A União Ciclista Internacional (UCI) retirou a licença desportiva à equipa W52-FC Porto, que assim vai falhar a 83.ª Volta a Portugal
O FC Porto anunciou na tarde
desta quinta-feira a suspensão do contrato de 'naming'
com a Associação Calvário Várzea Clube de Ciclismo, com quem formou a W52-FC
Porto.
Em comunicado, os Dragões
explicam que vão aguardar "o desfecho
dos processos em curso por forma a proceder à reavaliação da presente
decisão".
Comunicado
do FC Porto
"Na
sequência de decisão emanada pela UCI quanto à licença desportiva da Associação
Calvário Várzea Clube de Ciclismo, impedindo esta de participar na próxima
Volta à Portugal.
O Futebol
Clube do Porto vem informar que suspendeu o Contrato de Naming e Licenciamento
de Marca celebrado com a referida Associação.
Aguardaremos
o desfecho dos processos em curso por forma a proceder à reavaliação da
presente decisão”.
Na quarta-feira, 27 de julho,
a União Ciclista Internacional (UCI) retirou a licença desportiva à equipa
W52-FC Porto, que assim vai falhar a 83.ª Volta a Portugal.
"A
Federação Portuguesa de Ciclismo confirma que foi hoje notificada pela União
Ciclista Internacional (UCI) de que esta entidade decidiu retirar a licença
desportiva à equipa continental W52-FC Porto, na sequência da informação
recebida pela UCI sobre o processo que decorre na Autoridade Antidopagem de
Portugal", lê-se no comunicado da Federação Portuguesa
de Ciclismo (FPC).
A FPC salienta ainda na nota
que "a decisão entra imediatamente em
vigor, pelo que a equipa está impedida de voltar a competir", o
que inviabiliza, desde logo, a participação dos ‘dragões’ na 83.ª Volta a
Portugal, que decorre entre 04 e 15 de agosto.
A estrutura W52, ligada ao FC
Porto há seis épocas, venceu as últimas nove edições da prova ‘rainha’ do
calendário nacional, embora os triunfos do seu corredor espanhol Raúl Alarcón,
em 2017 e 2018, lhe tenham sido retirados por “uso
de métodos e/ou substâncias proibidas”.
Em 15 de julho, oito ciclistas
e dois elementos do ‘staff’ da W52-FC Porto foram suspensos preventivamente
pela Autoridade Antidopagem de Portugal (ADoP) no âmbito da operação ‘Prova Limpa’.
No dia seguinte, a identidade
de seis desses ciclistas foi conhecida, quando os mesmos foram impedidos de
alinhar na terceira etapa do Grande Prémio Douro Internacional, que acabou por
ser conquistado por José Neves, o único representante da equipa que continuou
em prova.
Foram afastados Ricardo Vilela
e José Gonçalves, além de quatro antigos vencedores da Volta a Portugal: João
Rodrigues (2019), Rui Vinhas (2016), Ricardo Mestre (2011) e Joni Brandão, que ‘herdou’ a
vitória na edição de 2018 depois da desclassificação, por doping, de Raúl
Alarcón.
Além dos ciclistas que
alinhavam no GP Douro Internacional, a W52-FC Porto conta ainda nas suas
fileiras com Amaro Antunes, três vezes vencedor e bicampeão em título da Volta
(2021, 2020 e 2017), Jorge Magalhães, Samuel Caldeira e Daniel Mestre, estes
últimos também suspensos, segundo confirmou o ‘patrão’ da equipa, Adriano Quintanilha, ao jornal Record.
No final de abril, 10
corredores da W52-FC Porto foram constituídos arguidos e o diretor desportivo
da equipa, Nuno Ribeiro, foi mesmo detido, assim como o seu adjunto, José
Rodrigues, no decurso da operação ‘Prova
Limpa’, a cargo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP)
do Porto.
“A
operação policial, envolvendo um total de cerca de 120 elementos provenientes
da Diretoria do Norte e ainda das Diretorias do Centro e do Sul, da Unidade
Nacional de Combate à Corrupção e dos Departamentos de Investigação Criminal de
Braga, Vila Real e Guarda, contou ainda com a colaboração da ADoP”, detalhou a
PJ, em 24 de abril, indicando que durante a mesma “foram apreendidas diversas
substâncias e instrumentos clínicos, usados no treino dos atletas e com impacto
no seu rendimento desportivo".
Fonte: Sapo on-line
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