Alguns dos ciclistas
portugueses a correr no pelotão WorldTour olham para o calendário de 2020,
virado do ‘avesso' devido à pandemia de COVID-19, com a expectativa de correr o
mais possível até ao final.
Rúben Guerreiro, que este ano
se estreia na norte-americana Education First, depois de ter ‘brilhado', em
2019, na suíça Katusha-Alpecin, com um 17.º lugar na Volta a Espanha, só fez
"uma corrida em 2020" e teria "um calendário preenchido",
não fosse a suspensão, por largos meses, de todas as competições devido à
covid-19, a partir de março.
"Foi ingrato para todos,
mas é uma questão de saúde pública que está em primeiro lugar. Todo o mundo
teve de abdicar. (...) É estranho correr só a partir de julho, mas é melhor que
nada", confessou.
Para o resto do ano, conta
poder mostrar-se em várias provas, depois de marcar presença na Prova de
Reabertura em Portugal, um contrarrelógio individual de 22 quilómetros em
Anadia, Aveiro.
Entre as provas previstas
estão a Strade Bianche, a Milão-Sanremo ou a Volta à Lombardia, antes de um
regresso para disputar os campeonatos nacionais, rumo a uma grande ambição:
"Espero fazer uma grande Volta", apontou.
Na UAE Emirates correm os
irmãos Ivo e Rui Oliveira, além do campeão do mundo de 2013 Rui Costa, e o trio
participou no ‘crono', com Ivo a explicar que é "especial correr em
Portugal" antes de enfrentarem provas do calendário internacional e de
viajarem para um estágio na Serra Nevada.
Num calendário com um
permanente ‘ponto de interrogação', devido à pandemia, Ivo Oliveira conta
disputar o Trofeo Getxo, a Volta a Polónia e várias das clássicas no Canadá e
Bélgica, além dos Nacionais.
O irmão, Rui, tem um
calendário similar, ainda que vá apostar nas clássicas do ‘pavê' e está
"de reserva para a ‘Vuelta'".
Para o ciclista de Vila Nova
de Gaia, a paragem até acabou por ser benéfica. "Tinha fraturado uma
clavícula em janeiro, foi bom porque me deu mais tempo para me preparar e
voltar na máxima forma. Falta-me é ritmo, porque a última corrida de estrada
que fiz foi em outubro", contou.
No segundo escalão da UCI,
está a Burgos-BH, de José Neves, que pretende "dar visibilidade aos
patrocinadores" e se sente bem, ainda que a incerteza sobre a Volta a
Portugal, que contava correr até ter sido adiada, ainda sem nova data, possa
afetar este calendário, no qual espera estar na Volta a Espanha.
Na Europa Central estará Pedro
Andrade, pela norte-americana Hagens Berman Axeon, começando pelo francês Tour
de l'Ain, no regresso "mais querido" desde março. "Oxalá haja
muito mais este ano", desejou.
Fonte: Sapo on-line
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