Por: Carlos Silva
Em parceria com: https://ciclismoatual.com
O médico da Efapel Cycling,
Dr. Benjamim Carvalho, reagiu publicamente através das redes sociais às
recentes declarações de Maurício Moreira, proferidas numa entrevista dada ao
Cycling District e publicada pelo site Ciclismo Atual. Na resposta, o médico lamenta
aquilo que considera uma “narrativa desonesta e profundamente injusta” e afirma
que só intervém “em defesa do bom nome”, sublinhando que fala “a título
pessoal” e não em nome da equipa.
“Sou médico e, como tal,
vinculado ao segredo profissional o qual respeito e respeitarei sempre. Mas
também sou cidadão, e como qualquer cidadão, tenho direito ao meu bom nome,
sobretudo quando o direito é justo”, escreveu Benjamim Carvalho, explicando que
se sente obrigado a responder à entrevista de Mauricio Moreira, não por defesa,
mas “por um direito à verdade”.
Segundo o médico, as palavras
do ciclista, que descreveu a equipa como “uma corja de incompetentes e
malfeitores”, causaram-lhe “revolta e incómodo psicológico”. O Dr. Benjamin
Carvalho refuta categoricamente as acusações, dizendo que a entrevista “apresenta
uma visão distorcida dos factos” e que o discurso do ciclista uruguaio ignora
os danos provocados pela sua própria atitude dentro da equipa.
“Talvez devesse ter falado,
também, dos transtornos psicológicos, sociais e materiais que a sua atitude
causou à equipa”, observou o médico, antes de questionar a veracidade das
alegações clínicas e de performance mencionadas por Mauricio Moreira.
“A parte
clínica, a mim pertence”
No texto publicado no
Facebook, o Dr. Benjamim Carvalho clarifica o seu papel dentro da estrutura da
Efapel. “A avaliação da forma física compete ao orientador físico e ao diretor
desportivo, não a mim. A parte clínica, a mim pertence, e dessa parte, nada
tenho a acrescentar a não ser que, se for da coragem e da vontade do próprio,
seria interessante que apresentasse ao jornal onde foi entrevistado o seu
histórico clínico, desde a pré-contratação até à rescisão.”
O médico desafia ainda
Maurício Moreira a tornar públicos os alegados testes de performance e
resultados físicos de que fala na entrevista: “Seria bom que também os
mostrasse pois, pelo que sei, não eram do conhecimento da equipa.” O médico
acrescenta que o que estava documentado internamente eram “incapacidades e
desistências ao longo da época, algumas muito próximas da Volta a Portugal”.
“Tenho
nome”
O tom da resposta endurece
quando o médico se dirige diretamente ao ciclista: “Espero, portanto, que
Maurício Moreira apresente o seu relatório clínico, se assim o entender. Que
mostre os testes de performance que diz possuir. E que tenha a coragem de nomear
os tais ‘incompetentes’ que, segundo ele, o teriam prejudicado. De minha parte,
não lhe rogo proteção. Se a mim se refere, tenho nome.”
Apesar da dureza das palavras,
o Dr. Benjamim Carvalho termina com uma nota de aparente serenidade: “Quanto ao
seu futuro que lhe corra bem - sinceramente - desejo apenas que os seus
eventuais êxitos venham corroborar toda a narrativa que construiu. Mas que não
atire areia para os olhos de quem apenas procurou fazer o seu trabalho com
profissionalismo e respeito.”
Na parte final do texto, o
médico conclui com ironia: “Volto ao princípio: se sofre de dissonância
cognitiva - e não estou a ser cínico - recomendo que tente regressar à
realidade. Se for malvadez, então, talvez um bom mentor espiritual possa
ajudá-lo a reencontrar o caminho da bondade.”
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