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O
diretor desportivo da W52-FC Porto, Nuno Ribeiro, quer os dragões a usarem
"a melhor estratégia" para preservar a liderança da 81.ª Volta a
Portugal, com os rivais a tentar aproveitar uma segunda metade dura.
Com
o primeiro classificado, o espanhol Gustavo Veloso, e o segundo, João
Rodrigues, a 15 segundos, os azuis e brancos chegaram ao dia de descanso, esta
terça-feira na Guarda, em boa posição para manter a senda de triunfos
consecutivos que dura desde 2013.
Ainda
assim, após seis dias de corrida, Nuno Ribeiro recusa assumir o favoritismo e
atribuiu esse estatuto a Jóni Brandão (Efapel), quarto a 25 segundos,
considerando o português e o espanhol Vicente García de Mateos
(Aviludo-Louletano), terceiro a 22, os "principais adversários".
Por
outro lado, o diretor desportivo recusou comentar a questão da liderança na
equipa, depois de Veloso, de 39 anos, querer uma terceira vitória depois de
2014 e 2015, e João Rodrigues a afirmar-se aos 24 anos, com uma vitória na
Torre, na quarta etapa, como ponto alto.
"Está
tudo em aberto. Temos os dois primeiros e vamos tentar manter a camisola
amarela, vamos ver como vai correr", referiu o diretor, que tem ainda o
líder da classificação por pontos, Daniel Mestre, responsável por uma das três
vitórias em etapa da equipa.
Ribeiro
não poupa elogios a Gustavo, que está "a ser importante para ele e para a
equipa", mostrando vontade de jogar com a estratégia para bater Jóni
Brandão, que, na opinião do diretor portista, terá "muitas etapas a seu
favor" numa segunda metade complicada.
"Para
perder a Volta, pode ser todos os dias, a ganhar há poucas diferenças. A Serra
do Larouco vai ser difícil, assim como as outras subidas", apontou Nuno
Ribeiro, depois de a sua equipa ter agarrado a camisola amarela no prólogo para
a levar até à Guarda, passando pelo corpo de Samuel Caldeira e Gustavo Veloso.
Adversários prometem dar luta
Do
lado da Efapel, o diretor Rúben Pereira afirmou que "os adversários estão
muito fortes", mas o objetivo da equipa é "fazer tudo para
ganhar", sobretudo com o líder, e espera ter "a recompensa de ser
feliz" no domingo, após o contrarrelógio no Porto.
"Se
não, temos dignificado os patrocinadores, e todos os dias temos estado na luta
para que a vitória nos sorria", atirou.
Se
todos os dias "são decisivos e bons para perder e para ganhar, sem dias
fáceis numa Volta a Portugal", o diretor desportivo conta ainda com
Henrique Casimiro (Efapel), quinto classificado, a 45 segundos, e último
corredor a menos de um minuto de distância de Veloso.
A
fechar o pódio está García de Mateos, na mesma posição em que terminou em 2017
e 2018, e o diretor desportivo da Aviludo-Louletano, Jorge Piedade, vê nos
quatro primeiros nomes "o possível vencedor da Volta".
"Nesta
segunda metade, espero que possamos fazer tudo para ir buscar algum tempo e
seguir na frente. Tudo é possível, inclusivamente chegarmos ao contrarrelógio
com estas diferenças. Aí, é possível que qualquer um dos quatro seja o
vencedor", comentou.
Em
termos de estratégia, os algarvios vão "estar atentos e procurar encontrar
situações nas etapas para aproveitar" para ganhar tempo, com De Mateos
resguardado, também, pelo 10.º classificado à geral, Luís Mendonça.
A
prova encerra com um contrarrelógio final, entre Vila Nova de Gaia e o Porto,
no domingo, mas antes há ainda três chegadas em alto para enfrentar pelo
pelotão.
A
subida à Serra do Larouco, que encerra a sétima etapa, é uma delas, mas há
também a Santa Quitéria, na oitava, e a mítica Senhora da Graça, na nona, que
tem ainda contagens de primeira categoria no Alto da Barra e no Barreiro.
Fonte:
Record on-line
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