Vaga olímpica é aliciante para o contrarrelógio de elite
Por: José Carlos Gomes
João Almeida e Nelson Oliveira
representam Portugal no contrarrelógio de elite do Campeonato do Mundo de
Ciclismo, amanhã, em Stirling, Escócia. Sendo o último Mundial antes dos Jogos
Olímpicos, a prova tem o aliciante de alocar dez vagas para o contrarrelógio de
Paris 2024.
As dez primeiras nações na classificação do contrarrelógio desta sexta-feira asseguram uma segunda vaga no contrarrelógio dos Jogos Olímpicos. É mais uma motivação para que os dois portugueses se batam por um lugar no top 10.
“É sempre
nosso objetivo termos dois contrarrelogistas nos Jogos e é também sempre
objetivo ficarmos nos dez primeiros nos Campeonatos do Mundo e da Europa. E é
para isso que vamos para a estrada amanhã”,
afirma o selecionador nacional, José Poeira.
O responsável técnico esclarece, no entanto, que o percurso não é o mais adequado para os portugueses. “Se pudesse escolher o percurso, escolheria outro. Mas nós temos de fazer aquele que está marcada e é nesse que daremos o máximo. É um traçado muito plano, com longas retas onde os roladores mais possantes ganham vantagem. As ligeiras subidas e falsos planos não compensam. A nosso favor joga a longa distância, que nem todos os mais possantes aguentam ao mesmo nível. A subida final é exigente, mas curta”, descreve José Poeira.
A prova irá iniciar-se às
14h15 – o horário de partida e a lista de corredores inscritos não são ainda
conhecidos. Sabe-se, isso sim, que o contrarrelógio começa e acaba em Stirling
e que terá 47,8 quilómetros. Os derradeiros mil metros, em subida acentuada e
maioritariamente em empedrado dão o toque de dureza final a um exercício em que
a distância será a principal dificuldade. As previsões indiciam baixa
possibilidade de chuva durante o contrarrelógio, mas alta probabilidade noutras
alturas do dia.
Nelson Oliveira, que já fez
três reconhecimentos ao percurso para memorizar trajetórias nos locais mais
rápidos e perigosos e para escolha dos andamentos adequados, destaca a
distância da prova. “Vai ser um
contrarrelógio bastante longo com final em subida, que fará uma pequena
diferença. Prevê-se vento de frente na primeira parte e de costas no regresso.
Será um contrarrelógio duro pela distância e não pelo relevo”,
analisa o corredor.
O bairradino, que já conta
cinco top 10 em Mundiais e que, em 2022 foi oitavo, mantém a ambição de fazer
sempre melhor: “Tenho sempre o objetivo de
melhorar a classificação dos anos anteriores. Não é fácil, mas darei o meu
melhor, representando Portugal da melhor maneira, esperando que as coisas saiam
bem “.
A prova de amanhã será o
primeiro contrarrelógio de João Almeida em Mundiais na categoria de elite. “Gosto do percurso do contrarrelógio, porque não é muito
técnico. Em contrapartida é muito longo. Acho que nunca fiz um contrarrelógio
tão longo, mas agrada-me. Ficaria feliz com um top 10, mas sei que não será
fácil, porque os adversários são muito fortes. Ainda não estou totalmente
recuperado das lesões da queda de domingo, mas isso não será impeditivo para
dar o meu melhor”, salienta João Almeida.
Fonte: Federação Portuguesa
Ciclismo
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