A 105ª edição do Giro de Itália começa na Hungria e vai percorrer 3.445,6 quilómetros com 50.580 metros em 21 etapas
Por: José Morais
Está à porta a 105ª edição do Giro de Itália, começa nesta sexta-feira, 6 de maio com a primeira das três etapas disputadas na Hungria, será a 14ª vez na história do Giro não vai sair de tália, serão três semanas, os ciclistas vão depois para a Sicília, passam pelos Apeninos, seguem para o Piemonte, e depois vão para as alturas das Dolomitas até ao final do Giro, o qual vai terminar com um contrarrelógio individual em Verona de 17,4 quilómetros no dia 29 de maio, no total, serão 3.445,6 quilómetros, com 50.580 metros de subidas, ao longo de 21 etapas.
A prova que vai começar em
Budapeste com uma etapa rápida com 195 quilómetros, no dia seguinte haverá o
primeiro contrarrelógio, com 9,2 quilómetros, com o terceiro e último dia no
país será uma etapa plana, com 201 quilómetros, e, após a primeira largada
estrangeira do Giro em quatro anos, o pelotão terá um dia de descanso por causa
da longa transferência para a Sicília.
O diretor da prova, Mauro
Vegni, diz que a competição de 2022 foi pensada para dar aos ciclistas a oportunidade
de lutar pela camisola rosa, como pela classificação geral logo desde as
primeiras etapas. “Será uma das voltas mais
difíceis dos últimos anos”, disse Mauro Vegni, que acredita que
as etapas mais importantes da disputa, serão as 16ª e 20ª, “havendo diversas etapas difíceis, e quisemos incluir no
percurso uma seleção de montanhas que marcaram a história da nossa prova como a
Santa Cristina, que será a Montagna Pantani, o Mortirolo, o Pordoi (Cima Coppi)
e o Passo Fedaia”.
Abertura
do Giro 2022 na Hungria
Primeira
semana
A abertura do Giro, será esta sexta-feira dia 6 de maio, será uma etapa longa de 195 quilómetros entre Budapeste e Visegrád, será uma etapa padrão para iniciar um Grande Tour, até que chegam os 5,6 quilómetros finais, com uma subida até a meta com 5% de inclinação, o que pode modificar a estratégia das equipas, já que está em jogo a primeira camisola rosa.
Contrarrelógio
individual em Budapeste
No segundo dia na Hungria, sábado dia 7 de maio, o pelotão disputa o contrarrelógio individual de 9,2 quilómetros, em Budapeste, com um trajeto parecido com o da etapa de abertura, o percurso será plano até os últimos quilómetros, quando uma subida final de 1,5 quilómetros a 5% de inclinação, com uma parte máxima de 14%.
Primeira
oportunidade para velocistas na 3ª etapa
A 3ª etapa, com 201 quilómetros entre Kaposvár a Balatonfüred, será no domingo dia 8 de maio, será a primeira oportunidade real para os velocistas, é uma etapa muito plana, com os 50 quilómetros finais ao longo das margens do Lago Balaton.
Chegada
no alto do Etna na 4ª etapa
Depois de uma longa viagem até a Sicília depois da neutralização, a competição retorna na terça-feira dia 10 de maio, com a 4ª etapa, com 172 quilómetros entre Avola e o topo do Monte Etna, com o Etna a ser o maior vulcão da Europa e um destino popular do Giro, embora existam vários percursos até à montanha e outros locais da chegada, a meta desta edição tem 22,8 quilómetros a 5,9% de inclinação, é uma etapa para apostar nas fugas já que, nas últimas três visitas ao Etna, um dos fugitivos venceu.
Grande
subida no meio do percurso da 5ª etapa
Na 5ª etapa, na quarta-feira dia 11 de maio com 174 quilómetros de Catania a Messina, com uma grande subida no início, que se pode tornar uma boa oportunidade para uma grande fuga, a subida, porém, não é especialmente difícil, então, se alguns velocistas conseguirem superá-la no grupo principal, poderá haver impulso suficiente para perseguir, e a etapa terminar ao sprint.
Dia longo
na 6ª etapa
A 6ª etapa, com 192 quilómetros será entre Palmi a Scalea, na quinta-feira dia 12 de maio, sendo descrita no livro da corrida oficial o ‘Garibaldi’ como “de percurso pouco exigente”, será mais um dia longo com poucas subidas e os principais velocistas devem estar na ponta do pelotão, para a chegada ao sprint.
A 7ª
etapa será o primeiro teste dos escaladores
A 7ª etapa, no dia 13 de maio, com 196 quilómetros, de Diamante a Potenza, na Basilicata, será o primeiro teste dos escaladores, com 4.510 metros de elevação, será um dia difícil nos Apeninos, com quatro subidas categorizadas, e muitas escaladas, a chegada é complicada, com 350 metros a 8% de inclinação e no máxima de 13%.
A 8ª
etapa será largada e chegada em Nápoles
O pelotão chega a Nápoles na 8ª etapa, no dia 14 de maio, com uma etapa de 153 quilómetros com quatro voltas no circuito vulcânico da península de Monte di Procida antes do pelotão refazer o trajeto de volta para uma chegada à beira-mar, onde haverá pequenas subidas ao longo do dia e a etapa tem 2.130 metros de acumulado no total.
A 9ª
etapa tem chegada ao Blockhaus
A primeira semana termina no
domingo, dia 15 de maio, com a 9ª etapa, de Isernia a Blockhaus, com 191 quilómetros,
a organização do Giro dá a cada etapa uma classificação de estrelas de um a
cinco, com cinco sendo reservado para as etapas mais difíceis, com 5.000 metros
de acumulado nos Apeninos, a 9ª etapa é a primeira das três etapas cinco
estrelas do Giro 2022.
A menos de 40 quilómetros do início, haverá três subidas categorizadas, mas as mais difíceis ainda estarão à frente, a etapa termina com muito sobe e desce na passagem pelos Passo Lanciano 10,3 quilómetros com 7,6% e Blockhaus 13,6 quilómetros com 8,4%, ambas de 1ª categoria.
A 10ª etapa
tem subidas curtas e íngremes na segunda metade
Segunda
semana
Depois do segundo dia de descanso, a prova retorna na terça-feira dia 17 de maio com a 10ª etapa com 196 quilómetros, entre Pescara e Jesi, será uma etapa de duas partes, os primeiros 100 quilómetros ao longo da costa do Adriático são planos, mas, depois de Civitanova (Marche), o percurso conta com diversas subidas íngremes.
A 11º
etapa será mais uma chance para os velocistas
A 11ª etapa, na quarta-feira, dia 18 de maio, será de Santarcangelo di Romagna a Reggio Emilia, com 203 quilómetros, será mais um dia plano propicio para velocistas, que deverá ter uma chegada em sprint.
Muito
sobe e desce entre Parma e Gênova na 12ª etapa
A 12ª etapa, na quinta-feira dia 19 de maio, terá 204 quilómetros entre Parma a Gênova, será um dia muito longo e com diversos desafios, com três subidas de 3ª categoria, a última, Valico di Trenasco, provavelmente será a mais importante, com 4,3 quilómetros com 8%, com o final da mesma a 30 quilómetros para meta.
Colle di
Nava é o desafio do percurso da 13ª etapa
Sexta-feira, dia 20 de maio, a 13ª etapa será de 150 quilómetros, de San Remo a Cuneo, a essa altura, o pelotão aproxima-se do norte montanhoso da Itália, onde as etapas mais difíceis estão à espera do mesmo, a etapa conta com o Colle di Nava 10,3 quilómetros com 6,6% de inclinação.
Circuito
com a subida Superga, em Torino, na 14ª etapa
No sábado dia 21 de maio chega a 14ª etapa, de Santena a Turim com 147 quilómetros, o percurso inicia-se plano, mas existem cinco subidas categorizadas, com 3.000 m de subida, o trajeto conta com duas voltas num circuito de 36,4 quilómetros que inclui a subida Superga de 5 quilómetros com 8,6%, que é tradicional na corrida de um dia Milão-Torino, e o Colle della Maddalena de 3,5 quilómetros com 8,1%, no topo da subida final há uma descida técnica até a chegada.
Três
escaladas seguidas na 15ª etapa
A segunda semana termina no
domingo dia 22 de maio, com a 15ª etapa, com 178 quilómetros entre Rivarolo
Canavese e Cogne, depois de um início bastante fácil, o percurso complica-se
com três subidas consecutivas, todas com mais de 10 quilómetros de extensão.
A subida Pila-les Fleurs é de 12,3 quilómetros com 6,9%, depois vem a subida de Verrogne com 13,8 quilómetros com 7,1%, a etapa termina com a subida de 22,4 quilómetros até Cogne, que tem uma média de 4,3%, mas inicia-se muito mais íngreme.
A 16ª
etapa tem 5.250 metros de escalada no total
Terceira semana
Após o terceiro e último dia de descanso, a 16ª etapa, será na terça-feira dia 24 de maio, terá 202 quilómetros entre Salò e Aprica, é a segunda das três etapas cinco estrelas do Giro 2022, com quatro subidas muito desafiadoras e 5.250 metros de subida no total, são 19,9 quilómetros com 6,2%, o Mortirolo de 12,6 quilómetros com 7,6%, 5,6 quilómetros com 8,2% e, finalmente, o Valico di Santa Cristina de 13,5 quilómetros com 8%, que será a Montagna Pantani, do cimo dessa subida final, são 6,2 quilómetros até à meta, principalmente em declive, com a descida a terminar a 1,4 quilómetros da linha de chegada.
Duas
escaladas de categoria 1 no trajeto da 17ª etapa
A 17ª etapa, na quarta-feira dia 25 de maio, terá 168 quilómetros entre Ponte di Legno e Lavarone, será mais uma etapa difícil, com mais de 3.700 m de subida no total, entre os desafios do dia estão duas subidas de 1ª categoria nos 50 quilómetros finais, a primeira é o Passo del Vertrilo de 11,8 quilómetros com 7,7%, seguido pelo Monterovere de 7,9 quilómetros com 9,9%.
A 18ª
etapa é a última chance para os velocistas
A 18ª etapa será dia 26 de maio com 152 quilómetros, entre Borgo Valsugana e Treviso, será a última oportunidade para os velocistas no Giro da edição deste ano, haverá algumas curvas apertadas nos últimos quilómetros, mas nada que impeça um sprint final em grupo.
A 19ª
etapa terá 3.200 metros de escalada no total
A 19ª etapa, com 177 quilómetros entre Marano Lagunare e o Santuario di Castelmonte, na sexta-feira dia 27 de maio, a corrida vai contar com parte do percurso na Eslovênia e 3.200 metros de subida total, com duas subidas de 3ª categoria na primeira metade, mas o desafio mais difícil do dia, será a subida Kolovrat na Eslovênia, com 10,3 quilómetros de extensão com uma inclinação média de 9,2%, esta subida atinge o pico a cerca de 45 quilómetros da meta após uma longa descida, os últimos 7,1 quilómetros da etapa, terão uma média de 7,8%.
A 20ª
etapa tem o ponto mais alto do Giro 2022, o Cima Coppi, no Passo Pordoi, a
2.239 metros
A 20ª etapa, será no sábado dia 28 de maio, com 178 quilómetros entre Belluno e Marmolada (Passo Fedaia), será a terceira etapa cinco estrelas do Giro 2022 e a última oportunidade para os escaladores, a etapa tem o seu ponto mais alto do Giro 2022, o Cima Coppi, no Passo Pordoi, a 2.239 metros de altitude, são 4.500 m de subida através das Dolomitas, com três escaladas consecutivas que começam com mais de 100 quilómetros para a chegada, o Passo di San Pellegrino com 18,5 quilómetros com 6,2%, após 30 quilómetros de escalada gradual na preparação, o Passo Pordoi a 11,8 quilómetros com 6,8%, e finalmente, o Passo Fedaia a 14 quilómetros com 7,6%, os ciclistas estão na mais difícil parte do trajeto, cuja chegada está a 5,5 quilómetros da meta, com uma subida com média de 11% de inclinação.
Contrarrelógio
individual final em Verona
E o Giro de Itália vai terminar
em Verona no domingo dia 29 de maio, com um contrarrelógio individual de 17,4 quilómetros,
com uma subida gradual de 4,5 quilómetros a uma média de inclinação 5% da
primeira parte.
Neste Giro vão existir etapas
imperdíveis, serão elas a 1ª etapa de quem irá vestir a primeira camisola rosa.
Na 4ª etapa como será o primeiro final na montanha do Monte Etna. Depois será a
vez da 9ª etapa na chegada no colossal Blockhaus. Interessante será com as
voltas na subida Superga, em Torino a acontecer na 14ª etapa. Chega a 15ª etapa
numa grande clássica de montanha. E na 16ª etapa será um intenso dia de
montanha com o Mortirolo. E por fim na 20ª etapa através das Dolomitas, uma
etapa também muito colossal.
As etapas
do Giro de Itália 2022
Etapa 1 dia 6 de maio de Budapeste a Visegrád com 195 quilómetros
Etapa 2 dia 7 de maio de Budapeste a Budapeste Contrarrelógio
com 9,2 quilómetros
Etapa 3 dia 8 de maio de Kaposvár a Balantonfüred com 201 km quilómetros
1º Dia
descanso 9 de maio
Etapa 4 dia 10 de maio de Avola a Etna com 172 quilómetros
Etapa 5 dia 11 de maio de Catania a Messina com 174 quilómetros
Etapa 6 dia 12 de maio de Palmi a Scalea com 192 quilómetros
Etapa 7 dia 13 de maio de Diamante a Potenza com 196 quilómetros
Etapa 8 dia 14 de maio de Nápoles a Nápoles com 153 quilómetros
Etapa 9 dia 15 de maio de Isernia a Blockhaus com 191 quilómetros
2º Dia
descanso 16 de maio
Etapa 10 dia 17 de maio de Pescara a Jesi com 196 quilómetros
Etapa 11 dia 18 de maio de Santarcangelo di Romagna a
Reggio Emilia com 203 quilómetros
Etapa 12 dia 19 de maio de Parma a Gênova com 204 quilómetros
Etapa 13 dia 20 de maio de Sanremo a Cuneo com 150 quilómetros
Etapa 14 dia 21 de maio de Santena a Torino com 147 quilómetros
Etapa 15 dia 22 de maio de Rivarolo Canavese a Cogne com
177 quilómetros
3º Dia
descanso 23 de maio
Etapa 16 dia 24 de maio de Salò a Aprica com 202
quilómetros
Etapa 17 dia 25 de maio de Ponte di Legno a Lavarone com
168 quilómetros
Etapa 18 dia 26 de maio de Borgo Valsugana a Treviso com
152 quilómetros
Etapa 19 dia 27 de maio de Marano Lagunare a Santuario
di Castelmonte com 178 quilómetros
Etapa 20 dia 28 de maio de Belluno a Marmolada com 168 quilómetros
Etapa 21 dia 29 de maio de Verona a Verona Contrarrelógio
com 17,4 quilómetros
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