Ciclista dinamarquês assume que foi um erro, que tenta que não volte a acontecer
Por: Fábio Lima
Foto: Reuters
Apontado por muitos analistas
como o melhor ciclista da atualidade, o dinamarquês Jonas Vingegaard revelou
esta semana, numa entrevista a um jornal do seu país que, em 2019, falhou um
teste antidoping. Ao 'Ekstra Bladet',
o ciclista da Jumbo-Visma assume lembrar-se desde então desse episódio, fazendo
agora o máximo para que o mesmo não se repita.
"Deixei
o meu telemóvel na cozinha e a campainha não funcionou. Tentaram ligar-me, mas
como devem perceber era impossível responder. Claro que não é algo bom, mas
vieram dois dias depois. Fui testado nesse dia, mas claro que não é bom quando
falhas um teste e isso te 'assombra'. É algo no qual penso, de forma a não
permitir que se repita", assumiu o dinamarquês, ao 'Ekstra Bladet'.
Na mesma entrevista, o
ciclista da Jumbo-Visma abordou ainda a necessidade de estar sempre
contactável, de forma a poder ser testado. "Não
creio que seja difícil. Tens sempre de te lembrar disso. É chato, mas quando
estou em casa não é tão difícil assim. É bom sermos testados de forma regular.
Ajuda-nos. Todos os testes são negativos, mas por outro lado há 20 anos também
o eram... Mas os ciclistas conseguem sempre fazer batota, por isso não vou
dizer - como se dizia no passado - que sou o mais testado de todos. Não testei
positivo. Fizeram algo no passado e as pessoas vão certamente acreditar que os
ciclistas irão fazê-lo de novo", lamentou o nórdico, que
venceu as duas últimas edições do Tour.
"Acho
que é uma pena que estejamos a sofrer por algo que aconteceu há 20, 30 anos.
Não quero escondê-lo, porque aconteceu e acho que é importante falar sobre o
passado. Porque se simplesmente varreres para baixo do tapete, então
tornar-se-á claro que ninguém se preocupa se todos fazem batota. Se falares
nisso, há uma chance maior de não haver batoteiros, acho. É uma forma de
prevenir que aconteça no futuro. Não tomo nada e não acredito que o resto do
pelotão tome. E já que ganhei o Tour duas vezes sem tomar nada, todos os outros
podem consegui-lo", considerou.
De resto, falando em doping, o
dinamarquês abordou ainda a suspensão do colega de equipa Michel Hessmann, que
em junho foi apanhado num teste positivo a um diurético. "Não sei como é que entrou no seu corpo. Mas acho
que o maior receio dos ciclistas é possa entrar através de comida ou por algo
que ingeriste. E nesse caso acusas positivo sem ter intenção de fazer
batota".
Fonte: Record on-line
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