Raquel Queirós terminou a sua primeira participação nos Jogos Olímpicos com um 27.º lugar, na prova de cross-country olímpico (XCO). A corrida foi dominada pela seleção suíça, com Jolanda Neff a conquistar a vitória.
A corredora portuguesa partiu
da última fila, mas um excelente arranque permitiu-lhe ganhar logo várias
posições, nos primeiros momentos da corrida.
A prova foi muito disputada na
parte inicial, com as seleções da Suíça, da França e a corredora britânica,
Evie Richards, na luta pela liderança. O percurso apresentou-se com
características diferentes das da prova masculina, devido à chuva que o tornou
mais complexo, principalmente nas zonas mais técnicas.
A francesa, Loana Lecomte
estava na frente na primeira passagem pela meta, mas não tardaria a surgir o
ataque da Suíça. Jolanda Neff passou para a frente da corrida, para nunca mais
largar, numa altura em que duas francesas seguiam atrás. As zonas mais
escorregadias do percurso acabariam por trair a francesa Pauline Ferrand
Prevot, que perdeu muito tempo depois de escorregar numa zona de pedras.
Raquel Queirós chegou a estar
na 23.ª posição, mas o desgaste físico causado por um percurso de grande
exigência, levou-a a perder alguns lugares. A representante da seleção nacional
conseguiu estabelecer-se na 26.ª posição ainda a meio da prova, perdendo apenas
um lugar na última volta para a espanhola, Rocio del Alba Garcia.
A seleção suíça conseguiu
colocar as suas três corredoras no pódio, depois de uma prestação muito
dominante. Jolanda Neff seguiu isolada na frente durante grande parte da prova,
acabando por vencer na frente das suas compatriotas, após 1h15m46s de prova.
Sina Frei e Linda Indergand ocuparam o segundo e terceiro lugares,
respetivamente. Raquel Queirós concluiu na mesma volta da vencedora, a 12
minutos.
O selecionador nacional, Pedro
Vigário, destacou o potencial que a atleta portuguesa demonstrou em prova. “A Raquel esteve bem, dentro das espectativas e sempre
bastante confortável na corrida. Acho que mostrou ter um grande potencial, num
contexto de grande exigência. Encontrámos um terreno muito mais pesado, devido
à chuva. Fizemos o reconhecimento do percurso antes da prova e ela ultrapassou
sempre bem os obstáculos e o mesmo aconteceu na prova. Nos primeiros dois
terços da corrida esteve muito bem, acabando por ter depois uma ligeira quebra,
que deu para manter o lugar. Terminou na 27.ª posição, rodeada por atletas de
grande nível. Foi uma grande prestação que mostrou que daqui a uns anos poderá
estar num nível bastante superior”, afirmou Pedro Vigário.
Raquel Queirós mostrou-se
muito satisfeita com o resultado. “Estou
muito feliz com a minha prestação. As condições do percurso eram diferentes
daquelas que tive nos treinos, devido à chuva, mas correu muito bem. Dei o meu
melhor, corri com atletas de topo mundial e foi fantástico poder representar
Portugal. Estou muito orgulhosa de mim e espero poder regressar em 2024 em
condições de lutar por um resultado ainda melhor”, revelou
Raquel Queirós.
Fonte: Federação Portuguesa
Ciclismo
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