Gustav Wang conquistou a medalha de ouro, Gonçalo Tavares 40.º no contrarrelógio júnior do Mundial
Por: José Carlos Gones
Gonçalo Tavares, 40.º
classificado, foi hoje o melhor português no contrarrelógio para juniores do
Campeonato do Mundo de Estrada, disputado, ao longo de 22,3 quilómetros, entre
Knokke-Heist e Bruges, na região belga da Flandres. António Morgado ocupou a 44.ª
posição.
O primeiro dos dois
portugueses a competir foi Gonçalo Tavares, sendo aquele que se sentiu melhor
com o percurso totalmente plano, sem zonas de descanso, a exigir cadência e
esforço constante ao longo de toda a prova.
Mais solto do que no contrarrelógio
do Europeu, há duas semanas, o corredor de Proença-a-Nova completou o
contrarrelógio de hoje em 27’39’49, mais 2’02’’07 do que o dinamarquês, que
conquistou o título mundial em 25’37’’42.
“Hoje
senti-me melhor do que no europeu, num ‘crono’ de caraterísticas diferentes. No
europeu havia zonas em que dava para descansar, respirar um bocado. Aqui
tínhamos de ir sempre a pedalar, sempre a fundo. A zona de paralelo, então, foi
muito dura! Parecia que a bicicleta não desenvolvia e eu ia ali a saltar. Era
mais difícil, mas correu-me melhor do que há duas semanas. Tenho de salientar
os incentivos recebidos do carro de apoio, foram fundamentais para aguentar a
parte final sem ‘morrer’”, conta Gonçalo Tavares.
António Morgado viveu um dia menos conseguido na bicicleta, sentindo-se incapaz de alcançar os mesmos níveis de rendimento atingidos em ocasiões recentes. Foi o 44.º classificado, com mais 2’15’’38 do que o vencedor.
“Vim a
sofrer desde o quilómetro zero. Sempre que tentava ir para um patamar mais alto
de potência, tinha de baixar. Não conseguia dar mais do que dei. Hoje deixei
tudo o que tinha na estrada”, confessa o natural de Caldas
da Rainha.
O selecionador nacional, José
Poeira, explica que os dois corredores, sendo ainda juniores de primeiro ano,
têm margem de evolução e que o exercício de hoje mostrou uma linha que ambos
devem trabalhar mais. “Num contrarrelógio com
estas caraterísticas, totalmente plano, e estando os juniores com andamentos
condicionados, a cadência é fundamental para melhorar os resultados. Os nossos
corredores devem trabalhar esse aspeto. É um dos aspetos a melhorar para
futuro”, explica o responsável.
Além do dinamarquês Gustav
Wang, que conquistou a medalha de ouro, o pódio também recebeu o britânico
Joshua Tarling, que ficou a 20,20 segundos do primeiro, e o belga Alec Segaert,
que gastou mais 29,48 segundos do que o campeão mundial.
A Seleção Nacional volta à
competição nestes Mundiais da Flandres na sexta-feira. Às 7h15, António
Morgado, Diogo Pinto, Gonçalo Tavares e Lucas Lopes iniciam a prova de fundo
para juniores, que terá 121,8 quilómetros, com partida e chegada em Lovaina. No
mesmo dia, às 12h25, começa a prova de fundo para sub-23, uma corrida de 160,9
quilómetros, entre Antuérpia e Lovaina, em que Portugal estará representado por
Fábio Costa, Miguel Salgueiro e Pedro Miguel Lopes.
Fonte: Federação Portuguesa
Ciclismo
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