Portugueses em busca de resultados e ranking segundo o selecionador
Por: Lusa
Foto: Federação Portuguesa de
Ciclismo
Cinco ciclistas portugueses
participam entre esta quarta-feira e domingo nos Mundiais de pista de
Saint-Quentin-en-Yvelines, entre conseguir "os
melhores resultados possíveis" e
pontos valiosos no ranking mundial, de olho nos Jogos Olímpicos Paris2024, disse
o selecionador nacional Gabriel Mendes.
"De
forma global, a estratégia é esta: pontuar o máximo possível e fazer a melhor
classificação possível. (...) Temos sempre a ambição de poder chegar a um lugar
de pódio. Agora, estamos num campeonato do mundo, as corridas de pista a este
nível são sempre muito competitivas e há sempre um grande grau de
incerteza", avalia o técnico, em entrevista à Lusa.
Portugal estará representado
por Ivo Oliveira (perseguição individual e madison), Rui Oliveira (scratch e madison),
João Matias (omnium, eliminação e pontos), no masculino.
No feminino, a única atleta
olímpica portuguesa no ciclismo de pista, Maria Martins, compete no omnium e no
scratch, com Daniela Campos na eliminação e nos pontos.
A escolha dos atletas para cada
prova "está de acordo com o plano de
trabalho" e para otimizar em que corridas podem "responder da melhor maneira".
Assim, em termos de objetivos, Gabriel Mendes tem como clara "primeira linha as provas do programa olímpico, no
caso o omnium e o madison, em masculinos, e o omnium feminino".
A pontuação neste campeonato
do mundo não conta diretamente para Paris2024, mas para o ranking de nações que
leva aos Mundiais de 2023, determinantes, e condiciona também a participação
noutros eventos, de Europeus a Taças das Nações.
"Nas
provas individuais cronometradas, nomeadamente a perseguição individual, o
objetivo é o Ivo procurar melhorar a sua marca. Esperamos uma competição com um
conjunto de corredores com muita qualidade e grande exigência. (...) Se melhorarmos
o nosso tempo, já será muito bom", comentou o técnico.
Ivo Oliveira, de resto, tem
pergaminhos nesta disciplina, uma vez que foi vice-campeão mundial na
especialidade em 2018, sendo um de dois medalhados em Mundiais de elite
presentes na convocatória, ao lado de 'Tata'
Martins, bronze no scratch em 2020.
As "corridas de pelotão" trazem uma
incerteza acrescida, já que provas como o madison, o scratch, os pontos e o
concurso olímpico do omnium, que agrega quatro corridas, têm muita "imprevisibilidade quanto aos lugares de pódio".
O quinteto luso em prova vai
correr sob as tábuas que receberam os Mundiais de 2015 e que, mais tarde,
acolherão as provas de pista dos Jogos Olímpicos Paris2024, o grande objetivo
nacional, que procura aumentar o lote de apurados depois da presença única de
Maria Martins. "É sempre importante ter
experiência competitiva no velódromo que receberá os Jogos, mas temos um
trabalho árduo pela frente que começa agora", alerta
Gabriel Mendes.
Nesta fase "muito importante, de abordagem ao início da
qualificação olímpica", redobra-se a necessidade "de trabalhar bastante, e bem", “para atingir o apuramento, algo que é bastante claro
para todos os corredores". "Nada
está decidido à partida, há um trabalho árduo e precisamos do nosso melhor
nível", lembra.
Os Mundiais de ciclismo de
pista arrancam hoje, em Saint-Quentin-en-Yvelines, e decorrem até domingo em
França, com a participação de mais de 350 atletas de 40 países diferentes.
Fonte: Record on-line
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