O
ministro do Ambiente disse hoje que o Governo está a ultimar um plano nacional
que envolve a construção de mil quilómetros de ciclovias em 10 anos, num
investimento de 300 milhões de euros, com apoios comunitários.
“A
nossa ambição é construir mil quilómetros de ciclovias” no país, “em 10 anos,
investindo 300 milhões de euros financiados através de fundos comunitários”,
assumiu o ministro João Pedro Matos Fernandes, em Évora.
Segundo
o governante, esta aposta, que pretende fomentar a utilização da bicicleta e a
mobilidade suave, faz parte do plano nacional para ciclovias, que o Governo
pretende apresentar em julho e integrar no Plano Nacional de Investimentos.
“Estamos
muito perto de concluir, queremos mesmo apresentá-lo ainda na 3.ª semana de
julho”, este “plano nacional para bicicletas” ou “para ciclovias”, que pretende
“colmatar as ligações por ciclovia à escala do país”, afirmou.
João
Pedro Matos Fernandes falava aos jornalistas na Universidade de Évora, à margem
do lançamento na academia alentejana do projeto nacional U-Bike Portugal, que
disponibiliza, de forma gratuita, bicicletas, convencionais e elétricas, à
comunidade académica.
O
ministro disse ser “difícil de perceber”, num país como Portugal, que “até tem
tradição de produção” e de “uso de bicicletas”, que “só 1% das deslocações”
seja feito com recurso a este meio de transporte, quando “a média europeia está
entre os 7 e os 10%”.
Com
plano nacional para ciclovias que está em preparação, o Governo quer aumentar
estas infraestruturas, que já existem em muitas cidades, e promover a sua interligação.
“É
um plano dirigido a todo o país, mas não faz sentido a construção de uma
ciclovia de Melgaço a Vila Real de Santo António. Não podemos olhar para ele
como olhamos para uma estrada onde circulam automóveis”, frisou.
O
que interessa, realçou, é, “em primeiro lugar, amarrar ciclovias urbanas entre
si” e, “em segundo lugar, nos espaços de maior densidade, construir ciclovias
como infraestruturas dedicadas, com critérios claros e rigorosos, para que
possam existir redes alternativas de circulação”, neste caso “para bicicletas”.
Neste
ponto, pensado para “territórios de difuso urbano”, onde se pode “puxar muito
mais pelas deslocações de bicicleta”, de acordo com o governante, “o Norte do
país tem uma vantagem grande”.
“Se
pensarmos em territórios como o Vale do Ave, o Vale do Sousa, o Oeste, a
Bairrada” ou em “algumas partes do Algarve, temos aqui espaços onde, com
ligações de 10, 12, 15 quilómetros exclusivas para as bicicletas”, existe “um
potencial muito grande para aumentar a circulação em segurança” neste meio de
transporte sustentável, indicou.
Como
terceiro critério, acrescentou o ministro, o plano está pensado ainda para
“territórios como o Alentejo”, em que, a partir do centro das cidades, possam
ser construídas infraestruturas cicláveis radiais, na envolvente desses centros
urbanos, para servir “quem entra e sai da cidade”.
Fonte:
Sapo on-line
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