Por: José Carlos Gomes
O ciclismo profissional que se
pratica em Portugal atravessa um período complexo da sua longa e rica História.
Nestes momentos cabe à Federação Portuguesa de Ciclismo, enquanto entidade
responsável pela definição dos caminhos estratégicos para o ciclismo português,
assumir uma postura liderante e responsável.
É compreensível que, em tempos
como o que se vivem, se multipliquem opiniões no espaço público. No entanto, a
Federação Portuguesa de Ciclismo, consciente da sua responsabilidade única, não
mandatou nem mandatará qualquer personalidade ou entidade para intervir em
representação da Federação ou do ciclismo.
A Federação Portuguesa de
Ciclismo, outrossim, assume a responsabilidade de encarar a realidade com a
necessária prudência, imperiosa para garantir que a autonomia de todas as
entidades seja exercida em clima de total liberdade. Mas não abdica esta Federação
de manifestar os seus princípios, entre os quais sobressai a defesa de um
ciclismo e de um desporto limpos de qualquer tentativa de adulteração da
verdade desportiva.
A FPC reafirma o seu
compromisso com a defesa dos princípios da ética, do espírito e da verdade
desportiva, tendo consciência que a inobservância desses princípios deforma a
intrínseca natureza do desporto.
Foi com base nesse princípio
que a Federação Portuguesa de Ciclismo agregou em torno de um convénio o
organizador da Volta a Portugal, as dez equipas continentais portuguesas e a
Associação Portuguesa de Ciclistas Profissionais, produzindo um texto, por
todos assinado livremente e de boa-fé, cujo espírito assenta na criação de um
mecanismo de autorregulação e exclusão de prevaricadores da Volta a Portugal,
como fator de dissuasão de práticas que subvertem a verdade desportiva,
apostando numa consciencialização de todos os agentes envolvidos e numa tão
desejada, mas sempre inalcançada, reforma de mentalidades.
A FPC acredita no mérito e
importância do convénio e que todos estarão à altura do compromisso que
assumiram quanto à proteção e valorização do ciclismo profissional em Portugal.
Sem comentários:
Enviar um comentário