Belga assumiu a liderança depois de ter sido segundo na 2.ª etapa
Por: Lusa
Foto: REUTERS
O belga Wout van Aert
comparou-se este sábado com outros "grandes
campeões" da história do ciclismo que foram muitas vezes
segundos, notando que foram essas pequenas deceções que hoje lhe valeram a
amarela após a segunda etapa da 109.ª edição.
"Quando
acabamos em segundo, há sempre uma razão. Às vezes, é culpa nossa, outras vezes
é porque fomos batidos pelo mais forte. Hoje, foi o caso",
reconheceu, depois de ser segundo em Nyborg, atrás do holandês Fabio Jakobsen
(Quick-Step Alpha Vinyl), que, na sua opinião,
"mereceu a vitória após o seu regresso incrível".
Vencedor de seis etapas no
Tour, incluindo três no ano passado, o homem da Jumbo-Visma, uma das grandes
figuras do pelotão atual, tentava desde 2019 vestir a amarela, sem sucesso,
tendo passado sete dias como 'vice'
da geral, uma sina que mudou hoje, já que destronou o compatriota Yves Lampaert
(Quick-Step Alpha Vinyl) do primeiro lugar da Grande Boucle.
"Na
história do ciclismo, há muitos campeões que terminaram recorrentemente em
segundo. Acabei por dizer para mim mesmo que é melhor ser segundo, que ficar
num sítio qualquer. Este fim de semana, os segundos lugares valeram-me a
recompensa da camisola amarela", refletiu o novo líder da
Volta a França.
Num momento de introspeção,
WVA disse acreditar que "já
merecia" vestir de
amarelo. "Persegui isto muitas vezes e
hoje foi o dia", reforçou.
Depois da deceção da derrota
no contrarrelógio da primeira etapa, o belga de 27 anos fez-se valer da "experiência dos anos anteriores"
para superar a desilusão. "No ano passado,
pensei que poderia ganhar várias etapas no início do Tour e não consegui. Na
véspera da etapa do Ventoux [a primeira das três que venceu no ano passado],
fui segundo, perdi por pouco. Mas, no dia seguinte, alcancei a maior vitória da
minha carreira. As derrotas tornam-me mais forte",
defendeu.
Um dos ciclistas mais
completos do pelotão, capaz de ganhar ao sprint, em terreno acidentado até numa
etapa que passou no mítico Mont Ventoux e no contrarrelógio, Van Aert
reconheceu sentir-se "confortável com a
amarela". "Era algo
que tinha previsto na minha lista de objetivos e, agora, posso dizer que o
cumpri. Vou defender a camisola amarela o máximo de tempo possível. Não sei
quanto tempo vou conseguir mantê-la. O que é certo é que a primeira semana do
Tour é muito exigente. Com ou sem amarela, tenho muito trabalho pela
frente", antecipou.
O belga da Jumbo-Visma tem um
segundo de vantagem sobre Lampaert e oito sobre o terceiro classificado, o
esloveno Tadej Pogacar (UAE Emirates), que foi apanhado numa queda a dois
quilómetros da meta, sem gravidade, e foi creditado com o mesmo tempo do
vencedor.
"Estou
satisfeito com a forma como decorreu a etapa e agora só espero que toda a gente
esteja bem e não haja lesões graves", declarou após cortar
a meta, no final dos 202,2 quilómetros entre Roskilde e Nyborg.
O atual bicampeão do Tour
esclareceu que não caiu, mas sim que ficou cortado pela queda, e congratulou-se
por a etapa não ter sido tão "louca como
se previa". "Mas
houve muita tensão", rematou.
Fonte: Record on-line
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