Por: Pedro Filipe Pinto
Do amigo João Almeida ao
“porreiraço” Roglic, o 11.º dos Mundiais de Cascais conta um pouco da sua
história que está prestes a ter mais um capítulo em Tóquio
Record -
Para quem não o conhece, pode contar-nos um pouco da sua história?
Telmo
Pinão – Tudo começou em 2002,
embora não tenha sido logo no paraciclismo. Começa aí porque é a data da minha
amputação. Fazia competição de moto 4, sofri um acidente e tive a amputação na
perna esquerda. Já fazia desporto antes, mas depois disso a atividade física
tornou-se ainda mais importante. Tenho essa necessidade.
R - E
quando e como é que ‘descobriu’ o paraciclismo?
TP – Foi em 2009. Já andava ali com curiosidade nos
Jogos Paralímpicos. Confesso que não dava muita atenção aos Paralímpicos como
comecei a dar depois de ser amputado. Depois começou a crescer o bichinho de
querer estar ali um dia. Sempre gostei e acompanhei ciclismo. Lembro-me de ver
a Volta a Portugal com o meu avô e andava de bicicleta, mas, entre 2002 e 2009,
nunca andei. Comprei uma BTT, levei-a para casa e não fazia a mínima ideia do
que havia de fazer, porque a comprei sem andar nela, não sabia se ia ser capaz.
As coisas começaram a correr bem, tive aquele crescimento normal e, pouco
depois, comprei uma de estrada. Passado um ano, estava num Campeonato do Mundo
a representar Portugal. A partir daí foi sempre a andar.
R -
Encontrou no ciclismo uma verdadeira paixão?
TP – É como eu costumo dizer, a bicicleta é a minha
droga. Eu, infelizmente, já tive de receber algumas enquanto estive no
hospital. O ciclismo é aquele bichinho que entra dentro de ti e que te deixa
realizado. É uma sensação extraordinária, por isso é que, aos 41 anos, ainda
aqui estou a lutar contra os melhores.
Fonte: Record on-line
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