o tocado, pelo que perdeu "muito
tempo no sábado, mas não demasiado", explicou, numa altura
em que, a seis etapas do fim, tem 1.34 minutos de vantagem sobre o esloveno
Primoz Roglic (Jumbo-Visma), segundo, e 2.02 sobre Enric Mas (Movistar),
terceiro.
"Roglic
e Mas estão bem. No sábado, Roglic foi melhor, e no domingo foi Mas, mas o
espanhol estava bastante longe de mim na geral, nem o segui. Comecei a impor o
meu ritmo, porque tinha medo de me exceder. No fim, com um dia tão duro,
limitei as perdas", comentou.
Independentemente da força dos
rivais, o maior medo que tem não anda de bicicleta, é antes a covid-19, que "está a circular no pelotão". "Espero não adoecer, é o que dá mais medo",
admitiu.
Mais abaixo, no sétimo lugar
da geral, a sete minutos do antigo colega de equipa, está o português João
Almeida (UAE Emirates), que não perdeu a ambição, mostrando vontade de "ser agressivo" se lhe for dada a oportunidade, assim como o
companheiro espanhol Juan Ayuso, que é quarto.
"Se
tivermos oportunidade de ganhar tempo, vamos tentar. Trabalharemos juntos, como
sempre. Estamos bem e temos de tentar",
declarou.
O ciclista luso, também em
estreia na Vuelta, usou a conferência de imprensa da equipa para reforçar a
vontade de tentar atacar os rivais que tem pela frente, até porque Ayuso
perspetiva "dias duríssimos, em que tudo
vai mudar" até Madrid.
A 77ª edição da Vuelta termina
no domingo, em Madrid.
Fonte: Record on-line
Sem comentários:
Enviar um comentário