Ciclista português foi 21º classificado no contrarrelógio em Tóquio'2020
Por: Lusa
Foto: Reuters
Nelson Oliveira, 21.º
classificado na prova de contrarrelógio de ciclismo de estrada de Tóquio'2020,
admitiu que este resultado "não foi aquilo" que esperava, lembrando
os "muitos sacrifícios" que fez para chegar nas melhores condições.
João Almeida, atual campeão
luso da especialidade, foi o melhor representante português, ao terminar a 3.29
minutos do vencedor, na 16.ª posição, enquanto Nelson Oliveira acabou a 3.55,
no 21.º lugar.
O esloveno Primoz Roglic, de
31 anos, cumpriu os 44,2 quilómetros em circuito em Fuji em 55.04 minutos, 1.01
minutos mais rápido do que o holandês Tom Dumoulin, que ficou com a prata - tal
como no Rio2016 -, e 1.04 em relação ao australiano Rohan Dennis, medalha de
bronze, apenas centésimos mais rápido do que o suíço Stefan Küng, de fora das
medalhas por menos de um segundo.
"Não foi aquilo que
esperava depois de tanto sacrifício nos últimos tempos. Deixei muita coisa para
trás, muito tempo sem a família. É o que custa mais. É um sonho estar nos Jogos
e sinto-me grato, agradeço a toda a comitiva. As coisas nem sempre saem como
queremos. No ciclismo, há vitórias e derrotas, temos de saber lidar com elas e
ir para a frente. Outros objetivos virão", analisou.
Quanto à prova em si, admitiu
que "as sensações no início até eram boas", mas o trajeto duro e
extenso exigia "uma prova bastante regular" e sabia já "que com
o calor e humidade se ia quebrar no final".
"Os outros foram
melhores, não há muito a dizer", atirou.
Ainda assim, o português não
escondeu o "orgulho de levar" a camisola de Portugal e de tentar
orgulhar "todos os portugueses que apoiam em casa", mesmo que a
situação seja difícil porque nem sempre dá para conseguir "dar o que
querem". "Sei que nos apoiam. Muitas vezes, não conseguimos, mas por
detrás está muito sacrifício e muita for. Fica a família e os amigos para trás...",
refletiu.
A três anos de Paris'2024, no
que seria uma quarta participação em Jogos, depois de Londres2012 e do ponto
alto no Rio2016, com o sétimo lugar no 'crono', não enjeita nova tentativa,
"se tiver oportunidade e sentir competitivo". "Esperemos ter
mais atletas no ciclismo. Se estiver competitivo, terei todo o gosto",
atirou.
Para já, para o resto da
temporada 2021, ao serviço da Movistar, tem dois objetivos principais, a Volta
a Burgos, que começa já no dia 3 de agosto, não lhe deixando "muito tempo
para descanso", seguindo-se a Volta a Espanha, depois de este ano já ter
corrido a Volta a Itália.
Na prova de fundo, Almeida
tinha sido 13.º classificado, na estreia olímpica, e Oliveira conseguiu o 41.º
posto. Na participação do ciclismo português, falta apenas entrar em ação Maria
Martins, numa inédita participação no ciclismo de pista, para o omnium, em 08
de agosto, último de Jogos Olímpicos Tóquio2020. No 'cross country' olímpico,
Raquel Queirós foi 27.ª classificada, também em estreia nos Jogos.
Fonte: Record on-line
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