Jai Hindley (BORA-hansgrohe) assumiu hoje a liderança da geral da Volta a Itália, após a 20.ª e penúltima etapa em que os Dolomitas, e um ataque do novo camisola rosa, ‘destronaram’ o equatoriano Richard Carapaz (INEOS)
Por: Lusa
O australiano Jai Hindley
(BORA-hansgrohe) assumiu hoje a liderança da geral da Volta a Itália, após a
20.ª e penúltima etapa em que os Dolomitas, e um ataque do novo camisola rosa, ‘destronaram’ o
equatoriano Richard Carapaz (INEOS).
O italiano Alessandro Covi
(UAE Emirates), de 23 anos, cumpriu os 168 quilómetros entre Belluno e
Marmolada, no topo do Passo Fedaia, em 4:46.34 horas, sendo 32 segundos mais
rápido do que o esloveno Damen Novak (Bahrain-Victorious), segundo, e 37 do que
o compatriota Giulio Ciccone (Trek-Segafredo), terceiro.
Nas contas da geral, um ataque
de Hindley, sexto na tirada, deixou para trás o até aqui líder, o equatoriano
Richard Carapaz (INEOS). O australiano lidera agora com 1.25 minutos de
vantagem sobre o anterior ‘maglia rosa’,
enquanto o espanhol Mikel Landa (Bahrain-Victorious) é terceiro, a 1.51.
Ao todo, nos últimos três
quilómetros até à meta, no Passo Fedaia, e já depois do Passo Pordoi ter
testado as pernas do pelotão, Carapaz perdeu quase um minuto e meio, estando
agora a 1.25 minutos do novo ‘maglia rosa’.
A distância talvez seja
demasiada para recuperar no curto ‘crono’ que no domingo encerra a 105.ª edição da ‘corsa rosa’ em
Verona, onde Carapaz venceu o Giro em 2019.
Assim, o australiano tem ‘via aberta’ para
suceder a Cadel Evans, único australiano a vencer uma grande Volta, o Tour de
2011, mesmo que em 2020 tenha ganho a liderança na 20.ª etapa para a ‘entregar’ no
contrarrelógio final ao britânico Tao Geoghegan Hart, também da INEOS.
Um trabalho persistente quer
da Bahrain-Victorious, de Mikel Landa, quer da BORA-hansgrohe, foi selecionando
o grupo de elite, com nova ‘mestria’ tática dos alemães, que se têm valido desta força
para levarem Hindley ao topo.
O alemão Lennard Kämna, que já
venceu nesta edição, integrou a fuga do dia e soube esperar pelo líder no
momento certo, dando-lhe um apoio essencial para Hindley atacar, a 3,5
quilómetros, e depois distanciar Carapaz, a 2.800 metros da meta.
Landa pareceu distanciado logo
nesse ataque, mas no ‘longo’ minuto e meio de espera por ‘Richie’ Carapaz,
surgiu, ganhando ainda tempo ao anterior ‘maglia
rosa’ e deixando em aberto se
acaba em terceiro ou quarto depois de Verona.
Perto de ganhar por duas vezes
em 2021, Alessandro Covi continuou a trajetória ascendente na carreira e ‘salvou’ o
Giro da UAE Emirates, toda orientada em torno do português João Almeida, que
abandonou na quinta-feira devido a um teste positivo à covid-19.
“Queria
ganhar uma etapa, mas estava a correr pelo João, que lamentavelmente teve de
abandonar. Hoje, era uma oportunidade e pude aproveitá-la, ainda para mais num
local especial e histórico”, declarou.
O italiano explicou ainda a
movimentação decisiva, quando a fuga do dia passava no Pordoi e este se isolou,
a mais de 50 quilómetros da meta, para uma vitória a solo que apenas Novak
ameaçou, a espaços, ‘roubar’.
“Ataquei
de longe porque não sou um trepador. Tive uma boa resposta na última subida, e
é fantástico para a equipa poder ganhar uma etapa”,
acrescentou.
Ainda em prova, Rui Costa foi
50.º, mantendo o 41.º posto, e o outro português na corrida, também da UAE
Emirates, Rui Oliveira, segue em 141.º.
No domingo, a 105.ª edição do
Giro termina com um contrarrelógio individual de 17,4 quilómetros em Verona.
Fonte: Sapo on-line
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