Fonte:
Lusa
Foto:
Simão Freitas
Rui
Vinhas está a lidar bem com a responsabilidade de ser o vencedor da Volta a
Portugal, mas, à agência Lusa, mostrou-se preparado para liderar ou trabalhar
na defesa do título por parte da W52-FC Porto.
A
apenas dois meses de defender o estatuto de vencedor da Volta a Portugal, o
campeão-surpresa do ano passado falou com a Lusa, nos bastidores do Grande
Prémio Internacional Beiras e Serra da Estrela, e mostrou-se confortável no seu
novo papel.
"Está
a ser uma temporada que, para já, está a correr bem. Tenho tido alguns lugares
de destaque. Comecei em Espanha com o terceiro lugar na clássica de Amorebieta,
agora no Grande Prémio Jornal de Notícias também tive uma boa prestação.
Claramente que é uma temporada em que tenho mais responsabilidade e eu não
tenho acusado a pressão. Estou a esforçar-me bastante mais e estou mais
motivado e mais seguro de mim mesmo", confessou.
Há
um ano, Rui Vinhas fugiu ao pelotão e aos prognósticos e vestiu a amarela final
da prova rainha do calendário nacional. No entanto, o seu novo status não o fez
mudar nem um milímetro no planeamento desta época.
"Tenho
vindo a fazer o que faço todos os anos. Claro que vou ter mais cuidado com a
preparação da Volta a Portugal, mas vou continuar a fazer o que fiz até agora.
Já diz o ditado, em equipa que ganha, não se mexe. E eu vou prosseguir com esse
lema", frisou.
Eterno
gregário, convertido em vencedor acidental no ano passado, à frente do seu
líder, o galego Gustavo Veloso, o corredor do Sobrado, de 30 anos, está
preparado para ser aquilo que o diretor desportivo Nuno Ribeiro entender na
próxima edição da prova, que vai estar na estrada entre 4 e 15 de agosto.
"Penso
que serei um dos líderes, mas estarei lá tanto para trabalhar como para
liderar. Vou fazer o que me for imposto. As regras são para se cumprir e eu sou
um ciclista que faz o que lhe pedem. Seja eu ou seja outro, vou dar o meu
melhor para defender a equipa", disse.
Apesar
de agora ser uma das figuras de proa da W52-FC Porto, Rui Vinhas não perdeu a
humildade no discurso, evidenciando o hábito inerente a quem sempre trabalhou
para outros.
"Tenho
todo o gosto em trabalhar para os meus colegas. Eles trabalharam e bem para mim
e eu devo-lhes a vitória na Volta do ano passado. Grande parte da diferença que
a nossa equipa faz reside no grupo. Somos todos unidos, um por todos e todos
por um. Foi o caso o ano passado. Vamos ver como vão correr as próximas
competições e espero que estejamos na luta pela amarela", acrescentou.
Com
os dragões a serem os grandes candidatos a conquistarem, uma vez mais, a 79.ª
edição da Grandíssima, o ciclista português apontou o reforçado Sporting-Tavira
como o maior adversário.
"É
uma equipa muito forte. O RP-Boavista também está muito bem. Temos o Vicente
García de Mateos, do Louletano-Hospital de Loulé. A Efapel tem um grupo coeso,
como tem vindo a demonstrar nas últimas competições", finalizou.
Fonte:
Record on-line
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