Triunfou na primeira etapa da Volta ao Algarve, em Lagos
Por: Lusa
Foto: Lusa
Fabio Jakobsen reencontrou-se
esta quarta-feira com a sua cidade portuguesa preferida, conquistando, pela
terceira vez, o triunfo em Lagos e a respetiva camisola amarela reservada ao
vencedor da primeira etapa da Volta ao Algarve em bicicleta.
Já é impossível dissociar o 'postal' da zona ribeirinha de Lagos da
imagem do ciclista holandês da Quick-Step Alpha Vinyl a erguer os braços para
celebrar a vitória na primeira etapa da 'Algarvia',
ou não tivesse sido assim em 2019, 2020 e hoje, dia em Jakobsen relegou o
francês Bryan Coquard (Cofidis) e o norueguês Alexander Kristoff
(Intermarché-Wanty-Gobert Matériaux), respetivamente para o segundo e terceiro
lugares.
"Gosto
de vir cá e conhecemos este final bastante bem, estou super feliz por ter
vencido aqui pela terceira vez", declarou o corredor de 25
anos.
Após uma passagem discreta
pela 'Algarvia' no ano
passado, quando ainda se encontrava a recuperar da horrível queda que sofreu na
Volta a Polónia, em agosto de 2020, Jakobsen reencontrou-se hoje com os
triunfos na prova portuguesa e com a amarela, "uma
cor especial".
"É
mérito da equipa, não faço isto sozinho",
recordou, elogiando o esforço do colega e amigo Remco Evenpoel, o 'dono' da camisola da juventude, que,
apesar das pretensões na geral, trabalhou na frente do pelotão "na subida" antes de Lagos, ajudando-o a chegar 'salvo' à meta, numa jornada de final
atribulado, que incluiu a desclassificação, por 'sprint' irregular, do segundo
a cortar a meta, o belga Jordi Meeus (BORA-hansgrohe).
Sem João Rodrigues (W52-FC
Porto) presente, e com um extenso contrarrelógio (32,2 quilómetros) para
disputar no sábado, o papel das 10 equipas portuguesas nesta 'Algarvia' dificilmente será outro que o
de animadoras de etapa e, hoje, decorridos que estavam 17 quilómetros da
primeira tirada, elas assumiram-no com gosto, lançando Hugo Nunes (Rádio
Popular-Paredes-Boavista), João Matias (Tavfer-Mortágua-Ovos Matinados) e Fábio
Oliveira (ABTF-Feirense), aos quais se juntou Asier Etxeberria
(Euskaltel-Euskadi), para a frente de corrida.
O quarteto, que formou a
primeira fuga bem-sucedida da 48.ª edição da prova portuguesa, entendeu-se e
chegou a dispor de uma vantagem máxima de cerca de 03.20 minutos, que foi caindo
à medida que a caravana se aproximava de Lagos.
Com um 'sprint' à espreita na Avenida dos
Descobrimentos, Quick-Step Alpha Vinyl, Alpecin-Fenix e
Intermarché-Wanty-Gobert assumiram, inevitavelmente, o comando da perseguição,
terminando com a aventura dos fugitivos a 35 quilómetros da meta, não sem antes
'permitirem' que o 'pistard' Matias somasse os pontos
necessários para subir ao pódio como 'rei da
montanha', após os 199,1 quilómetros da primeira tirada, que
partiu de Portimão.
Pouco antes de a fuga do dia
ser alcançada, a cerca de 38 quilómetros da meta, uma queda deixou no chão o
campeão nacional de fundo, José Neves (W52-FC Porto), Joe Dombrowski (Astana) e
Juan Molano (UAE Emirates), que acabou mesmo por desistir.
Num final de tirada 'nervoso', o azar voltou a repetir-se, com
uma nova queda, a 11 quilómetros da meta, a reduzir o pelotão que chegou a
Lagos com as mesmas 04:56.29 horas do vencedor e no qual seguiam candidatos ao
triunfo final, como o próprio Evenepoel, o norueguês Tobias Foss (Jumbo-Visma),
o britânico Ethan Hayter (INEOS), o francês David Gaudu (Groupama-FDJ) ou o
espanhol Ion Izaguirre (Cofidis), enquanto Geraint Thomas (INEOS) perdeu sete
segundos.
Assim, Jakobsen, que também
lidera a classificação por pontos, a mesma que venceu na Vuelta2021, vai partir
de amarelo, mas sem segundos de vantagem para os favoritos, para a segunda
etapa, uma difícil ligação de 182,4 quilómetros entre Albufeira e o alto da
Fóia (Monchique), o ponto mais alto do Algarve, onde está instalada uma
contagem de montanha de primeira categoria.
Fonte: Record on-line
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