Por: José Carlos Gomes
A
Seleção Nacional cumpriu o objetivo na Corrida da Paz, que hoje terminou na
Chéquia, carimbando a qualificação direta para a Volta a França do Futuro. O
resultado aconteceu apesar dos azares que assolaram a equipa, como a doença de
Lucas Lopes, o furo que impediu António Morgado de terminar no pódio e a queda
de Daniel Lima, hoje, na quarta e última etapa.
Os
derradeiros 126,8 quilómetros, que hoje ligaram Šumperk a Jeseník, foram
marcados pela chuva, que inibiu os candidatos de mexerem com a corrida, devido
ao perigo da descida que sucedia à derradeira montanha, colocada a 12
quilómetros do final.
Quem
beneficiou da inação dos favoritos foi o neerlandês Wessel Mouris, único dos
quatro fugitivos do dia a resistir em cabeça de corrida. Acabaria por corta a
meta isolado, com 28 segundos de vantagem sobre o pelotão de quase 50 unidades,
no qual vinham integrados António Morgado, 18.º, Gonçalo Tavares, 24.º, e
Daniel Lima. Este cairia a cerca de 400 metros da meta. Chegou no lugar 62.º,
mas foi-lhe creditado o tempo do pelotão principal.
Feitas
as contas, Brieuc Rolland ganhou a Corrida da Paz, deixando o belga Aaron Dockx
a quatro segundos e o francês Léo Bisiaux a 15 segundos. Daniel Lima terminou
na décima posição, a 29 segundos, António Morgado foi 14.º, a 36 segundos,
Gonçalo Tavares foi 24.º, a 1m12s. Seguiram-se Alexandre Montez, 62.º, a
12m06s, e João Martins, 92.º, a 32m12s.
O décimo
lugar final de Daniel Lima e a terceira posição na etapa de ontem de António
Morgado permitiram a Portugal ficar no décimo lugar do ranking da Taça das
Nações, o que garante o apuramento direto para a Volta a França do Futuro.
A
consistência de todo o coletivo português valeu a Portugal terminar na segunda
posição da classificação geral por equipas, a 32 segundos dos Países Baixos.
“A etapa de hoje não teve a dureza que desejávamos para fazer
diferenças. O Daniel Lima e o António Morgado ainda atacaram na última subida,
mas o pelotão estava muito numeroso, com muita gente capaz de responder e de
controlar a corrida. Num balanço global da Corrida da Paz, julgo que temos de
estar satisfeitos. Cumprimos o objetivo fundamental, que era somar os pontos necessários
para garantir a presença na Volta à França do Futuro. Além disso, estivemos na
discussão desta prova. O décimo lugar do Daniel Lima é muito bom a este nível e
o António Morgado, se não fossem os 30 segundos perdidos com o furo da segunda
etapa, teria terminado no pódio. O segundo lugar na geral coletiva demonstra
uma grande consistência de toda a equipa”, resume o selecionador
nacional, José Poeira.
Apesar
de não aparentar lesões graves, Daniel Lima foi transportado ao hospital por
precaução e para despistar possíveis problemas.
Fonte:
Federação Portuguesa Ciclismo
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