Não há João Almeida na Volta a França mas há mais portugueses, como Nelson Oliveira
Foto: AFP
É já no próximo dia 1 de Julho
que se inicia a 109ª edição da Volta a França em bicicleta, a prova mítica do
ciclismo mundial. Durante vinte e um dias, desde Copenhaga até aos míticos
Campos Elísios em Paris, os maiores nomes da modalidade irão pedalar, subir, descer
e sofrer naquele que é um dos espetáculos mais mediáticos do planeta.
De Copenhaga irão partir 176
corredores, divididos por vinte e uma equipas, dezassete do ‘World Tour’
(divisão de elite), e quatro do ‘UCI Pro Teams’ (divisão inferior). No pelotão
estarão os portugueses Nélson Oliveira (equipa Movistar) e Rúben Guerreiro
(equipa Education First Easypost).
O
Trabalhador incansável
Nélson Oliveira é considerado
um dos ciclistas mais experientes da equipa Movistar, estando prestes a iniciar
a sua quinta Volta a França. O corredor da Anadia é visto como um valioso
‘gregário’, ou seja, um elemento da equipa cujo principal foco é ajudar o líder
a alcançar o melhor lugar possível na classificação geral.
Nelson Oliveira terá assim
como foco ajudar Enric Mas a conseguir melhorar o sexto lugar alcançado na
edição anterior. Todavia, o ciclista da Bairrada terá também oportunidade para
se destacar aquando dos dois contrarrelógios que compõem a edição 2022 do Tour.
Um
trepador que não pára de subir
No polo oposto está Rúben
Guerreiro; o ciclista da Education First Easypost faz este ano a sua primeira
Volta a França, isto depois de já se ter estreado na Vuelta em 2019 e no Giro
em 2020, prova onde o corredor, não só venceu a nona etapa, como também
conquistou a camisola de rei da montanha.
Não fique
fora de jogo!
Considerado como um dos
melhores trepadores do pelotão mundial, Rúben Guerreiro chega ao Tour em
excelente forma depois de ter alcançado o nono lugar no ‘Critérium du
Dauphiné’, e de ter vencido o ‘Mont Ventoux Dénivelé Challenge’, prova com
4.521 metros de acumulado de subida e com rampas entre os 5 e os 10 porcento de
inclinação.
Prodígio
esloveno à procura do hat-trick
Tadej Pogacar, da equipa UAE é
o principal favorito à vitória. O jovem esloveno procura este ano repetir
triunfo alcançado em 2021 e alcançar assim a sua terceira vitória consecutiva
no Tour.
Na edição transata, Pogacar
venceu categoricamente, deixando o segundo, Jonas Vingegaard, a mais de cinco
minutos, e o terceiro, Richard Carapaz, a mais de sete. Para este domínio em
muito contribuiu o abandono prematuro do também esloveno Primoz Roglic, um dos
principais adversários de Pogacar na luta pela camisola amarela; Roglic não
sobreviveu ao dantesco mau tempo da Bretanha, sofrendo duas aparatosas quedas
que o levaram a desistir do Tour ainda durante a primeira semana.
Primeira
semana: de Copenhaga aos empedrados
Felizmente para Roglic, a
edição deste ano não passará pela região bretã. Com efeito, a prova terá início
com um contrarrelógio plano de 13 quilómetros na cidade de Copenhaga,
transformando a Dinamarca no décimo país anfitrião do arranque do Tour; os
nórdicos irão receber as três primeiras etapas da prova.
Depois de um dia de descanso,
o pelotão chega a França para concluir uma primeira semana que se prevê muito
animada com etapas já com alguma montanha (subidas de terceira e uma de
primeira categoria) e vários quilómetros de piso empedrado que irão pôr à prova
a destreza e resistência dos ciclistas.
Segunda
semana: Os Alpes e a Bastilha
A segunda semana será recheada
de montanha com o pelotão a chegar aos Alpes. De entre as várias e difíceis
subidas, os ciclistas terão pela frente montanhas míticas como é o caso do ´Col
du Télégraphe’, o ‘ Col du Galibier’, que o pelotão irá enfrentar por duas
vezes, e ainda o ‘Aple D´Huez, este último a coincidir com o Dia da Bastilha
(14 de Julho).
Terceira
semana: Pirenéus e crono antes da consagração
Na terceira e última semana, e
depois de uma etapa mais plana, chegará a vez dos Pirenéus, o último grande
obstáculo antes de Paris. Serão seis subidas de primeira categoria e duas de
categoria especial distribuídas por três etapas que certamente irão servir de
campo de batalha para os favoritos.
Ultrapassados os Pirenéus, e
caso ainda haja incerteza no que à classificação geral diz respeito, teremos um
contrarrelógio de 40 quilómetros no penúltimo dia; será a última oportunidade
para se alcançarem os objetivos propostos antes da mítica e tradicional última
etapa que irá terminar nos Campos Elísios em Paris.
Ciclistas como Tadej Pogacar,
Primoz Roglic, Alexandr Vlasov, Ben O´Connor, Jonas Vingegaard ou Daniel
Martinez são apenas alguns dos nomes a ter em conta e que certamente irão
animar as estradas gaulesas durante vinte e um dias; todos com o sonho de
chegar aos ‘ Champs-Elysées vestidos de amarelo.
Fonte: Sapo on-line
Sem comentários:
Enviar um comentário